Maju Coutinho chegou na Rede Globo em 2007, e, com o tempo, conquistou seu espaço e serviu como uma figura de representatividade para muitas crianças e jovens negras, acrescentando muito na diversidade do canal. Foi em 2013 que a jornalista chamou atenção ao apresentar o quadro de meteorologia no Jornal Hoje, e, em seguida, no Jornal Nacional. Neste último, Maju se consagrou como a primeira mulher negra ao integrar a equipe fixa do noticiário.
A partir de então, começou uma parceria significativa com William Bonner, e Maju ainda esteve a frente do Jornal Hoje, dessa vez como apresentadora, além de outros programas, como Saia Justa, do GNT, Rádio CBN, podcasts e o Fantástico. No entanto, apesar de ter o seu espaço, esse é apenas o início de uma jornada em busca de mais diversidade dentro da emissora.
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Portanto, durante sua entrevista ao Meio e Mensagem, Maju Coutinho abre o jogo e fala sobre as mudanças que viu desde o começo da sua carreira até hoje. “As coisas mudaram muito. Se olharmos para a tela da TV hoje, vemos mais diversidade. É nítida essa diferença, o que é importante, mas tenho pleiteado que isso avance também para cargos de decisão, na tela e atrás dela”, reflete.
Apesar de não citar diretamente o nome da Globo, como a jornalista se refere a TV, fica implicita a alfinetada na emissora. Isso porque, mesmo com todos os avanços, ainda é necessário rever muitas questões. A diversidade virou uma pauta importante nos dias atuais, mas as empresas ainda continuam cometendo esses erros gravíssimos.
Para concluir, Maju ainda recorda o episódio de racismo que viveu e que repercutiu, gerando um grande movimento nas redes sociais, com a hashtag #SomosTodosMaju. “O que espero com o episódio é que o racismo deve ser denunciado e abraçado por todo mundo. É uma luta por todos, e não apenas pela comunidade negra. E, sempre que acontecer com alguém de projeção, que isso se reverbere para quem não tenha, para entender os caminhos a serem seguidos. Racismo mata”, finaliza.