Imagine despertar em um dia comum sem qualquer lembrança sobre sua própria vida. Você não tem conhecimento do seu próprio nome e nem tem certeza se é humano. Tudo o que possui são uma carta com uma frase enigmática, uma coroa guardada em sua bolsa e o fato de ser invisível aos olhos das outras pessoas. Essa é a situação da personagem autodenominada Aurora, no livro “Blue Light” escrito por Camila do Carmo Falcão. Ela precisa desvendar os mistérios de sua própria existência a partir desses fragmentos aparentemente desconexos.
A história se passa na década de 2050, na cidade de Skylight, uma metrópole moderna governada por uma família real que se mantém afastada do público. Nessa cidade populosa, Aurora decide colocar a coroa em sua cabeça e, de repente, se ilumina por completo, causando comoção entre os moradores que acreditam estar diante de um anjo.
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Assustada e com suas roupas em estado precário, Aurora procura refúgio e encomenda novas peças de vestuário. É nesse momento que ela cruza o caminho de Dominique, um jovem e humilde costureiro responsável por confeccionar roupas para a população mais pobre. Juntos, eles embarcam em uma jornada para desvendar os mistérios que cercam a existência de Aurora, mas Dominique também guarda segredos sobrenaturais de grande importância.
Comprometida com sua ética e descobrindo seus poderes mágicos para controlar a luz, Aurora se vê enfrentando uma gangue que planeja atacar os membros da realeza, a corrupção institucionalizada na polícia e uma figura semelhante a ela, porém representando as trevas. No entanto, a trama não se encerra apenas nesse livro, pois a autora planejou uma saga composta por sete obras intitulada “Luzes Brilhantes”.
Com uma escrita fluente, capítulos curtos, ilustrações complementares à narrativa e detalhes que antecipam futuras reviravoltas, Camila do Carmo Falcão mantém os leitores atentos até a última página de “Blue Light”. A obra é uma fantasia cristã que utiliza preceitos religiosos para explorar temas como moralidade, bondade e justiça. No entanto, seu apelo se estende a todas as faixas etárias, apresentando esses elementos de forma implícita, como no caso da presença dos anjos.
Nascida em Belém, no Pará, Camila do Carmo Falcão é roteirista, escritora de livros de fantasia cristã e estudante de Design de Animação. Ela estreia no mundo literário com o livro “Blue Light”, o primeiro volume da série “Luzes Brilhantes”, cujas continuações estão sendo escritas e têm previsão de lançamento nos próximos anos. Atualmente, aos 21 anos, a autora reside na cidade de São Paulo.
Qual foi a inspiração por trás da criação da personagem Aurora e da história de “Blue Light”?
Para criar a Aurora me inspirei em várias referências, entre elas os anjos e criaturas sobrenaturais. Também me inspirei em super-heróis para criação dos poderes da personagem. Já a inspiração por trás da história foram livros e filmes de fantasia, aventura e mistério.
O livro aborda temas como moralidade, bondade e justiça. Como você incorporou esses conceitos de forma implícita na trama?
Eu os incorporei de uma forma em que a fantasia e o real se encontram. Pois mesmo sendo uma ficção bem imaginativa, ela ensina conceitos reais e necessários para o leitor. Além disso os incorporei de forma a mostrar que mesmo seres fantásticos e mundos ficcionais não se diferenciam tanto do nosso mundo real. Toda história tem altos e baixos, mas a luz sempre irá brilhar nos conceitos de bondade, servindo de consolo em meio as trevas das dificuldades reais.
“Blue Light” é o primeiro livro de uma saga de sete obras chamada “Luzes Brilhantes”. O que os leitores podem esperar das próximas continuações da série?
“Blue Light” não para por aí! Ele é o primeiro livro de uma saga chamada luzes brilhantes, em que os leitores vão acompanhar a trajetória e o desenvolvimento de grandes personagens, como a jovem Aurora e Dominique – além da garota das trevas, é claro. Os leitores podem esperar grandes reviravoltas, muitos mistérios e um outro mundo completamente novo. Muita ação e aventura, mas principalmente grandes lições a aprendizados para toda a vida. O processo de escrita dos outros livros está em andamento e bem adiantado; logo a próxima parte das aventuras da pequena e grande luz azul chamada Aurora estará disponível.
Você mencionou que a protagonista, Aurora, descobre seus poderes mágicos para controlar a luz. Como você desenvolveu esse aspecto mágico dentro do contexto da fantasia cristã?
Assim como vemos em filmes, desenhos e histórias, existe um poder capaz de realizar milagres e coisas impossíveis, é assim também no livro – principalmente como uma analogia a fé de realizar coisas grandiosas. Como diz a frase irônica de Aurora: “que o incrível se torne crível, quando o impossível for visto”.
Além da trama envolvente, o livro possui ilustrações complementares à história. Como essas ilustrações contribuem para a experiência de leitura?
As ilustrações servem como um recurso de visualização e aprofundamento no mundo da história, para que os leitores possam ter a ideia de como são os personagens e o mundo onde eles vivem.
Além disso, “Blue Light” possui vários recursos literários: um deles é a utilização de easter eggs escondidos por todo o livro, que serão de extrema importância para os próximos. Como escondem os mistérios da obra, isso aumenta a curiosidade do leitor para que ele siga acompanhando toda a saga. A narrativa também possui grandes enigmas, que ajudam a levar o leitor a se tornar um investigador da história. Ele terá que estar atento para descobrir os segredos do enredo do livro.
Como é o processo de escrita para você? Você já tem planos definidos para os próximos livros da série “Luzes Brilhantes”?
Meu processo de escrita é baseado em pesquisas de referência, picos de criatividade e sonhos na hora de dormir. Sim, muita coisa que escrevo surge quando estou dormindo, e ao acordar, escrevo tudo o que consigo me lembrar para o desenvolvimento da história. Quanto a “Luzes Brilhantes”, já tenho planos definidos no processo de escrita, com as outras obras em fase de desenvolvimento.
Como a sua formação em Design de Animação influencia sua escrita e o desenvolvimento visual dos personagens e cenários?
Em design de animação, estudamos técnicas e recursos literários para desenvolvimento de histórias, além de criação de personagens e cenários, tanto narrativamente como esteticamente. Isso tudo ajuda a criar um mundo narrativo mais condicente e verosímil, principalmente para a visualização da história pelo leitor.
Como você descreveria “Blue Light” para os leitores que ainda não conhecem o livro? Quais são os principais elementos que tornam essa história especial?
O que a diferencia é que ela tem uma luz especial. E é exatamente essa palavra que descreve “Blue Light”: especial. Pois o livro foi criado com o intuito de mostrar que mesmo em meio a tanto caos no mundo, ainda podemos ter esperança e acreditar que sempre haverá uma luz para brilhar em nosso caminho, que nos ajudará a enxergar a bondade ao nosso redor. Essa é a mensagem que gostaria de deixar para os leitores.
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