Preconceito

Lari Sumpani, influencer bissexual, enfrenta bifobia e luta contra o preconceito nas redes sociais

No mês do Orgulho LGBTQIAPN+, Lari utiliza sua plataforma para promover a igualdade e normalizar a bissexualidade, combatendo estereótipos e buscando um futuro livre de preconceito

Publicado em 06/07/2023
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Lari Sumpani, a popular influencer das redes sociais, tem usado sua plataforma para falar abertamente sobre sua orientação sexual e combater o preconceito que enfrenta como uma mulher bissexual. Após revelar sua bissexualidade, Lari tem sido alvo de críticas e enfrentado bifobia, sendo alvo de sentimentos negativos e discriminação por parte de outras pessoas.

No mês do Orgulho LGBTQIAPN+, Lari considera fundamental abordar essa questão na internet e levantar a bandeira da diversidade. Com quase 230 mil seguidores no Instagram, ela utiliza seus conteúdos para conscientizar e normalizar a bissexualidade, buscando promover a igualdade e o respeito.

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A influencer ressalta a importância de quebrar estereótipos e preconceitos, destacando que a visão de dois mulheres juntas como um fetiche masculino é equivocada. Lari defende que a expressão do afeto e amor entre pessoas do mesmo sexo deve ser tratada com naturalidade, assim como acontece com casais heterossexuais.

Enfrentando comentários preconceituosos em seus conteúdos, Lari aguarda ansiosamente pelo dia em que não será mais necessário lidar com essa forma de discriminação, onde todos possam viver e amar livremente, sem negação ou exclusão por parte da sociedade.

A coragem e determinação de Lari Sumpani em compartilhar sua história e lutar pelos direitos LGBTQIAPN+ são um exemplo inspirador, reforçando a importância da visibilidade e do respeito à diversidade em todas as esferas da sociedade.

Como tem sido a sua experiência ao falar abertamente sobre sua orientação sexual e lidar com as críticas na internet?

É um mix de sentimentos. Existe a parcela de pessoas que criticam muito e ainda enxergam tanto a orientação sexual quanto a liberdade de falar sobre ela um tabu. Porém, tenho observado um grande aumento no número de seguidores que se identificam com a causa e apoiam. Também existem aqueles que se sentem confortáveis para assumirem sua orientação sexual devido a liberdade que propago nas minhas redes. Isso me deixa extremamente feliz e com o sentimento de que estou fazendo a diferença na vida deles.

Como você acredita que a sua visibilidade como influencer pode ajudar na luta contra a bifobia e na promoção da inclusão LGBTQIAPN+?

Ser influencer é uma responsabilidade muito grande. Quando você expõe sua posição em relação a assuntos delicados e/ou polêmicos, influencia os milhares de seguidores que te vêm como exemplo. Acredito que meu posicionamento (desde o início) defendendo não só a bissexualidade mas sim todas as formas de amor, ajuda no combate ao preconceito e no entendimento das pessoas que não existe nada de errado nas diferentes expressões de afeto. Além disso, o fato de eu ser bi me ajuda a falar diretamente com o público, uma vez que conto sempre da minha experiência pessoal. Acredito que isso corrobora meu discurso e me aproxima mais de todos.

Quais são os principais desafios que você enfrenta como uma pessoa bissexual na sociedade atual?

Ainda na atualidade, as pessoas têm dificuldades em entender que a bissexualidade não é uma fase confusa da vida da pessoa. Posso me apaixonar por uma mulher hoje e no meu próximo relacionamento, por um homem. Nossas escolhas tem a ver com o que a pessoa nos proporciona, independente do sexo, e isso ainda é um tabu na sociedade, infelizmente.

Como você lida com os estereótipos e fetichização que algumas pessoas têm em relação a casais do mesmo sexo?

É um assunto delicado, pois muito se sexualiza essa relação, justamente por serem do mesmo sexo. Já sofri diversos preconceitos em baladas e barzinhos por estar acompanhada com uma mulher e um homem chegar “invadindo” nossa privacidade, se achando no direito de participar. Infelizmente, até os dias atuais, tenho que recorrer à justiça para que a pessoa seja punida. Espero que um dia alcancemos um nível de consciência geral de que casais do mesmo sexo são casais normais também, que merecem respeito.

Lari Sumpani (Foto: Divulgação)

No mês do Orgulho LGBTQIAPN+, qual mensagem você gostaria de transmitir para outras pessoas que estão passando por situações similares?

Desejo do fundo do meu coração forças e coragem para ser quem você é! E acima de tudo: tenha orgulho disso! Todos nós nascemos para sermos livres, felizes e amados.

Você acredita que a representatividade nas redes sociais tem contribuído para a conscientização e aceitação da diversidade sexual?

Com certeza! Todo movimento precisa de força para que seja conhecido e alcance pessoas que precisam dessa mensagem! A internet é uma ferramenta de infinitas possibilidades e com um alcance incomparável ao outros meios de comunicação. Dessa forma, quando me posiciono, não só contribuído, mas também agrego forças ao movimento.

Quais são as ações que você acredita que poderiam ser tomadas para combater o preconceito e a bifobia na sociedade?

Campanhas de conscientização nos principais canais de comunicação, leis que protejam seus direitos e defendam sua orientação sexual perante a sociedade.

Como você vê o papel das redes sociais e da internet como ferramentas para promover a igualdade e os direitos LGBTQIAPN+?

As redes sociais têm milhões de internautas que passam várias horas do seu dia circulando pelas diferentes plataformas. Sendo assim, deve-se usar esse poder de comunicação para promover igualdade e respeito a população LGBTQIAPN+ em grande escala.

Quais são os seus planos futuros em relação à sua plataforma online e à defesa da diversidade sexual?

Devido a minha orientação sexual, meus conteúdos são muito variados, e é exatamente isso que meus assinantes amam! Tem vídeo com homens, mulheres, transsexuais … Isso reforça o que sempre defendi da liberdade de ser quem você é e respeitar seus desejos. Nos conteúdos pretendo continuar com essa abordagem de liberdade, sempre criando novas experiências pra mim e pros meus assinantes.

De que forma você espera ver a sociedade evoluindo em relação à aceitação e ao respeito pela diversidade sexual nos próximos anos?

Espero que conversas sobre sexo, orientação sexual e similares deixem de ser um tabu. Que as mídias sociais em geral comecem a abordar tais assuntos com leveza e tranquilidade, para que as pessoas entendam que não há nada de errado amar pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto, ou os dois sexos.

Acompanhe Larissa Sumpani no Instagram

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