*Por William Sanches
Nos últimos dias, pessoas do mundo inteiro vem acompanhando a tentativa de resgate de cinco turistas que embarcaram em uma aventura diferenciada, em busca de uma nova experiência transformadora em suas coleções. A aventura tem um preço salgado, US$ 250 mil para ver o que restava do lendário Titanic.
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A ideia não é refletir sobre o valor investido, até porque cada um é livre para gastar o seu dinheiro com o que desejar. O ponto que quero chamar a atenção diante da polêmica é em relação a necessidade de correr tanto risco, para se sentir vivo. Qual o real motivo por trás desse movimento?
A vida é uma jornada complexa e repleta de possibilidades. No entanto, é curioso notar como muitas pessoas preferem se arriscar, comprometendo a si mesmas, para ter uma sensação intensa de viver. Isso pode ser interpretado como uma forma de experimentação ou, até mesmo, um grito de socorro por se sentirem tão vazias. Ainda assim, as razões que levam a isso são complexas e multifacetadas.
Participar de experiências emocionantes e estimulantes é inerente à natureza humana. Desde os primórdios, os seres humanos têm se aventurado em novos territórios, desbravando o desconhecido. O desejo de dominar o novo, o diferente e o desafiador impulsiona o crescimento pessoal e a expansão de horizontes, a adrenalina liberada diante do perigo ou do desafio proporciona uma sensação de euforia e vivacidade, o que pode se tornar viciante, levando as pessoas ao constante encontro de novas emoções.
Embora explorar o limite possa ter um motivo genuíno, para muitos indivíduos pode ser um forte sintoma de um vazio existencial e um grito de socorro emocional, que muitas vezes está conectado à insatisfação e ao tédio. O cotidiano tedioso leva alguns a se arriscarem como uma tentativa de escapar dessa realidade e encontrar um significado mais profundo para a vida.
O risco também pode ser uma maneira de validação e aceitação social. Em uma sociedade que valoriza a coragem e a audácia, alguns se sentem compelidos a se arriscarem para serem vistos como pessoas emocionalmente vivas e corajosas pelos outros.
A busca por aprovação e “likes” nas redes sociais também tem um peso significativo na vida dessas pessoas e, por isso, os impactos de ações desastrosas são cada vez mais preocupantes. Plataformas como o Instagram têm um peso muito grande no padrão de beleza e de felicidade para quem acompanha alguns influenciadores que, em muitos casos, fazem de tudo para alcançar status e engajamento.
Para aqueles que buscam emoções frenéticas para se sentirem vivos, eu os convido a buscar um outro tipo de experiência, que pode resultar em uma plenitude transformadora. Que tal praticar a gratidão? Ao acordar, comece a reconhecer as coisas boas do seu dia. Primeiro, você acordou. Já é um grande motivo para sentir-se grato. Depois, agradeça pela cama, pelo cobertor que o aqueceu, pelas paredes que o protegem, afinal você só pode dormir tranquilo porque a sua casa estava em ordem e segura para o seu descanso. Quem faz esse tipo de oração não entra na frequência do desprezo, de sentir-se vazio. Se você já reconhecer o que possui, o universo vai te mandar coisas novas. Tudo o que você agradecer por ter, será multiplicado. Quer uma experiência mais emocionante e enriquecedora do que essa, que contribui para a realização pessoal e ainda ajuda a atrair boas energias?
A Lei da Atração age o tempo todo em nossas vidas. Muitas pessoas acham que para viver tal coisa é preciso tê-la e acabam deixando tudo para o futuro, pensando em um possível emprego melhor, um provável salário maior enquanto tudo vai se postergando. Mas a Lei da Atração funciona justamente de forma oposta a isso. É necessário pensar no presente para que esse novo objetivo chegue e se concretize na sua vida. Deus é criador, mas nós somos os co-criadores da nossa realidade.
Atrair a sorte também é possível. Muitas vezes, queremos alguma coisa e, ao olharmos para nosso bolso, achamos que não temos o dinheiro e que aquilo não é para nós. Mas deve-se pensar justamente o contrário. Que é possível, até mesmo, ganhar esse item em um sorteio, por exemplo. É preciso emanar esses sinais para o universo e se conectar com essa linguagem.
É fundamental sentir e vibrar todos os detalhes, até a sua mente passar a ver aquilo de forma efetiva. Mas não fique só nisso. Trabalhe e se movimente para que isso aconteça. Não adianta reclamar da própria vida se você não examina os seus próprios pensamentos.
Ainda assim, isso não quer dizer que devemos mentir para nós mesmos. Esse exercício deve ser praticado para se conectar, se aproximar e entender os seus sonhos. Eu, por exemplo, ia para a avenida que eu queria morar e fazia de conta que já estava morando lá. Saía do consultório e ia de carro até o apartamento que eu queria morar. Hoje, eu moro nesse mesmo prédio, porque criei aquela realidade e a oportunidade veio exatamente quando eu estava pronto para receber.
*William Sanches é Terapeuta Transpessoal é Pós-graduado em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS. Também cursou Letras, Pedagogia e é pós-graduado em Literaturas, Educação, Psicologia Positiva, Hipnose Clínica e Programação Neurolinguística. Estudou as Questões Sociais do Novo Milênio na Universidade de Coimbra, em Portugal. Apaixonado pelos temas que envolvem a alma, aprofundou-se nos estudos sobre espiritualidade independente e participou de Retiros pelo Brasil, Índia e Israel.
Com uma linguagem dinâmica e atual, consegue permitir uma reflexão capaz de construir novos caminhos. Educador por excelência, dedica-se às palestras, cursos e workshops que profere em todo o mundo, atingindo um público estimado em dois milhões de pessoas. Possui mais de 25 livros publicados no Brasil, Europa e em toda América Latina. Atualmente é uma das maiores referências sobre o tema Lei da Atração.
Seu canal no YouTube https://www.youtube.com/@williamsanchesoficial ultrapassa 1 milhão de inscritos e mais de 40 milhões de visualizações. Para mais informações, acesse: https://www.williamsanches.com ou pelas redes sociais @williamsanchesoficial.