Sandy Vee

Produtor de Rihanna e Katy Perry fala sobre hits, saúde mental e máfia digital

Premiado hitmaker francês fala em entrevista sobre detalhes do mercado atual

Publicado em 27/07/2022
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Elon Musk, o homem mais rico do mundo desistiu de comprar o Twitter. Abandonou a ideia de engaiolar o mais famoso dos passarinhos azuis. Com mais de 140 caracteres, a complexa notícia foi estampada em homes e letras garrafais dos principais jornais mundiais.

Foi curtida, retuitada e comentada por tuiteiros dos quatro cantos do mundo. Sandy Vee, premiado hitmaker francês da industria musical concedeu uma entrevista nos últimos tempos onde deu seus pitacos sobre o assunto e comentou tambem seus receios sobre como a indústria vem lidando com tabus como saúde mental.

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TRADUÇÃO: Tamara Oliviero

Um dos discos mais queridos dos fãs de Rihanna, o Loud se destacou com uma grande quantidade de singles que realmente marcaram a história da Rihanna e também da música pop. Porque você acha que o álbum deu tão certo e rendeu tantos singles? Quais foram suas influências para criar Only Girl e S&M?

SANDY – Acho que é um álbum muito bom com músicas muito boas, fortes. Hum, o processo foi legal e simples ao mesmo tempo. Lembro que acabara de me mudar para a cidade de Nova York e, uh, e conheci o encontro da Stargate Zone aqui e, uh, cozinhavamos, e caminhávamos juntos pela praia até tarde . E, este é um dos primeiros álbuns que fizemos juntos. Acho que foi um processo muito natural que tentamos juntos. Quando me mudei para Nova York já estava andando por esse bairro, saindo nas ruas, foi meio que o começo do pop eletrônico misto urbano. Então,, eu acho que esse álbum da Rihanna foi apenas, o próximo passo, você sabe, e nós tentamos trazer esse pop urbano junto. Sim, mas a história sobre isso, acho que essas duas músicas são muito, muito fortes. E a história sobre isso é que, houve um momento de arranjos para Rihanna que foi, eu acho, de quatro meses e meses e meses. E eu lembro que, hum, S&M e Only Girl, foram, tipo as primeiras música da campanha. Mesmo que goste da música do começo, talvez a música que está vindo passe apenas com algum significado, sabe? Mas foram as primeiras músicas e mesmo assim, depois de meses recebendo músicas de Rihanna, blá, blá, blá, eles ainda mantiveram essas duas músicas, sabe, então especialmente você, tinha o ritmo e o tempo que estava por trás do projeto também. E então, sim, eu fiquei muito feliz com isso e acho que viemos com duas músicas muito boas.

2 –  Um dos versos mais nonsense e ao mesmo tempo icônicos da história da cultura pop americana são as primeiras palavras de Firework da Katy Perry (“Do you ever feel like a plastic bag”). Como foi o processo de composição da faixa? Você gosta do filme American Beauty?

SANDY – Sim, quer dizer, eu era bem mais jovem quando assisti. Então, lembro-me de me sentir um pouco estranho depois de assistir ao filme. Você sabe o quê? Eu vou assistir de novo. Então, sobre o processo, estávamos todos envolvidos nisso numa sala, com Katie, na noite do Stargate. Hum, e então vei. Estava trabalhando com Sonics,a batida era legal, inspiradora, mas a genialidade é sobre a letra em sim, eu sinto. E isso é o máximo, uma das canções mais universais que eu conheço em termos de letra, realmente pegou, tocou as pessoas da maneira certa. E isso é perfeito. E é por isso, quero dizer, se você colocar qualquer rádio enquanto dirige, essa música está sempre tocando, então é uma música muito boa.

