Xuxa recebe elogios como a ‘Barbie Brasileira’ em matéria de jornal americano

A presença marcante de Xuxa Meneghel na televisão brasileira ganhou destaque nas páginas do New York Times, após um documentário lançado no Globoplay explorar os bastidores de sua carreira.

O jornal americano, reconhecendo sua influência, carinhosamente a apelidou de ‘Barbie nacional’, abordando também as complexidades da diversidade racial na indústria televisiva.

Durante a entrevista concedida ao periódico dos Estados Unidos, Xuxa compartilhou sua perspectiva sobre a comparação com a icônica boneca: “A Barbie vinha com um carrinho rosa. Eu chegava em uma nave rosa”, refletiu a apresentadora.

No entanto, o artigo explorou mais profundamente as conexões entre Xuxa e a famosa boneca. “Ao mesmo passo que a boneca famosa, Xuxa também é conhecida por sua pele clara, figura esbelta, cabelos loiros e olhos azuis. Em seu programa infantil, ela frequentemente usava trajes curtos e botas de cano alto, emergindo de uma nave espacial adornada com lábios vermelhos exuberantes. Como a Barbie, ela se tornou uma referência para seus fãs, que cresceram admirando Xuxa e suas jovens dançarinas, conhecidas como as ‘Paquitas’”, observou o jornal.

No contexto atual, a matéria indagou sobre a percepção do público brasileiro em relação a Xuxa, em um momento em que a discussão sobre representatividade racial ganha relevância no país.

O NYT também trouxe à tona a questão das ‘Paquitas’, levantando de forma indireta a proposta de que elas fossem loiras, algo que, segundo a reportagem, foi uma sugestão da empresária de Xuxa no passado. Contudo, durante a entrevista, Xuxa enfatizou que assumiu sua parte de responsabilidade nesse cenário: “Eu também concordei. Eu dei o aval”, afirmou ela.

Por fim, a apresentadora expressou arrependimento por algumas declarações feitas durante programas dos anos 90, encerrando com uma ponderação sobre a influência das normas sociais da época: “A culpa não é apenas do Xou da Xuxa. É a responsabilidade de tudo que nos era apresentado como padrão naquela época”, concluiu.