Cármen Lúcia expõe ‘rixa’ e Bolsonaro é vetado de sua posse no TSE

Ministra Cármen Lúcia veta a presença de Bolsonaro na cerimônia de posse para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral

Publicado em 04/06/2024
Por Em Off
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Quebrando o protocolo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à esse tipo de cerimônia, quando todos os ex-presidentes são convidados, dessa vez o ex-presidente Bolsonaro foi vetado e não recebeu convite para a posse da ministra Cármen Lúcia na presidência da Corte. Ainda na noite de segunda, momentos antes do início da cerimônia no TSE, Bolsonaro se queixou a aliados por não ter sido convidado, “não chegou nenhum convite nas minhas mãos”, teria dito a pessoas próximas.  

Em 2022, durante a posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do TSE, Lula, que na época era ex-presidente, Dilma Rousseff, José Sarney e Michel Temer foram convidados e compareceram ao evento, além do, à época presidente Bolsonaro. Cármen Lúcia e o seu vice, ministro Kássio Nunes Marques, foram pessoalmente entregar o convite ao presidente Lula, que compareceu à cerimônia e esteve ao lado da ministra na mesa de honra

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Dessa vez, mesmo sendo convidados, os ex-presidentes Michel Temer, Dilma Rousseff e José Sarney não compareceram à cerimônia. A ausência dos ex-presidentes seria uma forma de evitar criar um ‘climão’ para Cármen Lúcia pela ausência de convite a Bolsonaro e ao mesmo tempo impedir que ele pudesse usar o argumento de que foi o único ex-presidente que não compareceu à posse no TSE.

Mesmo com sua ausência, Bolsonaro foi lembrado indiretamente no discurso de posse de Cármen Lúcia, que enumerou ataques sofridos pelo TSE e pelo STF últimos anos, sempre sem citá-lo nominalmente. Além disso, a ministra exaltou a atuação do, agora ex-presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes durante seu mandato à frente da Corte nas eleições de 2022. “A atuação deste grande ministro Alexandre de Moraes foi determinante para a realização de eleições seguras, sérias e transparentes em um momento de grande perturbação provocada pela ação de anti democratas que buscaram aquebrantar os pilares das conquistas republicanas dos últimos quarenta anos”, afirmou.

Cármen Lúcia é a primeira mulher a comandar o TSE por dois mandatos (ela presidiu a Corte entre 2012 e 2013). Em seu novo mandato à frente da Justiça Eleitoral, que vai até 2026, a nova presidente irá coordenar as Eleições Municipais de 2024 e iniciar os trabalhos de preparação do próximo pleito geral, em 2026.

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