3 –  As próximas questões são dos DJs Felipe Lira e Davis Reimberg. O que você fez para não parar de trabalhar na pandemia? (Felipe Lira) 

SANDY – Obviamente, encontramos uma maneira de fazer isso, é algo novo, então ainda precisamos de um pouco de tempo para nos acostumarmos, talvez, encontrar uma maneira melhor de faze-lo. Só tento me acostumar melhor, sabe? Porque eu ainda acho meio estranho às vezes usar o zoom. Tive que trazer alguns letristas aqui na semana passada. Estamos aqui em Los Angeles. Procurei por um lugar onde pudéssemos conversar, trocar. Então, trabalhamos nas letras, conceitos e passamos algum tempo juntos. Então essa é a grande diferença, é muito difícil, sabe? Hum, é bom, muito conveniente, mas estar com as pessoas é diferente. Como ainda precisaríamos de algum tempo para nos acostumarmos, não trabalhei de perto com vários escritores pessoalmente. Então essa foi a melhor jogada, tentei apenas encontrar poucas pessoas, e elas não estão em todos os lugares. Eles não veem muitas pessoas. E tentamos continuar trabalhando e apenas criamos música, então, sim, de novo, precisamos de algum tempo.

Você cria a letra sempre com base na melodia ou já compôs separando texto da música?

SANDY – Então, como eu disse um pouco antes, esse processo tem mudado um pouco. Eu posso tocar, gravar, mixar coisas, mas eu não faço letras, sabe, há 10 anos eu não falava inglês, mesmo em francês eu não escrevia letras. Eu trabalho mais com os sons, você sabe, o ritmo do que apenas com as palavras, mas agora estou entrando no processo porque é algo bom para mim, eu posso me engajar melhor, me aprofundar, sabe? Estou fazendo músicas com alguns compositores, então é importante que eu entenda. E então fico mais envolvido, pelo menos observo, observo muito, mas no geral é sempre igual, eu acho. A questão é mais relacionada aos anos setenta quando um monte de gente, eu lembro que, alguns escritores, letristas já vinham com a letra. Eles davam pro compositor e o compositor fazia uma música com a letra, eu não conheço alguém que faça isso hoje. É mais como uma melodia principal, e então você apenas faz a letra, mas, uh, seria ótimo mudar isso, usar uma abordagem diferente. Tipo, ok, eu tenho letras, então vamos fazer uma música. Eu não fiz isso. Eu não me lembro de ter feito isso. Eu quero tentar, ir da letra à música. Bem, isso é muito interessante para mim.

4 –  A próxima questão é do jornalista Sérgio Martins. Na década de 80, os produtores musicais se tornaram superestrelas com expoentes como Quincy Jones e Giorgio Moroder. Hoje esse papel está mais preso aos times de produtores do mercado mundial. Qual seria o papel do produtor hoje e seu status? Ele realmente ajuda a vender o disco?

SANDY – Estamos falando de um projeto, desse processo de fazer algo, e envolve muita gente. E é difícil de controlar porque é totalmente diferente, porque existe um líder no projeto, mais como um produtor executivo. Você sabe, então eles começam do zero, montam a equipe e trazem a ideia deles para a realidade. Mas eu acho que eles já têm a visão porque você sabe, quando você trabalha dessa forma, não é como passo a passo, você sabe para onde ir. Você tem a visão do todo,  eu acho que alguns escritores ou artistas estão muito espalhados hoje para se concentrar em trabalhar com a equipe, poucos conseguem fazer isso. Isso é algo que eu sinto falta, sabe, eu acho que a música é melhor quando você tira um tempo para fazê-la, realmente bem feita, dá alguns passos atrás, pega o movimento certo e compartilha com as pessoas certas antes, sabe , uh, mas tudo tem que ser rápido agora. Então você realmente não pode demorar. Meus álbuns favoritos, principalmente dos anos oitenta ou alguns dos setenta também, são incríveis porque alguns demoraram mais de um ano para serem
feitos. Agora, nosso ano é de poucos meses, é uma grande diferença, então não acho que possamos comparar. Até talvez 2010 ainda existia esse processo de ter um executivo, mas agora tem muita música. Quando você recebe um e-mail de um editor, quem tem, embrulhe e receba, é como um supermercado. Então, quero dizer, por quanto tempo você quer disputar, mesmo que eles tenham feito o disco para ser tipo, Quincy ou Georgio. E tudo bem. Então, no seu tempo, a coisa mais importante é você estar ciente disso. E talvez seja por isso que não há pessoas como eles. O mercado atual é assim. As pessoas querem produzir, querem lançar músicas. OK. Mas se eu faço o que quero e digo o que quero. Eu quero ser feliz primeiro. Isso também é bom.

