Exército passa vergonha ao tentar salvar vítimas no Rio Grande do Sul

Internauta se surpreendeu ao encontrar militares enfrentando problemas com uma embarcação a remo no Rio Grande do Sul

Publicado em 10/05/2024
Por Em Off
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Um vídeo viralizou nas redes sociais onde mostra a dificuldade de uma equipe de soldados do Exército Brasileiro em se locomover nas enchentes que assolam o estado do Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira (8), o internauta que gravou a situação se surpreendeu ao encontrar militares enfrentando problemas com uma embarcação a remo.

De caiaque, ele sinaliza aos soldados que irá na frente e informará caso encontre alguém precisando de socorro. A população civil está fazendo total diferença na tragédia que aflige o Sul do Brasil, com diversos voluntários no resgate de pessoas e animais. Com o vídeo ganhando notoriedade nas mídias sociais, de imediato a instituição militar se tornou alvo de chacota por diversos usuários na internet.

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“Sem condições nosso exército. Pensei que era tropa de Rambo e na verdade são os trapalhões”, comentou um. “Mano… só pode ser brincadeira. Não é possível que o povo já acreditou nesta instituição algum dia. E agora, além do descrédito, eles estão naquela fase que dá tudo errado. E adivinha só… estaremos lá para filmar e expor tudo”, afirmou outro.

Houve também quem defendesse. “Os militares nesta situação fazem o que podem, eles não tem culpa, sem investimento nem um motor dá pra comprar. Tem que repensar e investir para reorganizar as forças de segurança”, apontou outro internauta.

Exército já resgatou 60 mil pessoas

Em entrevista à CNN Brasil, nesta última quinta-feira (9), o comandante do Exército, General Tomás Paiva, detalhou o trabalho das equipes militares nas regiões atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O oficial afirmou que o Exército está empenhado em uma operação de guerra, com mais de 20 mil militares envolvidos até o momento. Segundo Paiva, já foram resgatadas mais de 60 mil pessoas em áreas afetadas pelas fortes chuvas.

“Ainda estamos na fase onde a prioridade é resgatar pessoas, salvar vidas”, afirmou.

Combate a fake news

O comandante lamentou a disseminação de notícias falsas sobre o trabalho das Forças Armadas, ressaltando que isso entristece os próprios militares envolvidos nas operações, muitos deles gaúchos que tiveram que deixar suas próprias famílias para auxiliar no resgate. “Isso chega a um ponto, eu entendo que há desespero das pessoas, mas eu acho que não pode haver esse tipo de aproveitamento. A informação correta é fundamental para que a confiança seja restabelecida”, declarou.

Próximo passo

O oficial ressaltou que, após a fase inicial de resgate, as próximas etapas envolverão o apoio logístico às pessoas desabrigadas e a reabertura de vias, demandando a mobilização do poder público em todas as esferas. Certamente, não só as forças, mas o poder público de uma maneira geral vai ter que se mobilizar para fazer isso aí o quanto antes e mais rápido, porque isso é necessário para que a gente não tenha percalços no atendimento à população”, concluiu.

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