Investimento

Investidores miram o Minha Casa Minha Vida e querem surfar na onda imobiliária que promete injetar meio trilhão nos próximos anos

Publicado em 15/08/2024
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Os investidores estão de olho em um mercado que promete crescer cerca de 32% ao ano até 2030. Mas como isso é possível se os recursos vêm do governo? Esta é a pergunta que muitos fazem, e a UOL foi atrás para entender como investir neste mercado.

Em uma conversa com o empresário Guilherme Vaz, um dos sócios da Vaz de Mello Construtora, sediada no Paraná e especializada em construções pelo Minha Casa Minha Vida há mais de 10 anos, a equipe da UOL entendeu como funciona esse tipo de operação.

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Os investidores aplicam seus recursos na fase pré-obra, período que antecede a assinatura junto ao governo. Nesse estágio, as construtoras costumam captar, em média, 5% do VGV (Valor Geral de Vendas), que é utilizado para custos de aprovação de projeto, taxas cartorárias, despesas pré-obra e custos iniciais. Com isso, as construtoras conseguem escalar suas operações e remunerar os investidores com uma rentabilidade satisfatória.

Guilherme Vaz, que também atua como diretor em uma das maiores federações brasileiras do setor, informa que este procedimento já acontece há algum tempo. No entanto, nos últimos anos, este tipo de investidor tem crescido devido à grande segurança que estas operações oferecem. As construtoras que operam neste segmento, além de possuírem experiência comprovada e certificações importantes como PBQP-H e ISO9001, que garantem sua expertise, também são submetidas a uma rigorosa análise de crédito e jurídica a cada seis meses pelo operador financeiro responsável por gerir o plano habitacional do governo, o famoso “GERIC”.

A rentabilidade média dessas operações gira em torno de 2% ao mês, com prazos contratuais de cerca de 12 meses. Já existem no mercado operadores especializados nessa modalidade, como o HabitFund, que possui parcerias com as maiores construtoras deste segmento no Brasil.

O Minha Casa Minha Vida tem previsão de operacionalizar algo próximo a R$ 140 bilhões em 2024, e esse número pode chegar a R$ 170 bilhões em 2025, o maior valor já provisionado para habitação popular na história.

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