Qual o desafio do produtor hoje em dia em deixar seu toque pessoal e fazer com que seu projeto tenha coerência?

SANDY – É ser feliz. Esse é o problema dos beatmakers que correm de sessão em sessão. Que porra você está fazendo? Você está feliz com sua vida, seu estilo de vida? Quando a música dá a você o que você dá à música? É profundo, é profundo. É um relacionamento. É um relacionamento pessoal que você pode compartilhar. Mas se você não sente a história, se ela não ressoa assim, você apenas cria algo e tudo bem. Mas você não está realmente em um relacionamento. Quer dizer, não quero julgar os beatmakers, eles fazem coisas legais. Faço música desde que nasci, tenho ouvido música toda a minha vida, desde criança, venho de uma família de músicos. Tive a chance de crescer na década de oitenta. Eu podia sentir a paixão que eles tinham pela música. Então, quando você experimenta a música, dessa forma, você entende que é um relacionamento.

5 –  A próxima pergunta é da cantora e compositora Bibi. “Nesses últimos dois anos, trouxemos fortemente à tona a questão da saúde mental. 11 anos atrás – e até o presente momento, como foi e como é para você lidar com a pressão da indústria? Especialmente após grandes feitos e legados como Loud, constroem-se expectativas cada vez mais altas de carreira, como você gerenciou isso na sua mente?”

SANDY – Muito mal, o pós sucesso foi a pior parte de toda a minha vida. Especialmente quando se vai tão rápido do nada. Eu me mudei para os EUA, um ano depois eu estava entre os cinco maiores produtores do planeta. Ganhei um Grammy. Não tem volta, e quando vi estava andando com grandes artistas como Rihanna, Katie, Shakira, J-Lo, etc. Minha vida era legal em Paris antes, e então quando me mudei para Nova York o sucesso foi imediato, e isso mudou toda a minha vida. Viver em um lugar maior, conhecer a cidade, esse é o momento em que você se conecta com tanta gente e depois você em Nova York, essa cidade funciona muito bem para mim. Então isto significa que, você pode ir, você começa com uma sessão, depois você fuma um cigarro, depois outro compromisso, depois você janta. Depois, você tem festas e festas e festas e festas. Sim. E depois você acorda, mas você tem outra sessão e depois, oh, você almoça com esse cara ou vai nesse show, blá, blá, blá, blá. Você nunca pára. Você nunca pára. E esse é o problema, porque você está tão sobrecarregado, é claro que muitas coisas legais acontecem. Em agosto de 2010, eu estive no top 10, tendo sete das minhas produções, elas estavam no top 10, em apenas alguns meses, então é realmente intenso que você tem que fazer isso. Então, durante um ano, acho que me encontrei com todos os executivos, pessoas no trabalho, e conhecia todos mais todos, além de todos os compositores ou grandes compositores e artistas, o que também foi intenso. E continuei fazendo isto por algum tempo até que um dia acordei à noite. Ataque de pânico, ansiedade, mas um nível realmente alto de ansiedade. Eu não conseguia sair de casa, era como ter descido ao inferno, me sentindo muito, muito mal e não parou. Eu apenas tentei, quero dizer, não tinha as ferramentas naquele momento. Você se sente como, o que está acontecendo comigo? Você simplesmente não sabe como lidar com o que sente, então foi terrível… Hum, não parou. Eu me lembro de tentar ir a alguma sessão, mas não conseguia, fazer música tem que ser legal. E quando você sente seu coração bater e depois tremer, não é justo. Então, eu acabei dando um tempo e, o melhor que pude fazer naquela época foi viajar. Por isso, viajei muito. Passei um mês na África, Ásia, América do Sul, Costa Rica foi ótimo, Jamaica. Eu só sabia que precisava apenas fugir e ver o que estava acontecendo. Portanto, foi uma boa escolha. Fugir, dar um tempo, explorar. Foi bom para meu corpo, e ainda hoje, para mim, é como quando você não está alinhado com sua mente e seu corpo, e isso foi ótimo e me mudou profundamente.

