Fernanda Liz nasceu em São Caetano do Sul. Seu sonho de infância era participar de uma telenovela infantil. Quando tinha oito anos, começaram a falar de uma nova novela chamada Chiquititas, e Fernanda quis muito fazer parte do elenco. Ela pediu ajuda para a mãe, que conseguiu uma agente para intermediar algumas oportunidades para a garota. Embora não conhecesse muito sobre Chiquititas, a agente indicou Fernanda para desfilar em um concurso para crianças, que ela venceu. A partir daí, Fernanda começou sua carreira artística.
Quando tinha 13 anos, enquanto andava em um shopping, Fernanda foi abordada pelo dono de uma agência de modelos e convidada para participar do casting de modelos da Mega Model Brasil. Dois anos depois, ela fez sua primeira viagem para Nova York, onde começou sua carreira internacional na moda. Desde então, Fernanda estrelou diversas campanhas e esteve nas passarelas mais renomadas do mundo, incluindo as marcas Givenchy, Ralph Lauren, Alexander Wang, Dior e Hermès.
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Fernanda é uma pessoa bastante viajada e já morou em diversos lugares do mundo, incluindo Nova York, Chile, Barcelona e Alemanha. Ela está sempre em busca de novas oportunidades de trabalho e histórias para contar. Além de se dedicar ao mundo da moda, Fernanda também se engaja em causas sociais, como a #TOGETHERBAND, organizada pela Assembleia da ONU.
Na sua vida pessoal, Fernanda preza pelo equilíbrio e pratica meditação e uma alimentação saudável. Ela também cuida diariamente do corpo, valorizando suas curvas naturais. Atualmente, Fernanda namora o modelo renomado Sean Opry, e os dois dividem uma casa em Nova York. Confira a entrevista!
Assim como várias profissões que envolvem a arte, a atuação também é algo bastante difícil de obter destaque, porém, quando você era criança em São Caetano do Sul, essa ambição era bastante forte. Poderia começar contando um pouco de como esse desejo se apoderou?
Esse desejo se apoderou aos oito anos de idade quando eu era apaixonada na novela Chiquititas e coloquei na minha cabeça que gostaria de ser uma delas, como uma boa capricorniana teimosa fiz de tudo para convencer minha mãe a tentar achar alguém de lá.
Ela conseguiu o contato de uma manager na minha cidade, mas ela disse que não tinha nenhum contato com as Chiquititas, mas que haveria um concurso para crianças e, se eu quisesse participar ela me inscreveria. Eu fui, fiz o concurso, fiquei em primeiro lugar, ganhei books de algumas agências infantis e comecei a fazer comerciais de crianças.
Aos 13 anos, eu estava andando no shopping com a minha mãe e o dono da Mega Model me chamou para fazer parte da agência. Aos 15 anos, fiz a minha primeira viagem para Nova Iorque e, desde então, não parei mais. É muito engraçado porque nunca achamos o pessoal das Chiquititas, mas foi por causa deles que hoje estou celebrando 20 anos de carreira morando há 10 em Nova York.
Apesar de não ter conseguido a vaga que sonhava em “Chiquitas”, o destino foi a seu favor e acabou fechando algumas oportunidades em desfiles de concurso, até que nunca mais parou. Recorda-se de como foi a primeira vez que pisou em uma passarela?
Impossível esquecer! Foi em Paris no desfile da Givenchy durante o Fashion week, fui escolhida pelo Ricardo Tisci por digitais para fazer o desfile exclusivo dele, no dia seguinte eles estavam me voando para Paris. Foi um sonho realizado, principalmente porque quando isso me aconteceu já trabalhava há 10 anos como modelo.
Uma situação que acabou acontecendo com você, porém, muitas pessoas tem medo nos dias atuais, é conseguiu se encontrar com um olheiro de talentos – o que aconteceu aos seus 13 anos, quando foi abordada pelo dono da Mega Model Brasil em um shopping. Nesse caso, como foi esse encontro e quais dicas você daria para lidar com tal situação? O apoio dos pais é importante nesse caminho artístico?
