A polêmica socialite Dayane Alcântara Couto de Andrade, mais conhecida como Day McCarthy, foi condenada a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de injúria racial e racismo. A decisão foi proferida pela Justiça Federal do Rio de Janeiro na última quarta-feira (21), marcando um momento histórico na luta contra o racismo no Brasil.
Nesta quarta-feira (28), o jornalista Ricardo Feltrin deu detalhes sobre o momento de condenação da influenciadora. Segundo as informações compartilhadas pelo colunista, a condenada desceu o nível e ofendeu o juiz Ian Legay, da 1ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, com palavras de baixíssimo calão.
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No meio da audiência, ela disse que o juiz estava defendendo Bruno Gagliasso devido ao fato de ser famoso. E ainda gritou dizendo que a audiência era uma “palhaçada”, que o juiz não queria deixá-la falar pois era um “vendido” e estava quase “chupando a r… de Bruno”. Nesse momento, o magistrado manteve a calma e solicitou que o microfone da ré fosse cortado.
E não parou por aí
Em suas redes sociais, Da McCarthy, continuou as ofensas e disse que o juiz e o promotor “eram todos safados” e que ela não estava “nem aí”. No entanto, a influenciadora parou no exato momento em que soube da decisão da Justiça na última sexta-feira (26). Ainda segundo o jornalista, a pena, que é a maior da história brasileira por um crime de racismo, foi agravada devido aos ataques da socialite.
Entenda
Day McCarthy, natural de Presidente Kennedy, e atualmente residente nos Estados Unidos, tornou-se conhecida nas redes sociais por suas atitudes preconceituosas e discursos de ódio. O caso que culminou em sua condenação envolve um episódio ocorrido em 2017, quando a socialite fez comentários racistas direcionados a Titi, filha adotiva do ator Bruno Gagliasso e da atriz Giovanna Ewbank. Na ocasião, Dayane chamou a menina de “macaca horrível” e criticou seu cabelo e nariz, comparando-os a uma “vassoura” e a um “macaco”, respectivamente.
Após os ataques, Bruno Gagliasso registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Rio de Janeiro, e o caso foi levado ao Ministério Público, que denunciou a socialite à Justiça. O juiz Ian Legay, ao proferir a sentença, destacou que as ofensas de Day McCarthy foram motivadas por preconceito racial e dirigidas a uma criança de apenas 4 anos à época.
“Expressões execráveis alinhadas a valores forjados em compasso com a prática cotidiana da escravidão e do tráfico transatlântico de indivíduos escravizados, cuja utilização contemporânea, além de configurar crime, pressupõe grave dissonância cognitiva frente aos fatos históricos que atestam a essencialidade dos indivíduos pretos para a formação do Brasil e sua riqueza econômica, cultural e social”, afirmou o magistrado na sentença.
O juiz também ressaltou que o discurso da socialite não pode ser relativizado, pois violou gravemente a dignidade humana. Segundo ele, o caráter ofensivo e doloso das declarações de Dayane transforma o que poderia ser visto como uma opinião infeliz em uma ação de conteúdo criminoso.
Em resposta à condenação, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank emitiram uma nota comemorando a decisão e expressando confiança no Judiciário para punir o racismo no Brasil. “Essa é a primeira vez que, em resposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa à prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico”, afirmou o casal.
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