O autor de novelas Gilberto Braga faleceu em outubro de 2021, mas suas obras continuam fazendo sucesso na Rede Globo até os dias atuais. Foi por conta da parceria de 43 anos da emissora do Plim-Plim com o escritor, que o decorador Edgar Moura Brasil, viúvo de Braga, decidiu começar uma briga judicial com o canal para descobrir se ainda existem pagamentos pendentes pelos trabalhos e também sobre os direitos das novelas de seu marido.
A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (26) pelo colunista Gabriel Vaquer, do portal f5, do Folha de São Paulo. De acordo com ele, Edgar Moura Brasil deu entrada na ação na 34ª Vara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). De acordo com o viúvo de Gilberto Braga, ele era um dos sócios responsáveis pela GT Produções Ltda, que seria a empresa criada pelo autor de “Paraíso Tropical” para fechar negócios com a Rede Globo.
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Conforme o que foi divulgado pelo site, o decorador tomou a decisão de entrar com a ação na Justiça porque teria tentado iniciar um diálogo com a emissora dos Marinho sobre os acordos fechados entre ela e Gilberto Braga, mas a Globo não teria respondido a essas tentativas. De acordo com a GT, o objetivo de conseguir tais informações seria justamente para blindar os “direitos patrimoniais e morais” do falecido escritor.
Em um dos exemplos citados pelos advogados de Edgar Moura Brasil estão as novelas vendidas para emissoras estrangeiras. De acordo com os responsáveis pela ação, a Rede Globo nunca teria passado qualquer informação sobre os acordos à GT Produções Ltda. “É notório que a Ré [Globo] vem há anos faltando com a transparência mínima necessária com as Obras Intelectuais da Autor, impedindo que sejam conhecidos e reconhecidos seus direitos patrimoniais e morais, além de não conhecer se estas obras estão respeitando as limitações temporais e modais de seus contratos, que foram, são ou podem vir a ser explorados diuturnamente pelo grupo econômico”, escreveram os advogados.
Outra razão para que o viúvo de Gilberto Braga queira ter acesso a tais informações é para saber se existe qualquer dívida contraída em nome da empresa criada pelo escritor. De acordo com Gabriel Vaquer, Edgar já possui um outro plano para caso a Justiça acate o seu pedido, que seria entrar com uma ação de prestação de contas. No início deste ano, o decorador já havia pedido para que a Globo quitasse a dívida de 290 mil reais que tinha com o autor, referente a última parcela do contrato dele com a emissora que, mesmo após pouco mais de dois anos depois da morte dele, ainda não havia sido paga.
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