Em setembro de 1974, Michael Jackson esteve no Brasil pela primeira vez com o grupo Jackson 5 para fazer shows em São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília, em setembro de 1974.
Segundo publicado no site MJ Beats o artista tinha apenas 16 anos, mas já era o rosto mais conhecido do grupo, que formava com seus irmãos Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e Randy. No Rio, o sexteto fez dois shows no Maracanãzinho, dias 19 e 20 de setembro, ambos com abertura da tradicional escola de samba Portela.
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Segundo uma reportagem do GLOBO na época, o sexteto chegou ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, às 12h45 do dia 16 de setembro, uma segunda-feira. Em determinado momento, os americanos cruzaram com o cantor Roberto Carlos, que estava a caminho de São Paulo.
A banda deveria ter ido para Itacuruçá, na Costa Verde, onde ficaria hospedada até o dia do show. Entretanto, os músicos quiseram conhecer mais do Rio de Janeiro. No dia seguinte à chegada, os integrantes do Jackson 5 deram uma coletiva de imprensa no Hotel Nacional, em São Conrado. Segundo o jornal, todos eles usando roupas coloridas e ostentando belas “cabeleiras black power”.
O quinteto não quis se pronunciar sobre o movimento negro americano, contudo, Michael, falou brevemente sobre o trabalho do conjunto.
“O estilo da nossa música evoluiu junto com o gosto do público a que se dirige. Cantamos o que ele quer ouvir, e hoje nossos maiores sucessos são canções que apresentávamos há cinco anos. Só que agora fazemos isso de uma maneira elaborada — disse o então adolescente, que viria a se tornar o maior ícone da música pop. — Não existe outro conjunto com nosso estilo. Somos o primeiro grupo jovem que surgiu cantando. Hoje existem outros, influenciados por nós, mas ainda assim nossa interpretação é diferente.”
Se tratando de música brasileira, eles falaram que só conheciam o trabalho de Sérgio Mendes, que era vizinho do sexteto em Los Angeles, nos Estados Unidos. Quando a entrevista já estava prestes a terminar o caçula Randy, de 12 anos, disse ter gostado de ver tanta gente vestindo roupas coloridas no Rio. Jermaine “mostrou-se impressionado com a quantidade de Volkswagens nas ruas”. E Michael Jackson afirmou que estava decepcionado, mas por um motivo bastante estranho: “– Eu esperava encontrar esmeraldas nas ruas, como li nos livros de História.”