Como o empreendedorismo e o marketing de influência caminham juntos na era pós TikTok

O marketing de influência é uma das principais estratégias difundidas nas plataformas digitais. Criada há quase um século, ainda no meio offline, hoje essa ideia é mais evoluída e traz uma nova roupagem no mundo atual. Em lançamentos de produtos ou serviços, ela vem funcionando com um conjunto de práticas em micro e macro influencers que acabam potencializando o poder de compra ou estabelecendo a liderança em determinados nichos.
 
O Instagram, por exemplo, mudou o mercado de publicidade. Se antes as pessoas pensavam apenas em tirar uma foto e mostrar o seu dia a dia de maneira despretensiosa, agora uma sequência de campanhas no feed ou stories buscam causar impacto nas pessoas que consomem conteúdos diários na plataforma.
 
Aliás, é importante pensar que os produtores de conteúdo se tornaram empreendedores bem capacitados para vender algo essencial em qualquer negócio: a sua imagem. Porém, com o TikTok mudando um pouco as formas de entretenimento com os seus vídeos curtos e dinâmicos, todas as plataformas vêm pensando em como aumentar a retenção da atenção dos seus usuários.
 
“O comportamento das pessoas muda e as plataformas precisam acompanhar. A verdade é que todos tentam entender como as pessoas pensam, agem e buscam se entreter. Com o excesso de conteúdos, todos querem consumir em pouco tempo e de uma forma mais nichada possível. A partir daí, vem a constância e o valor que o influenciador precisa trabalhar para se diferenciar e trazer algo relevante”.
 
Isso quem explica é Eluan Carlos, que é assessor de imprensa pela agência SNI e responsável pela gestão de carreira de diversos influenciadores. Para ele, as plataformas estão entendendo que os influenciadores e as marcas estão indo para os locais onde as pessoas estão e, a partir daí, buscam diminuir as taxas de saída e prender dos consumidores.
 
“Existe a necessidade de construir uma audiência, agregar valor e criar conteúdo para um público engajado. É por isso que influencers, marcas e as plataformas dependem sim de uma das outras, mas também precisam de algo complexo: o comportamento da sociedade. É complexo porque as pessoas mudam de gostos e tendências de maneira muito mais volátil que antes, o que torna o acompanhamento uma tarefa desafiadora”, explica Eluan.
 
De acordo com a pesquisa da Morning Consult, 58% dos usuários do Tikok nos EUA usam o aplicativo todos os dias. O Instagram, a efeito de comparação, chega aos 43%. Nessa competitividade, a tendência é que sejam criadas mais ferramentas capazes de oferecer uma maior imersão aos usuários, além de trazer um espaço interativo e envolvente entre marcas, empreendedores que oferecem seus conteúdos e consumidores.