Psicanalista ressalta a importância da terapia no tratamento de câncer do cantor Jorge Aragão

O diagnóstico de uma doença grave nunca é fácil e conciliar a medicina com a fé é fundamental para o caminho da recuperação e da cura. O cantor Jorge Aragão, 74 anos foi diagnosticado com com um linfoma não-Hodgkin, câncer originário das células do sistema linfático. A doença se espalha de maneira não ordenada e tem mais de 20 tipos diferentes segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O principal sintoma é o surgimento de caroços em regiões como o pescoço, virilha e axila, e possuí cerca de 60% a 70% de chance de cura. Dr Luiz Eurico evidência a importância de buscar o equilíbrio emocional nesses momentos delicados.

Jorge Aragão  já iniciou o tratamento em casa e tem grande chance de se recuperar. A ideia é que o artista siga cumprindo sua agenda de compromissos à medida que for possível. Desde o primeiro momento dessa situação, a assessoria de Aragão informa a imprensa e os fãs por meio de comunicados e o próprio cantor está muito confiante. Dr Luiz Eurico esclarece: “É inevitável que todo paciente passe por algum nível de sofrimento ao receber a notícia de um diagnóstico de câncer , sentimentos como raiva, ansiedade, medo, negação são comuns , podendo levar a uma depressão.

A Psicoterapia é um espaço em que o paciente pode e deve falar abertamente como se sentiu após receber o diagnóstico e ao longo do tratamento, sem se preocupar no impacto que pode causar a quem ouve . O suporte de familiares e amigos é importante mas nem sempre é possível falar abertamente, muitas vezes poupando a quem ouve, para isso a terapia é fundamental para orientar e mostrar caminhos que o levem a um equilíbrio emocional”.

Este dado é comprovadamente eficaz e compreender o processo é fundamental. A dor, o medo, os diversos exames invasivos, as alterações na autoimagem, o isolamento e a dependência de cuidados de outras pessoas, acabam aumentando a fragilidade e diminuindo a qualidade de vida. Além de prevenir e reduzir os sintomas emocionais e físicos causados pela doença, a terapia possui a função de auxiliar o indivíduo a compreender-se nesse processo oncológico no qual se ingressa sem desejar, ajudando a lidar melhor com todo o tratamento e possibilitando a ressignificação desse processo.

Antes de Jorge Aragão, outros famosos já haviam recebido o mesmo diagnóstico, entre eles a atriz Jane Fonda, os atores Reynaldo Gianecchini, Edson Celulari, a ex-presidente Dilma Rousseff e a escritora Gloria Perez.

Dados do Inca indicam que o Brasil deverá fechar 2023 com 12.040 novos casos de Linfoma não Hodgkin sendo 6.420 em homens e 5.620 em mulheres. A estimativa é a mesma para 2024 e 2025.

Fique por dentro de tudo que está acontecendo no mundo da TV e das novelas acessando minha coluna no Observatório da TV, no link: www.observatoriodatv.uol.com.br/colunas/cintia-lima

Colaboração Cristina Lima