O ex-presidente da República e agora inelegível, Jair Bolsonaro, passou duas semanas internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para cuidar de infecção bacteriana conhecida como erisipela. A condição é uma infecção que afeta a pele, causada geralmente pela bactéria Streptococcus pyogenes do grupo A.
Como ocorre?
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A bactéria penetra a pele ou a mucosa através de um pequeno ferimento, como picada de inseto ou micose de unha. Os microorganismos se disseminam pelos vasos linfáticos e podem atingir o tecido subcutâneo e o gorduroso.
Quais fatores de risco?
Segundo a cirurgiã vascular e angiologista, Camila Helena, a erisipela não é altamente contagiosa. No entanto, alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolver a doença. Sendo eles:
Sintomas da erisipela
De acordo com a especialista, antes mesmo de se manifestar na pele, a bactéria causa sintomas como febre alta (entre 38 e 40 graus), mal-estar, náuseas e inchaço, além de calor e dor na área afetada. Entre 24 a 48 horas após o início dos sintomas, o quadro pode evoluir com manchas no local.
“Entre 70% a 90% dos quadros de erisipela acometem os membros inferiores, 2% a 9%, os membros superiores, enquanto a erisipela facial é encontrada em apenas 6% a 19% dos casos”, aponta a profissional.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da erisipela deve ser feito com orientação do dermatologista ou clínico geral, com o uso de antibióticos na forma de comprimidos, específicos para eliminar a bactéria, como penicilina ou eritromicina, por exemplo, que devem ser tomados durante cerca de 10 a 14 dias, de acordo com a orientação médica.
Os antibióticos na veia, como penicilina G, ceftriaxona ou cefazolina, podem ser realizados em situações de lesões mais extensas ou quando atingem a circulação sanguínea, como acontece na septicemia. Já quando o problema é erisipela bolhosa, além do uso de antibióticos, também pode ser necessária a utilização de cremes para passar na pele afetada e melhorar os sintomas, que geralmente têm ácido fusídico ou sulfadiazina de prata em sua composição.
Nos casos de pessoas que têm a erisipela crônica ou de repetição, pode ser necessário o uso de penicilina benzatina, intramuscular, a cada 21 dias, para proporcionar um combate mais efetivo das bactérias que vivem na região. Já em casos de lesões graves, como necrose e secreção purulenta, pode ser necessária uma abordagem cirúrgica, removendo e drenando grandes áreas de pele morta e pus.
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