Se sente cansado? Saiba como evitar o temido burnout por trabalho excessivo

Um estudo constatou que a incidência de Burnout cresceu 18% entre 2015 e 2022

Publicado em 03/07/2024
Por Em Off
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A saúde mental é um assunto que vem sendo cada dia mais discutido no trabalho, durante um jantar com a família ou em um encontro com os amigos. Com o crescente acúmulo de atividades diárias, percebeu-se que é preciso dar atenção especial à saúde da mente. Nesse contexto contemporâneo, muitas pessoas sofrem com ansiedade, depressão, crises de pânico e, às vezes, precisam tomar medicamentos contínuos para amenizar esses sintomas e levar uma vida com um pouco mais de qualidade.

Relacionada aos ambientes de trabalho, uma doença que vem ganhando destaque nos últimos anos é a Síndrome de Burnout. Essa doença manifesta-se por um esgotamento mental ligado a períodos estressantes de trabalho, alta demanda de serviço, poucos colaboradores, pressão de chefe e diretores, excesso de ligações diárias etc. A síndrome do esgotamento profissional, em janeiro de 2024, completou dois ano que foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Uma pesquisa da Gattaz Health & Results, empresa brasileira que oferece um programa baseado em ciência e tecnologia para promover a saúde mental no meio corporativo, constatou que a incidência de Burnout cresceu 18% entre 2015 e 2022. Entre os motivos para o surgimento da Síndrome de Burnout, objetivos difíceis de serem alcançados impostos por chefes aos seus colaboradores também ganham destaque.

Muitas vezes, a pessoa pode não ser capacitada para tal função ou já estar desempenhando outras atividades, e isso pode impedir o cumprimento de demandas solicitadas. A pessoa se sente, então, sobrecarregada e, ao mesmo tempo, incapaz, pois deseja realizar o que lhe é proposto, mas não tem meios para isso.

Para a especialista em carreira, Patricia Y. Agopian, CEO da Bússola Executiva, a cobrança excessiva feita por gestores que não sabem filtrar a pressão pode ser uma das causas dessa doença ocupacional. Mas, ela garante que é possível prevenir o esgotamento.

“Uma coisa é você sufocar um profissional na busca por um resultado, de forma que ele se sinta devedor. E a outra coisa é mostrar para as pessoas que, sim, os resultados têm que ser superiores sempre, mas de uma forma que elas percebam que estão crescendo com esses resultados e que elas têm uma recompensa, que não é só o salário, e mais do que isso, tem o reconhecimento”, explica Patricia.

“Não adianta cobrar ameaçando, isso não é sustentável. O gestor pode fazer seus colaboradores entregarem resultados consistentes e crescentes, quando elas entendem que são parte de algo maior e aí nasce um orgulho de pertencer. O adoecimento vem de uma cultura que promove a ameaça e o medo da demissão“, afirma.

É preciso investir em cultura positiva

Para a especialista em carreira, as empresas precisam investir em uma cultura construtiva e positiva. E os profissionais precisam reconhecer seus limites para se posicionarem, antes mesmo de adoecerem. “Além dos gestores se preocuparem com prazos e resultados, precisam implantar a cultura do feedback, cuidar do clima da área e se colocar ao lado da equipe para apoiá-los e não só cobrar de maneira desenfreada. O Burnout impacta na saúde produtiva da organização e provoca efeitos para as empresas que vão além da perda financeira. Ficar com uma má reputação pode impedir que profissionais de alta performance queiram fazer parte da companhia”, pontua Patricia.

A especialista explica que muito antes do colaborador ser afastado por Burnout, ele já não entrega o mesmo resultado. Isso porque uma pessoa no seu limite não tem 100% das suas capacidades mentais para pensarem solução, alternativas. “As organizações precisam lembrar que funcionários desmotivados, podem contaminar os colegas de forma negativa. Por isso, precisam preparar melhor seus líderes”, orienta.

Abrir mão da saúde custa muito caro

Pensando no lado do funcionário, a CEO da Bússola Executiva afirma que o custo de você abrir mão do seu bem-estar é altíssimo e pode sair caro. “A forma de as pessoas se blindarem com relação a isso tem a ver com elas entenderem e aprenderem a diferença de simplesmente fazerem o seu trabalho e esperarem uma troca financeira ou trabalharem muito e esperarem que alguém reconheça, chamo isso de carreira de esperança”, diz ela. “Nenhuma empresa contratou a vida de ninguém, as pessoas entregam a vida por não conhecerem o caminho para uma entrega positiva, colaborativa e que leva a empresa para resultados superiores. É isso que eu ensino todos os dias em meu curso”, finaliza.

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