A PEC (proposta de emenda à Constituição) que trata sobre a “privatização das praias” segue sendo alvo de polêmica. A questão ganhou ainda mais visibilidade depois que a atriz Luana Piovani e o jogador Neymar trocaram farpas públicas motivadas, basicamente, por causa do projeto. A famosa afirmou nas redes que o atleta é favorável à privatização.
Nas redes sociais, o assunto também tem gerado discussão dos internautas. Enquanto alguns são contrários à proposta, outros são favoráveis. Há espaço até para brincadeiras. O perfil Joaquin Teixeira, famoso por compartilhar piadas, publicou um vídeo em que casais dançam forró numa praia durante um tipo de competição bizarra.
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Até mesmo essa brincadeira abriu espaço para que a “privatização das praias” fosse defendida por uma série de internautas. “Onde posso assinar pra privatizar tudo?”, disse um. “Vai ser o fim dessa alegria e espontaneidade. Que triste!”, ironizou outro. “Que Deus abençoe caso a privatização seja aprovada!”, sacramentou um terceiro. “Privatizem já! Por favor!!”, incentivou outro internauta.
A postagem do perfil de humor abriu brecha até para comentários xenofóbicos. “Essas pessoas da Finlândia são tão lindas né vô”, disse um internauta. “Mas aí é claramente uma praia da Irlanda…”, ironizou outro.
A PEC, que está em discussão no Senado Federal, é considerada como um mecanismo para privatizar as áreas à beira-mar, mas não a faixa de areia. Ou seja, as praias em si não seriam “privatizadas”, mas seu acesso pelos banhistas poderia ser dificultado, como hoje já fazem alguns resorts.
A proposta visa regularizar os chamados “terrenos de marinha”, que é a área que fica 33 metros depois do ponto mais alto que a maré atinge. São locais que ficam “atrás” da faixa de areia e que já são usados por moradores, comércios ou horéis.
A legislação atual prevê que a União, dona dos terrenos de marinha, pode permitir que pessoas e empresas usem e até transmitam as terras aos seus herdeiros. Mas, para isso, esses empreendimentos têm que pagar impostos específicos. O texto discutido no Senado prevê a autorização para a venda dos terrenos de marinha a empresas e pessoas que já estejam ocupando a área.
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