OpinIão

‘Tá na Hora’, novo jornalístico do SBT, é mistura do ‘Aqui Agora’ e ‘Notícias Populares’

Christina Rocha e Marcão do Povo entregaram tudo na estreia do programa

Publicado em 20/03/2024
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O SBT acertou em cheio ao apostar no ‘Tá na Hora’, jornalístico de final de tarde apresentado por Christina Rocha e Marcão do Povo. Aliás, eles entregaram tudo nessas primeiras edições. A novidade estreou na segunda-feira, concorrendo com ‘Brasil Urgente’ (Band) e ‘Cidade Alerta’ (Record).

O jornalístico começou na cola do ‘Brasil Urgente’, sob o comando de Datena. Um dia depois, o ‘Tá na Hora’ bateu a concorrência e garantiu o terceiro lugar, ficando atrás de Record e Globo. Os dados do Ibope mostram que o público gostou mesmo da atração.

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A verdade é que o ‘Tá na Hora’ é uma mistura do ‘Aqui Agora’, lendário jornalístico do próprio SBT nos anos 90 e 2000, com um toque do extinto jornal ‘Notícias Populares’, famoso por manchetes sensacionalistas e até engraçadas. Se você já passou dos 30 anos, sabe do que estou falando.

Ao vivo, Christina Rocha e Marcão dão um toque de povão à atração. Gritam, conversam com repórteres, interagem, chamam o público para acompanhar de perto cada reportagem com atenção. Pedem interação de quem assiste, chamam links e comentam tudo. É aquela agitação organizada.

Christina Rocha e Marcão do Povo comandam a novidade na TV – Foto: Rogerio Pallatta / SBT

O ‘Tá na Hora’ é um popularesco reinventado. As chamadas são impactantes e muitas vezes “divertidas”. Logo de cara, um dos destaques: a briga de vizinhas depois do roubo de uma calcinha. O assunto rendeu, inclusive nas redes sociais. É esse tipo de conteúdo que viraliza. E o SBT sabe muito bem disso.

No palco, os apresentadores dão pitacos, conversam sobre tudo e lembram histórias pessoais. É como se você estivesse assistindo TV com seus amigos ou vizinhos. Esse entrosamento dos dois e essa conexão com o público são pontos altos do programa.

Na sequência, informações urgentes da chuva e mais alguns fatos pitorescos. O que se vê é um ‘Aqui Agora 2.0’, turbinado, ajustado e mais leve. Entre um comentário ou outro, surge um apresentador da Rede Massa, afiliada do Paraná, batendo um chinelo na mesa para anunciar um roubo de celular. 

Parece tosto, é verdade, mas é impossível desligar a TV até ver o desfecho do caso. São artimanhas como essas, simples e popularescas, que colocam o ‘Tá na Hora’ na briga pela audiência. E mais: posiciona a atração como uma alternativa aos veteranos ‘Brasil Urgente’ e ‘Cidade Alerta’, que valorizam a notícia por si só.

O público parece cansado de ver uma montanha de desgraçadas e violência. E esses ‘respiros’, colocados pelo ‘Tá na Hora’, dão um ar de leveza e até de riso, mesmo tratando de temas sérios e jornalísticos. O programa tem tudo para dar certo e alavancar a audiência do SBT. E a concorrência deve rever em breve seus formatos.

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