
Apoiadores e seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e é investigado por tentativa de golpe de Estado, encheram a Avenida Paulista, em São Paulo, em um evento convocado pelas redes sociais. A manifestação da extrema-direita, porém, pode não ter sido tão “espontânea” assim.
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Marco Zero da Gastronomia: São Paulo investe na inclusão social pelo paladarSão Paulo faz 471 anos e ganha programação especial na Rede VIVAX TVAndressa Urach fala sobre quem ela pegaria entre: Bolsonaro, Lula ou JanjaO próprio político Bolsonaro chamou os apoiadores ao ato. “Amigos de todo o Brasil, em especial da nossa São Paulo. Hoje é sexta-feira, dia 23 de fevereiro. Daqui dois dias, no domingo, às três da tarde, o nosso encontro na Paulista. Um ato pacífico, pelo nosso Estado Democrático de Direito, pela nossa liberdade, pela nossa família, pelo nosso futuro”, disse ele, em um vídeo nas redes sociais.
No entanto, há denúncias de que líderes bolsonaristas estariam pagando para que pessoas saíssem de cada e fossem para a Paulista neste domingo. Um pepórter do EM OFF foi convidado a sair da cidade de Campinas, no interior do Estado, para ir até a capital de ônibus, com a oferta de faturar R$ 50,00 e alimentação.
De acordo com o G1, por volta de 14h30 deste domingo, a manifestação bolsonarista ocupava três quarteirões e meio da Avenida Paulista, cartão-postal da cidade. A Polícia Militar mobilizou cerca de 2.000 homens para fazer a segurança no local. Até o fechamento desta matéria, não havia sido divulgado a estimativa de público do ato.
Inelegível até outubro de 2030, Bolsonaro foi declarado culpado pela prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho de 2022.
O ex-presidente ainda é investigado pela Polícia Federal por tentar dar um golpe de Estado para mantê-lo no poder e evitar a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele teria sido um dos mentores do ataque aos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023. Ele chegou a ser convocado para prestar depoimento à PF na última quinta-feira (22), mas ficou em silêncio.
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