![Naiá Camargo fala sobre nova roupagem e renovações do remix de “Lua Nova”](https://observatoriodosfamosos.com.br/portal/wp-content/uploads/2023/04/Naia-Camargo-Flora-Pimentel-1-1024x577.jpg.webp)
A paulistana Naiá Camargo é uma artista inquieta que se aventura por diversos gêneros musicais. A cantora e compositora vai da MPB ao pop sem se distanciar do suingue bem brasileiro e dos ritmos eletrônicos. Buscando novas forças e renovações, ela reinventa seu single “Lua Nova” em um remix assinado por Deep Leaks, que traz para as pistas as energias de recomeços dos ciclos lunares.
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Desde cedo, a arte, a música e a dança estão na vida de Naiá, sob influência de sua mãe Maria Mommensohn, bailarina, coreógrafa e pesquisadora de dança brasileira e de seu pai, capoeirista. Ela iniciou na música com o projeto “Caetane-se” e lançou três singles entre 2020 e 2022, com destaque exatamente para “Lua Nova”, single que alcançou inúmeras rádios do país. Além disso, o clipe foi premiado em festivais de cinema no Brasil, América Latina e Europa. Agora ela prepara o lançamento de seu primeiro EP.
Seus parceiros no remix são a dupla formada por Juliano Parreira e Gustavo Koshikumo. O Deep Leaks é um duo de produtores, conhecido por seu trabalho com Ekena, Mel (Banda Uó), Renata Éssis (Liniker e os Caramelows) e por serem membros do ATR, Mandale Mecha e AQUAmono. Confira a entrevista!
Inquieta e sem medo de se arriscar, já se tornou uma marca de seus trabalhos a questão de unir diversos gêneros musicais, indo do MPB a música pop, porém, com suingues brasileiros e ritmos eletrônicos. Como tem sido a experiência de unir todas essas veias em um único projeto?
A mistura de ritmos é algo que gosto muito e parcerias com músicos de segmentos diferentes, amplia as minhas possibilidades artísticas. Quando me conectei ao duo Deep Leaks, a gente teve um match imediato e eles captaram rapidamente o que eu queria. Em paralelo à minha carreira, tenho um projeto, chamado MBoraFest, que tem um conceito “tropical dançante” e então pensei: preciso de ter uma faixa pra fazer dançar! Daí a ideia do remix da faixa.
Quase que como uma atualização, você relançou recentemente a música “Lua Nova” em forma de remix, juntamente com o produtor Deep Leaks, buscando alcançar as pistas e energias dos recomeços lunares. Quais foram os caminhos que a levaram a explorar essas novas abordagens?
A ideia de fazer o remix da faixa Lua Nova, composição do Felipe El, foi mesmo para trazer a faixa para a pista. Além de cantora, gosto da performance e amo a pista, o dançar, sair pra dançar e a faixa tem uma letra leve, de esperança, de amor e fazer dançar com essa proposta de pensamento é algo que eu sempre quis ouvir nas pistas de dança, sons que trazem esse otimismo perante às adversidades da vida. Trabalhar com a mistura de ritmos é algo que gosto muito e parcerias com músicos de segmentos diferentes, amplia as possibilidades artísticas. Na minha trajetória, experimentei muitos ritmos e em diferentes segmentos e, nesse momento, venho me encontrando no samba, como uma casa que me deixa confortável, e venho elaborando um projeto que vem daqui a pouquinho.
Além da sonoridade, essa nova versão acompanha as posições lunares e os significados da astrologia. Como costuma ser sua relação com o tema?
Eu amo astrologia, fazia meu mapa astral sempre (uma a duas vezes por ano) e até parei de fazer tanto para ter mais surpresas da vida. (risos). Todo mundo que eu conheço eu pergunto qual é o signo, e eu já fico fazendo um cenário de como vai ser a melhor maneira de me relacionar com as pessoas. Sou capricorniana e adoro ser. A lua, esse satélite forte que rege as marés, alteram a gente demais e a lua nova nos traz o sentido de renovação.
“Lua Nova” chegou originalmente em 2021, na época em que a pandemia da COVID-19 ainda estava em alta e estávamos passando por um momento muito complicado, e hoje você tentou trazer sentimentos que o mundo ainda precisa, tais como – amor, esperança e prosperidade. Quais estão sendo as principais diferenças que observou nesse meio tempo e porque a ideia de relançar a música justo agora em 2023?
Eu acho que quando lancei a faixa originalmente, tinha uma esperança coletiva (e muito minha) de que as pessoas ficariam melhores, mais humanas, de esse momento difícil iria trazer algo maior e mais profundo. Acho que isso não rolou tanto como eu imaginava mas sigo na esperança e fortalecendo essa ideia, nesse momento, pra fazer dançar, agora que já podemos estar presentes em eventos, congregando, dançando.
Além da voz, você também foi responsável pela composição de “Lua Nova”. Gostaria de perguntar um pouco mais sobre como foi o processo de composição e inclusive quais são os principais elementos que costumam te inspirar na hora de iniciar uma nova música?
A composição é do Felipe El, um parceiro queridíssimo e que faz canções lindas. Essa veio pra mim e eu adorei, porque tem mesmo o que eu vibro, o que eu gosto. Me arrisco pouco ainda nas composições e adoro ser uma intérprete capaz de dar voz a letras de outros artistas.
Se existe algo que está presente em sua vida há anos, é justamente a música, que veio principalmente sob a influência de sua mãe, que além de bailarina e coreógrafa, também é pesquisadora de dança brasileira. Você se recorda de como foram os seus primeiros contatos com a música e principalmente, como foi o apoio familiar para a profissionalização dela na sua vida?
Eu falo que sou “filha de camarim”. Minha mãe sempre me colocou nesse lugar da arte. Além dela ter uma carreira e uma vida toda dedicada à arte, ela me colocou nela. O “fazer dançar”, remixando essa faixa tem muito desse lugar. A música tá em mim desde que estou na barriga da minha mãe e, quando criança, eu fazia aulas de musicalização, canto, dança, além de apresentações artísticas com ela, minha grande parceira e incentivadora. Sou economista de formação e, em um tempo até tentei alguns trabalhos mais institucuinais/burocráticos, mas a arte me chamou e falou mais alto.
Apesar do contato desde pequena, você iniciou profissionalmente com o projeto “Caetane-se”, lançando entre 2020 e 2022 dois singles. Como foi o seu ingresso nesse projeto e como ajudou a impulsionar a sua caminhada profissional na indústria fonográfica?
Foi muito legal e foi quando comecei a experimentar de fato a minha voz, encontrar o meu estilo. Teve todo um pensamento artístico por trás, formar equipe, trazer nomes legais pra somar no meu trabalho. A identidade visual, por exemplo, é do Gal Opido, além de vários músicos e profissionais incríveis.
Falando sobre o lançamento inicial de “Lua Nova”, o single cresceu muito, sendo escutado em rádios de todo país, além de ter o clipe premiado em vários países, como na América Latina e no continente europeu. Acredita que essa segunda versão poderá superar o sucesso que foi o primeiro?
Ah! Eu espero muito! Espero que chegue a mais corações e nas pistas, superando a versão original. A ideia é chegar na Bahia, por exemplo, numa pista bem animada e, de repente, tocar a faixa e fazer dançar, que é o propósito.
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