O apoio dos pais é sem dúvidas importantíssimo, eu sempre tive os meus ao meu lado e isso foi essencial para o meu sucesso. Sou muito grata a eles, sem meus pais hoje eu não teria conquistado tudo que conquistei. A minha dica para lidar com tal situação é procurar saber a procedência do contato, ver se a pessoa e agência são sérias antes de fechar qualquer parceria ou contrato.
Durante sua trajetória de sucesso no mercado da moda, você teve a oportunidade de morar e conhecer vários lugares, tais como Nova Iorque, Chile, Barcelona, Alemanha, além de estar sempre em Londres, Paris, Milão e Bali. Como foi a experiência de viver esse misto de culturas e qual foi a melhor experiência que viveu nesses lugares?
Eu sou muito sortuda em poder estar imersa nesse mix de culturas, principalmente morando em NY, alias é a parte do meu trabalho que eu mais amo! Sempre conhecendo novas pessoas de diferentes lugares do mundo, ter a oportunidade de viajar para lugares paradisíacos, ficar em hotéis luxuosos além de aprender a cultura de cada lugar, para mim não tem experiência mais maravilhosa.
Além do mundo da moda, a sua presença é constante em movimentos de filantropia e ações sociais, tais como a #TOGETHERBRAND, promovido pela Assembleia da ONU, que transita entre a moda, a cultura e a arte e tem o objetivo de engajar pessoas a terem consciência de mudanças para salvar o mundo de vários problemas. Essas ações estão presentes na vida de vários artistas que usam sua imagem para ajudar pessoas – em sua opinião, ter a influência que você tem e não utiliza-la em campanhas como essa, seria uma negligência?
Acho muito importante, no momento em que vivemos e numa era de grande peso de social media, que nós, pessoas que tem um reach, uma quantidade relevante de seguidores, possamos speak out loud sobre estes problemas e para tentarmos salvar o nosso mundo. Abracei este projeto também porque, dentre todos os que conhecem, é o único que aborda todos os global issues. Além disso, se a gente não se juntar a gente não chega a lugar nenhum. Agora é a hora de a gente se juntar pelo nosso mundo, ele precisa da gente o mesmo tanto que precisamos dele.
Na sua vida pessoal, você se dedica muito em equilibrar sua alimentação, buscar equilíbrio pela meditação, entre outros cuidados. Essas atitudes além de inspiradoras são práticas saudáveis e que todo o mundo deveria aplicar em suas vidas. Como modelo, as exigências desses cuidados também refletem pesadamente em seu trabalho? Como funciona a cobrança da saúde nas passarelas?
Sempre foi difícil ter uma rotina, porque na moda tudo é de última hora, fica difícil de programar, tem vezes que tenho que ir fotografar em 3 países em 10 dias, então sempre foi um desafio ter uma rotina com práticas saudáveis, com o tempo fui aprendendo formas de me manter focada, a meditação foi uma delas, ajudou muito a minha ansiedade e me fez aprender estar presente (no agora). Ao longo dos anos aprendi que o mais importante é ter equilíbrio, se cuidar, mas não deixar de ser feliz.
Dividindo o mesmo espaço, você também namora hoje o modelo Sean Opry, que atualmente é um dos destaques do circuito internacional de moda. Como é dividir não só a vida, como a profissão em comum?
É maravilhoso! Além de dividir a vida pessoal ter a oportunidade ter o mesmo trabalho. Os dois tendo a disponibilidade de estar em qualquer lugar ajuda muito. Adoramos trocar ideias e planejar os próximos passos juntos.
Fernanda, de tudo isso que esses anos trabalhando na moda promoveram na sua vida, acredita que a Fernanda lá dos 13 anos de idade que caminhava no shopping, acreditaria que um dia chegasse tão longe assim, como você já foi? O que diria a ela hoje?
A Fernanda lá dos 13 anos de idade já era muito sonhadora, mas não imaginaria nunca que um dia moraria em NY. Eu diria para ela ficar tranquila que tudo acontece na hora e no momento certo. Que situações difíceis fazem parte da vida e nos fazem mais fortes. Para ela viver intensamente cada momento se cuidando e respeitando, e nunca se esquecer de agradecer e sonhar.
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