Carreiras

Priscila Capilla reinventa carreira após indústria e encontra vocação na terapia ocupacional

Priscila Capilla compartilha sua jornada desde a formação em engenharia química até sua descoberta pelo amor à terapia ocupacional.

Publicado em 20/06/2024
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Em uma conversa reveladora com a coluna, Priscila compartilha sua jornada desde a formação em engenharia química até sua descoberta pelo amor à terapia ocupacional. Formada aos 20 anos, Priscila iniciou sua carreira na Suzano Papel e Celulose, onde contribuiu para o setor de papel.

“Comecei como estagiária e trabalhei na área de produção de papel”, lembra Priscila, que ascendeu à posição de gerente de Pesquisa e Desenvolvimento antes de enfrentar um desafio pessoal significativo:  a necessidade de cuidar da saúde da filha levou Priscila a uma difícil decisão de deixar sua carreira promissora em 2010.

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Após dois anos dedicados exclusivamente à família, o desejo de voltar ao trabalho surgiu naturalmente para alguém que trabalha desde os 14 anos. “O trabalho faz parte de quem eu sou”, afirma Priscila, que começou sua trajetória profissional como recepcionista no Hospital Brasil.

Naquele momento, eu estava completamente perdida sobre o meu futuro profissional, sem ter a mínima ideia de qual caminho seguir.  Foi então que decidi buscar apoio psicológico, alguém que pudesse me orientar e auxiliar na escolha de uma nova carreira profissional.

Durante a psicoterapia, identificamos minha aptidão pela área da saúde  e me foi sugerido pesquisar  sobre o curso de terapia ocupacional, . Descobri que havia o curso na Faculdade de Medicina do ABC, conversei com as coordenadoras do curso e, mesmo com pouco tempo de envolvimento, fiquei fascinado A amplitude da profissão e a possibilidade de trabalhar intensamente com o ser humano me cativaram profundamente.

A história de Priscila é um testemunho da resiliência e da capacidade de reinvenção diante das adversidades da vida.

Na Terapia ocupacional, Priscila se encontrou como profissional da área da saúde , e já nos estágios teve a certeza  de que queria trabalhar com reabilitação física, uma das áreas da Terapia Ocupacional.  

Após graduar-se no curso de Terapia Ocupacional, Priscila  especializou-se  em reabilitação do membro superior, pela USP e, em reabilitação pós AVC.

Priscila explica sobre os benefícios da reabilitação pós AVC: “A jornada de recuperação após um acidente vascular cerebral (AVC) é marcada por uma série de etapas cruciais, onde a reabilitação desempenha um papel central. O foco está em restaurar o máximo de funcionalidade possível, permitindo que os pacientes retomem suas atividades diárias com maior independência. Eu, especialista  em reabilitação física, trabalho  para minimizar complicações e melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes de AVC, enfatizando a importância de cada conquista durante o processo terapêutico. Através de uma abordagem personalizada, que leva em conta a singularidade do ser humano , a terapia ocupacional surge como uma aliada vital neste processo, guiando os pacientes na busca por novas maneiras de viver e prosperar após o evento que mudou suas vidas”.

A hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, é um dos principais  fatores de riscos modificáveis  para o Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguida de perto pelo colesterol elevado, que pode levar ao acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos. O tabagismo, , também figura entre as causas modificáveis, junto do diabetes mellitus.  Sedentarismo, obesidade e alcoolismo compõem o grupo de risco para o AVC. O consumo excessivo de álcool contribui para a hipertensão e arritmias cardíacas, enquanto o diabetes, que afeta os vasos sanguíneos, aumenta consideravelmente o risco de AVC. Além disso, o excesso de peso está associado a outros fatores de risco como hipertensão e diabetes. Uma alimentação desequilibrada e o sedentarismo completam a lista de comportamentos de risco que podem levar ao AVC. 

Na busca pela recuperação após um AVC, a terapia ocupacional surge como uma ciência que oferece  uma gama de intervenções personalizadas que buscam restaurar a independência, autonomia e a habilidade dos pacientes. Entre as estratégias adotadas, destacam-se exercícios terapêuticos focados nas ocupações do paciente, no fortalecimento muscular e na coordenação motora, essenciais para o resgate da funcionalidade.Além disso, o treinamento de habilidades motoras finas é meticulosamente desenvolvido para capacitar os indivíduos a realizar tarefas delicadas, como escrever e se vestir. A segurança e independência no lar são garantidas através de uma avaliação criteriosa do ambiente doméstico, seguida por adaptações necessárias para um dia a dia sem riscos”, explica Priscila Capilla .

A tecnologia assistiva, como as órteses, por exemplo,  também desempenha um papel crucial, fornecendo ferramentas que facilitam atividades rotineiras, enquanto estratégias de manejo cognitivo e de memória são implementadas para superar quaisquer desafios mentais emergentes. Com um plano progressivo e metas adaptáveis, a terapia ocupacional não só reabilita mas também reacende a esperança de uma vida plena e ativa.

Priscila finaliza: “A reabilitação se concentra intensamente na recuperação do desempenho ocupacional do indivíduo. ,. Além disso, um foco especial é dado ao resgate das habilidades motoras e cognitivas, que permitam ao indivíduo o retorno à execução das atividades de vida diária, muitas vezes comprometidas pelo AVC.Prevenir complicações adicionais é outra frente de atuação, evitando problemas como deformidades e lesões por pressão. Por fim, o aspecto psicossocial não é negligenciado, com esforços direcionados para facilitar a reintegração emocional e social dos pacientes em suas comunidades.A reabilitação pós-AVC é um processo dinâmico e adaptativo, visando sempre a máxima recuperação possível e uma melhoria significativa na qualidade de vida dos indivíduos afetados”.

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