Neste domingo (15), Viih Tube, de 24 anos, compartilhou um relato sobre o período em que o filho, Ravi, de apenas 15 dias, precisou ser internado na UTI devido a um quadro de enterocolite, que afeta os intestinos. Após 20 dias de internação em um hospital de São Paulo, o menino está em casa, mas a experiência deixou marcas profundas na ex-BBB, que foi diagnosticada com estresse pós-traumático.
A influenciadora contou que o filho apresentou uma hemorragia em casa e eles correram para o hospital. Lá, os médicos chegaram ao diagnóstico de enterocolite, já que é algo raro para um bebê que nasceu com 9 meses de gestação. Ela contou que o menino também foi diagnosticado com uma alergia severa e precisou parar de ser amamentado com o leite materno.
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Viih começou o relato explicando que o estresse pós-traumático ainda afeta sua rotina. “Eu estou vivendo um estresse pós-traumático. Eu faço terapia, psicólogo e tudo. Ainda estou com muita ansiedade, o que é esperado. O Ravi está ótimo, em casa, mamando bem, mas eu ainda não estou bem. Eu não consigo dormir, não consigo comer, ainda está bem difícil para mim. Porque eu ainda tenho muito medo de acontecer alguma coisa, estou em alerta. É mais assustador do que o normal, mas vai passar. Estou com medo de viver isso de novo. E logo vai passar”.
A youtuber contou sobre a decisão de revelar o diagnóstico apenas na alta hospitalar do bebê. “O hospital publicou um comunicado de alta e falou que o diagnóstico foi enterocolite. E realmente ele teve um quadro de enterocolite. Muita gente falou: mas não era raro? Era raro para a idade dele. Enterocolite é raro para bebês atermos, que nasceram no tempo esperado. Para bebês prematuros não é raro, mas para a idade dele é raro. E é uma doença muito grave. A enterocolite necrosante muitos bebês passam e pode virar um caso cirúrgico”.
Apesar da gravidade, Ravi não chegou a desenvolver a forma necrosante da doença. “O caso do Ravi não foi necrosante porque não necrosou. Graças a Deus ele nunca chegou ao ponto de precisar de uma cirurgia. Não perfurou o intestino, mas ele teve muitas complicações dentro da enterocolite que são graves. A gente ficou por um fio. A gente rezava porque a todo momento poderia acontecer uma situação pior. Ele teve todos sinais nos exames de que era grave, poderia piorar. Foi muito assustador”.
Viih também descartou qualquer relação do quadro com o parto. “Não teve nada a ver com o parto. O Ravi nunca teve uma falta de oxigenação, a saturação nunca baixou. As pessoas confundem o desconforto respiratório que ele nasceu com o coração desacelerar e faltar o oxigênio, mas ele não teve. Ele teve um caso de enterocolite. De início, o caso mais grave é a infecciosa, causada por uma bactéria, um vírus, um parasita, então precisa descartar. Os exames dele nunca demonstraram que foi uma infecção. O hemograma nunca teve alteração. Apenas o raio-x. O Raio-x dele sempre foi caótico no abdômen. Sempre teve um monte de coisa grave. Conforme ele foi respondendo a tudo, os exames foram mudando, o antibiótico, o raio-x vai melhorando”.
“No final das contas, chegamos a conclusão de que pode ter tido um quadro infeccioso, mas o PCR nunca subiu. Eu, como mãe, não acredito que tenha sido infeccioso, os médicos nunca falaram isso, tá? Mas mostrou que ele teve um quadro alérgico. Existe uma condição da enterocolite ser induzida por uma alergia a proteína do leite de vaca. Chegou à conclusão de que ele tem alguma alergia severa. Provavelmente a enterocolite foi induzida por uma alergia severa que atacou o intestino dele. Uma alergia ao meu leite, era uma alergia muito forte. Não dá para saber ainda a qual proteína do leite, ou ao ovo, castanha, coisas que dão muita alergia e que eu comi demais. Alguma coisa desencadeou a alergia, uma APLV. Tem quadros muito perigosos, que foi o caso do Ravi. Pode ter sido alguma coisa cruzada da alergia com o infeccioso por ter chegado ao ponto de ser tão grave”, disse.
Viih relatou que o único sintoma apresentado por Ravi foi uma hemorragia severa. “O Ravi sempre esteve bem clinicamente. Mesmo sendo o intestino, a barriga nunca distendeu, ficou grande e dura, como acontece com os bebês prematuros. O Ravi não teve nada clinicamente. O único sintoma que ele teve foi uma hemorragia. Muito sangue nas fezes, não é pouco não. Era uma fralda com tanto sangue que a quantidade de sangue era alta dentro da fralda. Um sangue muito fedido, como se fosse uma borra de café, escuro, com sangue. O que significa mirena, que é o sangue digerido, por isso que é tão fedido. É um cheiro podre. Ele fez duas fraldas com muita hemorragia, era sangue”.
“Fomos para o hospital e ele fez outra fralda de sangue e a gente começou a buscar o que era. Teve várias suspeitas, como suspeita de doença hemorrágica, ou quando uma alça do intestino entra uma na outra e sangra muito, suspeita de várias coisas. Mas quando viu o raio-x falaram que era enterocolite e que é uma doença que mata, muito grave e muito rara. Ele ficou bem ao tratamento, ao jejum, ele estava sendo nutrido parentalmente, por fora, não poderia usar o intestino. Ficou assim uns 12 dias para a inflamação sair e voltar a se alimentar. Ele está voltando a se adaptar ao que era amamentar”, explicou.
A decisão de interromper a amamentação foi um momento difícil para Viih. “Obviamente, eu não estou mais amamentando. Eu achei que não fosse chorar com essa informação. Quando eu estava no hospital, isso não era importante para mim, eu nem ligava. Não ligo de não amamentar, eu só queria ele em casa. Agora que estou em casa, eu sinto muita falta dele no peito, do calorzinho dele, de ver ele mamando, e eu estava indo muito bem. Na Lua, ela teve um freio na língua, não foi uma amamentação tão fácil. Dessa vez estava indo muito bem”, disse ela, entre lágrimas.
“O momento com ele no peito era de conexão muito forte. Com ele aconteceu um caso tão grave, que eu não ia ficar em paz com ele amamentando. Eu ia ficar maluca. Cheguei a conclusão de que o melhor para ele era que eu não amamentasse mais, porque eu ia ficar uma mãe que não ia estar bem, com medo de estar fazendo mal a ele. Não vou mais amamentar. É algo tão pequeno perto de tudo. Está tudo bem, ele está ótimo. Ele está um pouco anêmico. Mas ele tomou ferro no hospital e está sendo tratado em casa. Daqui a pouco passa”, falou.
Viih encerrou o depoimento falando sobre a importância da fé durante o tratamento do filho. “Eu nunca mais vou esquecer o que eu passei. Nunca mais vou esquecer a dor que foi. Eu nunca mais vou esquecer o medo que eu tive. Mas Deus não quer que a gente tenha medo. Ele quer a gente confie e acalme o coração nele. Eu demorei muito. Fiquei 20 dias no hospital. Para uma pessoa controladora como eu sou, foi muito demorado para conseguir me livrar do medo de perder meu filho. Mas quando me livrei, tudo andou muito rápido”.
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