O adolescente de 16 anos que foi preso no último domingo, 19, por matar o pai, a mãe e a irmã, após ter sido proibido de usar o celular, prestou depoimento à Polícia Civil de São Paulo, nesta terça-feira, 21. Os agentes relataram que ele falou com bastante naturalidade sobre o crime, sem demonstrar arrependimento ou remorso. Os investigadores se surpreenderam quando o garoto disse não se arrepender e que, se possível, “faria tudo de novo”.
O crime foi cometido na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo, na quinta-feira, 16, mas só veio à tona no domingo, 19, quando o próprio assassino ligou para a polícia para comunicar o crime que tinha cometido e se entregar. De acordo com os investigadores, o jovem conviveu normalmente durante todos esses dias com os corpos dos familiares mortos dentro de casa, fazendo refeições, indo ao supermercado e à academia.
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No boletim de ocorrência, registrado na segunda-feira, 20, o assassino contou que a principal motivação para o crime foi a proibição de usar o computador e o celular, que os pais fizeram a ele, e que o pai o teria chamada de vagabundo. No domingo, após quatro dias do cometimento do crime o jovem resolveu chamar a polícia por estar incomodado com a quantidade de moscas que foram atraídas à casa por conta dos corpos em decomposição.
O jovem era filho adotivo do casal e usou a arma do pai, que era Guarda Civil Municipal, para cometer o crime. Ele acertou o pai com um tiro na nuca, por volta das 13h da quinta-feira, em seguida atirou na irmã, que foi atraída pelo barulho do primeiro tiro. A mãe foi assassinada horas depois, quando chegou em casa após o trabalho e foi surpreendida ao sair do carro, já dentro de casa, na quinta à noite. Ele disse que não pretendia matar a irmã, mas que atirou por ela se encontrar na casa no momento do crime.
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