Abri meus olhos e percebi, de forma tão consciente. O que aconteceu? Mesmo com seus amigos, sua família, você começa a ser honesto. Não, não é a pessoa que eu sou e quero ser assim, eu amo minha depressão. Eu amo porque não me deu dinheiro, mas me deu respostas. Eu quero perguntar às pessoas. Qual é o melhor empurrão quando você se sente como merda? Está tudo bem. Não é legal você se forçar na música quando você não sente isso. É melhor voltar um passo atrás e dar um tempo. Acho que entendi o que é importante para que agora eu possa voltar. Este é um grande momento, eu sinto, não estou preocupado com tantas coisas, só quero estar feliz fazendo música, então todos os meus shows vão nessa direção envolvendo as pessoas certas. Não vai ser a mesma coisa. Seja criativo, é basicamente um momento para ser criativo. Apenas esqueça o que você faz e experimente. Eu quero dizer outra coisa. O problema com as doenças mentais é um tabu, porque existem diferentes níveis. Quando me lembro de acordar e me sentir muito, muito mal, eu já tinha muitos, muitos sinais antes. Mesmo tendo dito que viria, eu não escutei e percebi isso. Porque agora eu sinto mais. E sei que quando estou com as pessoas, posso dizer se elas estão com ansiedade ou o que está acontecendo. Você só tem que ousar ir além disso e ser real. Não, não há problema em dizer que você não se sente bem.

6 – Hoje o mercado brasileiro é dominado do ponto de vista digital por fandoms que às vezes possuem um comportamento parecido com os duma verdadeira máfia virtual. Como você vê a questão dos avatares falsos e as fake news neste sentido e como competir num mercado escravo de fandoms?

SANDY – Uau, essa é uma pergunta profunda. Acho que as pessoas precisam mudar como indivíduos. Essa é a única maneira de mudar, basta decidir, ok, pare com essa merda. É o que é. Mas olhe para você. Se você olhar para a sua vida, a conexão com as pessoas, isso deve acontecer individualmente, não espere que algo mude, não vai.

Eu acho que não, porque esse é um novo loop cada vez mais rápido. Portanto, a única maneira é através de um nível individual. E está realmente relacionado com o que acabei de dizer. Decida fazer você mesmo as mudanças que quer ver. E conecte-se de maneira diferente. Não tenha medo de dizer o que você sente às pessoas com quem está trabalhando. Novamente, algumas pessoas vão entender e está tudo bem. Porque eles se sentem da mesma maneira, não somos tão diferentes. Apenas sendo autênticos mudaremos tudo, basta seguir o que você sente e ser criativo. Essa é a única maneira de fazer as coisas de maneira diferente. E eu acho que você realmente tem que fazer isso agora. É como a maioria das coisas que observo e vejo, é como um estereótipo. E é isso que sinto falta dos anos oitenta. Eles queriam algo real, profundo.

Você acha que alguns artistas e cantores estão usando as mídias sociais, esse imenso império de fãs online como uma ferramenta para construir suas carreiras?

SANDY – Você vê, eles têm a escolha. Essa é a única maneira, é o que é, mas é uma pergunta complicada. É interessante. É tudo uma questão de tentar fazer as coisas de maneira diferente. Mas a internet e as mídias sociais também têm coisas boas, como, você pode se conectar com pessoas de todo o planeta e isso é fantástico, mas agora, novamente, é tudo sobre como usar isso da maneira certa, e ainda é uma coisa muito nova. Posso sentir que uma internet 2.0 está chegando e será diferente.

Novamente uma pergunta de Sérgio Martins:
7 –  Como você vê a música atualmente? Nos anos 70, a música era baseada principalmente na melodia com expoentes como Elton John, Billy Joel, Carole King, A melodia mandava. A
partir do advento do hip-hop quem passou a mandar foi o beat (hoje muitos beatmakers viraram produtores) vide aqui no Brasil o mais famoso é o Papatinho. Como o produtor hoje deve se adaptar à este mercado onde a batida é mais importante que o disco em si?

