Nesta terça-feira (06), mais um episódio da briga judicial envolvendo a TV Globo e a TV Gazeta, cujo dono é o ex-presidente Fernando Collor-, ganhou mais um capítulo. A tentativa da emissora carioca de romper contrato com afiliada em Alagoas está surpreendendo com descobertas gravíssimas. Desta vez, a emissora dos Marinhos entrou no Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, um relatório com diversas cláusulas de compliance e administração que estão sendo descumpridas.
De acordo com o texto obtido com exclusividade pelo F5, a Globo apontou algumas irregularidades na administração. São elas: superfaturamento de salários para executivos sem formação adequada, assédio moral e sobrecarga dos funcionários. “De acordo com as políticas de compliance da Globo, esses elementos seriam suficientes para justificar a rescisão do contrato”, afirma a emissora. Ainda de acordo com o documento, um executivo de alto cargo na TV Gazeta recebe salário de R$ 67 mil, valor esse que está muito alto para no mercado. “Esse salário é muito acima do mercado para um gestor de empresa de comunicação, especialmente considerando um estado como Alagoas, o segundo menor do país”, diz o documento.
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Além de valores altos, a Globo também apresentou três ações movidas por ex-funcionários, que acusam a TV Gazeta de assédio moral. Segundo documento, todas as pessoas citam excesso de trabalho na emissora de Collor. Fora isso, a emissora carioca também relembrou o caso do funcionário de 24 anos chamado Roberto Souza, que faleceu em 2008. Na época, ele trabalhou por 24 horas seguidas, e ao retornar para casa de carro, acabou cochilando ao volante, sofrendo um acidente fatal.
Apesar da TV Gazeta ter conseguido a liminar em 2023, que obrigava a Globo a renovar o contrato de afiliação até 2028, tudo pode mudar com novas acusações de irregularidades. Com o intuito de colocar um fim no contrato com afiliada em Alagoas, a emissora carioca aguarda um novo julgamento para analisar o mérito em questão. Até lá, por determinação judicial, a TV de Collor mantém o dial da Globo no ar. Diante dos casos apresentados, a Globo diz: “O risco jurídico relacionado à permanência dessa relação é motivo inequivocamente apto a justificar o encerramento da relação com a TV Gazeta, inclusive em razão das regras de compliance às quais se submete a suplicante”.
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