A atriz Bruna Linzmeyer revelou que passou por uma experiência bastante traumática depois de ter se assumido lésbica em 2015. Ela conta que acabou sendo vítima de intolerância durante sessões de terapia com uma psicóloga. A artista contou que demorou bastante tempo para conseguir processar o que vivenciou dentro de um espaço que servia para a ajudar. Atualmente, ela usa sua história para ajudar outras vítimas, uma vez que ela descreve o ocorrido como criminoso.
A artista contou seu relato através de uma entrevista para a coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo. Na conversa, Bruna afirmou que passou quatro anos de sua vida se consultando com uma psicanalista LGBTfóbica. Após as sessões em que se sentiu desrespeitada por sua orientação sexual, a atriz encerrou o vínculo que possuía com ela. No entanto, ela afirma ter levado um tempo para se recuperar do que passou.
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Segundo Bruna, devido a violência que sofreu, precisou de um tempo para tomar as medidas cabíveis. “Eu passei quatro anos sendo paciente de uma psicanalista lacaniana. Foi uma experiência muito ruim de análise, bem criminosa na verdade. Ela foi lesbofóbica. Quando eu saí de lá, depois de anos de recuperação dessa experiência que me maltratou muito, eu consegui fazer uma denúncia para o Conselho Regional de Psicologia contra ela”, contou.
Ela ainda informou que foi necessário fazer um relato para poder denunciar sua agressora. Querendo justiça, ela redigiu ao menos 15 páginas para enviar ao órgão competente. “Para fazer essa denúncia no órgão, é preciso desenvolver um relato. Fiz umas dez, 15 páginas. Pensei: “Isso aqui já é alguma coisa, dá para fazer algo a partir desse relato”. Estou aplicando em editais para começar a desenvolver mais o projeto. Quando você ganha o dinheiro, tem uma pesquisa a ser feita”, disparou.
Bruna se assumiu em 2015 e contou ter alguns trabalhos cancelados após sua orientação se tornar algo público. Atualmente, ela namora com a produtora Marta Supernova. No entanto, diz que se sente fluida e que sempre se questionou sobre padrões e estereótipos. “Para mim é muito fluido. É assim que eu sou. Não tem muito drama, não. O drama vem dos outros mesmo. Sempre fui uma pessoa que perguntou sobre as coisas. Tem muita coisa que fazemos porque somos levados a fazer e nem perguntamos. “É isso que eu quero? É disso mesmo que eu gosto?”, comenta.
Por fim, a atriz revela que hoje consegue lidar melhor com o que aconteceu. “Hoje sinto que já finalizei isso, trabalhei muito. É importante a autonomia que a gente tem sobre histórias de dor, sobre o que a gente pode fazer com elas, como pode compartilhá-las para ficar mais esperto também. Às vezes essas coisas de médicos, consultórios e psicólogos ficam muito veladas. Pode ser interessante desvelar um pouco”, concluiu Bruna.