SANDY – Sim. Dê-me hoje artistas como Elton John, Billy Joel e você verá por si mesmo. E isso para mim é a grande carência dos últimos 10, 15 anos. Todas essas batidas de som rítmicas. É divertido, especialmente quando é novo e agora está ficando velho para mim. Então, quando o tempo passa você pode chegar a uma conclusão, quando é novo, é difícil chegar a uma conclusão, mas já faz anos que a música está tomando essa direção, então podemos pensar e presumir, acho que ainda está relacionado a o que eu disse antes, todos os discos que saíram este mês ou qualquer época, eles ficarão depois do verão? Para a maioria, você nunca mais ouvirá falar. Então, o que você quer quando faz um álbum, você quer que seja atemporal? Eu sei que quando as pessoas ouvem, à medida que avançamos, elas pensam, é bom. E é isso que está acontecendo agora, há algumas músicas legais. Eu não vou mentir. É bom fazer batidas dinâmicas, mas é difícil fazer a mágica em uma batida e, novamente, é uma questão de criação. Quando vocês trabalham juntos, vocês têm essa abordagem de se aprofundar na criatividade e apenas fazer tudo de uma vez, criando, compondo e trabalhando na melodia, vejo que você tem uma chance melhor de conseguir algo melhor. Porque estamos em LA, em todos os lugares. Olha, quantos beatmakers fazem uma música hoje e todos os dias, isso é muito. Mas quantas são matadoras? Eu não sei, não muitas. Então, se eles apenas mudarem o ângulo da câmera talvez eles enxerguem isso. Os processos estão indo muito rápido. Acho que está indo rápido demais.

8 – Essa daqui é mais delicada. Na Rio Music Market, Carlos Mills (presidente da Associação Brasileira de Músicos Independentes) declarou que um músico no Brasil hoje precisaria ter 180 mil plays no Brasil para conseguir um salário mínimo. Você tem alguma opinião sobre o assunto? O que os artistas e as plataformas poderiam fazer para remunerar seus criadores?

SANDY – Oh, isso é loucura. Mais uma vez, acho que todos os modelos antigos da indústria musical estão mudando. Viemos de pessoas que compram música e depois mudamos para streaming e coisas assim. Há 10 anos, podíamos ganhar milhões com a música e hoje podemos ganhar apenas alguns milhares de dólares. Para onde está indo o dinheiro? Então isso é novo, é aí que parece que o NFT mudaria totalmente o jogo. Quando você consegue uma música fantástica, não é apenas sobre você, isso é trabalho em equipe. E não é normal ver pessoas talentosas que simplesmente não ganham dinheiro. Então, só para responder, acho que coisas como NFT e veremos mais coisas chegando, serão uma virada de jogo para essas pessoas, eu acho.

9 – Num podcast recente você disse que o segredo do sucesso para você “é ser simples e real”. Você acha que a franqueza é  um instrumento para o sucesso?

SANDY – Sim. Quer dizer, você pode mentir e ganhar dinheiro, mas se quiser ficar e isso depende de como ou onde você quer estar, deve estar consciente. E tem gente assim, que só pensa em si mesma e em ganhar dinheiro. Eles não se importam. Eles vão se enfrentar em algum momento.

10 -Já numa outra entrevista você declarou “que não se escolhe ser um produtor você percebe que você é um produtor”. Qual dica você daria para quem está nas primeiras aulinhas de Ableton aprendendo a produzir músicas?

SANDY – Sim, lembro-me do que disse sobre você não escolher ser produtor. Você percebe isso, isso é totalmente, exatamente certo. Para mim. Isso significa que mantenha a diversão, Fernando, é emocionante, mantenha a diversão. Mantenha a magia. E essa é a história da minha vida e música. Não era sério, nunca foi sério. Aprendi, trabalhei sério. É uma paixão e eu adoro isso. E você quer ser cada vez melhor, mas nunca tive um cenário, algo do tipo, agora estou aqui e depois estarei lá. Minha mente estava calma, eu estava apenas nisso. E é por isso que eu disse essa frase. E é como uma experiência passo a passo. Então as coisas ficaram ruins depois, porque antes era simples. Você sabe o que eu quero dizer? E eu não fazia as coisas da mesma maneira. E esse é um conselho muito bom porque é o que é. Não mude. Isso seria terrível. Você não notaria a beleza do que você tinha antes.

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