Não são poucos os atores que conseguem aparecer na TV Globo, mas não deslancham na carreira e veem a necessidade de procurar outro emprego. Esse foi o caso de um dos aotres da novela ‘Velho Chico’, o paraense Anderson Vianna. Começando a trabalhar cedo, com apenas 16 anos, ele fazia teatro amador para ajudar na renda da família. Com formação pela Universidade Federal do Pará em arte dramática, o rapaz trabalhou em peças teatrais, até conseguir estrear em uma novela.
Em 2010, ao se mudar para o Rio de Janeiro, Anderson trabalhou como garçom, vendedor e também treinando funcionários em grandes empresas. Em 2016, a vida mudou para melhor assim que viu no Facebook que havia uma busca por profissionais para integrar o núcleo de nordestinos da novela ‘Velho Chico’, da Globo. Entre as 20 vagas para 400 candidatos, Anderson Vianna conseguiu conquistar seu lugar.
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Na trama, ele deu vida a três papeis diferentes, sendo o carteiro, feirante e jornalista. Durante uma entrevista à Folha de S. Paulo, em 2017, ele comemorou a realização do sonho. “Me senti orgulhoso, pois é quebrar uma barreira que para muitos parece impossível. Você está ali lado a lado com quem você cresceu assistindo na TV e é um dos maiores atores do país. Foi uma conquista muito enorme”, declarou, se referindo ao veterano Antônio Fagundes.
Entretanto, após o fim do folhetim, Anderson não foi chamado para novos trabalhos, como esperava. Foi quando ele decidiu se mudar para São Paulo e se especializar em métodos de interpretação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP). Lá, para sobreviver, ele surpreendeu ao divulgar seus serviços como faxineiro.
Na legenda da publicação onde divulga seu trabalho, Anderson foi criativo e apareceu ao lado de uma personagem conhecida dos contos de fada. “O Cinderelo vai passar na sua casa e deixá-la como um verdadeiro castelo”, escreveu ele na legenda. “A gente tem que ter consciência de que estamos sempre aprendendo e temos que saber lidar com o ego. Todos os dias, busco lembrar quem eu sou, o quanto lutei e o que quero conquistar. Isso me ajuda a ter os pés no chão”, concluiu.