Um chinês conhecido como Li Hua, ou até mesmo como o “homem dobrado”, tem uma doença autoimune chamada espondilite anquilosante, que fez com que ele perdesse a autonomia de todos os movimentos. Após 28 anos, ele está retomando o controle de sua vida devido a uma cirurgia realizada em 2020 e um longo processo de reabilitação.
Li começou a sentir os sintomas da doença rara aos 19 anos e, antes da cirurgia, não conseguia ficar de pé, comer ou andar adequadamente sem ajuda. Aos 46 anos de idade, em 2020, o chinês passou por quatro procedimentos para quebrar e reconstruir seus ossos que lhe proporcionaram uma nova perspectiva de vida.
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Atualmente com 50 anos, ele ainda está em reabilitação, mas já pode comemorar grandes progressos. Em entrevista ao South China Morning Post, contou que passou a dormir de costas depois de mais de 20 anos em que sua posição de descanso noturno era sentado. “Tenho feito exercícios de reabilitação em casa nos últimos meses. Agora posso andar devagar com o andador, ir até a pia, escovar os dentes e lavar o rosto. Posso segurar uma tigela e comer como qualquer outra pessoa, sentado à mesa”, disse Li Hua.
O que é a Espondilite anquilosante?
A espondilite anquilosante é uma condição rara. A doença pode causar a fusão dos ossos, fazendo com que a coluna se curve para a frente. O problema também provoca dores devido à rigidez do corpo. Os especialistas não sabem a causa da doença, mas acham que está ligada a uma variante genética conhecida como HLA-B27.
Além disso, não existe cura para a condição e o tratamento geralmente envolve exercícios para reduzir a dor e a rigidez, bem como analgésicos e antiinflamatórios. A cirurgia pode ser necessária em casos raros em que há curvaturas graves na coluna ou danos significativos nas articulações.
No caso de Li, ele foi operado no Hospital Geral da Universidade de Shenzhen, passando por quatro procedimentos para quebrar e reconstruir seus ossos. O médico Tao Hurien, que cuidou do caso, comparou as dificuldades durante as operações realizadas no chinês com a tarefa de “escalar o Monte Everest”.
“A primeira vez que vi minha mãe após a cirurgia, de repente percebi o quanto ela envelheceu enquanto cuidava de mim todos esses anos. Ela não poderia cuidar de mim para sempre, então queria curar essa doença e reduzir o fardo dela. Para mim, o professor Tao é meu salvador. Não haveria cura para mim sem ele”, contou Lia Hua.
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