A cantora e compositora carioca Agatha, que acabou de estrear seu primeiro disco em carreira solo “passatempo”, mostra seu talento para além da música com este novo projeto. A artista multifacetada, que também possui formação em cinema, revela como sua paixão por videoclipes e a experiência como cineasta influenciaram diretamente a criação dos clipes que acompanham cada faixa do EP.
O álbum “passatempo” é composto por sete faixas e acompanhado de uma narrativa de composições que falam sobre os altos e baixos da vida, do amor, do caos, da dor e como o tempo é o espectador das nossas histórias.
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O trabalho autoral chegou acompanhado de um projeto visual composto por clipes, que já estão disponíveis no YouTube da artista, e um futuro curta-metragem completo que carrega a história do álbum A história do projeto musical e visual se passa durante uma semana na vida de Agatha e é contada sob a perspectiva da protagonista, porém com interferências de um diálogo interno com a sua consciência.
Em todos os visuais – também no futuro curta metragem -, a cantora esteve na produção criativa. Com a ajuda de sua sócia e dupla criativa, Catherine, idealizou do início ao fim como toda a história do álbum seria contada no audiovisual. “Ao ouvir cada uma das demos das músicas em uma sequência específica, percebi que elas traçavam, de maneira cronológica, o enredo da minha vida. Compartilhei o conceito do álbum com a minha sócia e dupla criativa, Catherine, que desempenhou um papel fundamental em me ajudar a visualizar os espaços entre as músicas. Foi a partir dessa troca que surgiu a inspiração para desenvolver um curta-metragem completo, indo além do convencional videoclipe. A gente usou tudo o que aprendemos para produzir esse filme final e tivemos apoio de um equipe muito especial e sou eternamente grata por abraçarem tanto o projeto”
Ao falar sobre seu processo criativo, Agatha compartilha uma experiência marcante durante sua graduação em Cinema. Seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) focou em um álbum visual da banda Florence + The Machine, o qual a inspirou a explorar determinadas possibilidades e que se tornou um alicerce fundamental para a abordagem visual de “passatempo”.
“Ao assistir, pude conhecer uma grande variedade de ferramentas para interpretar as emoções que ela revelou, é mais um sentido além do auditivo que podemos explorar para transmitir nossa mensagem. Como uma entusiasta e estudiosa dos videoclipes, claro que meu primeiro projeto chegaria com um visual que complementasse e fortalecesse a narrativa que compartilho através das minhas músicas”, ela afirma.
Sobre como vem sendo ver o retorno do público, ela finaliza: “Ver como cada pessoa está reagindo, teorizando e recebendo o que esses visuais têm para passar, eu acho que é o mais gratificante. Nunca quis que esse álbum e os visuais tivessem uma resposta só. Eu acho que isso até é impossível, mas eu justamente queria essas diversas impressões e reações. A galera recebeu muito bem, principalmente quando você fala de algo que é muito vulnerável e, enfim, as pessoas têm abraçado cada vez mais as fragilidades e a vulnerabilidade. As pessoas têm sido mais sensíveis com o trabalho do outro, principalmente quando envolve um lugar sensível. E acho que isso foi o mais gratificante até agora. Em quem o álbum chegou, recebeu bem e de braços e corações abertos. Espero muito que esse álbum, esse visual e o curta quando chegar, impacte cada vez mais e mais pessoas”.