O ator e cantor Rodrigo Massa é um dos nomes que vem ganhando destaque no meio artístico. Na música e na atuação, o artista multifacetado está alcançando grandes cenários, inclusive os de Hollywood.
Nascido em São Bernardo do Campo, São Paulo, Rodrigo deixou o Brasil aos 20 anos e por 13 morou no México, onde se destacou em comerciais, programas, novelas mexicanas da Televisa e séries, como “La Piloto” e “El Dragón”, sucessos mundiais da Netflix. Ao firmar contrato com agências em outros países, o artista decolou rumo a outras grandes produções, participando de “The Flash”, “Resident Alien” e recentemente, ganhou destaque na série “Urban Legend” de Eli Roth para a Discovery Plus. Para 2023, o ator já se prepara para ser parte de novas estréias como “Cheat” e “The Spencer Sisters”, do canal CTV, cujo lançamento será no dia 10 de fevereiro.
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Em dezembro do ano passado, o artista alcançou primeiro papel como protagonista. O filme ‘Merry Textmas’ do canal Lifetime é uma divertida comédia romantica entre Gaby Diaz (Ariana Ron Pedrique) uma desenvolvedora de aplicativos e a única jovem solteira de uma tradicional família, e Alex (interpretado por Rodrigo Massa), um designer gráfico que acidentalmente é adicionado no grupo da família Diaz e convidado para passar o natal em Oaxaca, no México. Com isso, Alex relembra suas raízes mexicanas e um certo clima começa a rolar entre ele e Gaby. Dirigido por Alba Gil, o filme conta com um elenco e produção 100% latino, além de ser o primeiro filme bilíngue do canal: 70% Inglês e 30% Espanhol, um marco para a história das produções do canal. Mas não para por aí: A música tema do filme, intitulada “How Could I Have Known” é também cantada por Massa, ao lado de Andra, uma cantora da Europa e a parceria conquistou o público.
E por falar na carreira musical, Rodrigo já possui 2 álbuns, com músicas em português, espanhol, inglês e polaco, todas compostas por ele. Atualmente, o cantor vem apostando em uma faceta mais dançante e em feats com diversos artistas ao redor do mundo. “Poczuj Bicie Serca”, “Chamuco”, “La Fiesta Remix”, são alguns de seus mais recentes lançamentos ao lado de artistas como a popstar polonesa Małgorzata Główka, conhecida como CamaSutra, Filipe Gonçalves de Portugal e Mariusz Wawrzynczyk com o DJ Mau Hernandez, da Polônia e Costa Rica. E vem muito mais por aí, com parcerias com artistas da Bolívia e Equador, entre outras.
Depois de seu maior sucesso “Acabo de Soñar Contigo”, que alcançou mais de 550.000 views no YouTube e gerou polêmica na crítica, Rodrigo volta ao cenário romântico com “Cómo Le Explico a Mi Corazón”, novo single que será lançado no dia 27/01 em todas as plataformas digitais, onde o artista relata que mais uma vez escreveu a música de coração aberto. Sem dúvidas, será mais um sucesso nessa grande carreira conquistada por ele. Confira a entrevista!
Com um portfólio que já reúne inúmeros personagens, o seu trabalho está espalhado cada vez mais pelo mundo, e aqui no Brasil, você chegou a viver durante 20 anos. Sabemos que em cada país, a diversidade cultural é bastante grande, e isso envolve a indústria cinematográfica. Quais foram as principais diferenças que pode perceber ao começar a trabalhar com projetos internacionais?
No começo, a diferença mais evidente foi a atitude dos produtores de elenco, diretores, empresários e agências que, em minha opinião, estão mais dispostos a apostar em novos talentos e desenvolver carreiras do zero.
Atualmente, a diferença mais visível é o grande impacto internacional de cada projeto. Ver os meus personagens dublados em russo, polaco, italiano, etc. Já cheguei a passar semanas marcando presença em programas de televisão na Europa para divulgar a estreia de uma nova série. Recebo mensagens de pessoas que estão acompanhando o meu trabalho na Bélgica, Qatar, Finlândia, e muitos outros países que até 15 anos atrás eu nunca imaginei que um dia estariam me assistindo na TV.
E também é muito atraente para nós atores a grande variedade de produções que acontecem todos os anos. O filme de Natal que eu gravei com a Lifetime, por exemplo, foi um dos 26 que o canal produziu no ano passado, só para a grade de novembro/dezembro. E estamos falando somente de um canal. É uma indústria cinematográfica extremamente forte, que gera centenas de milhares de empregos.
Entre os seus principais projetos, a Televisa e a Netflix estiveram presentes em vários deles enquanto morava no México, destacando algumas como “La Piloto” e “El Dragón”, que logo se tornaram sucessos mundiais da plataforma de streaming. Se tratando desses projetos grandes, além dos desafios naturais que cada personagem pode proporcionar, quais são os principais aspectos que mudam na carreira de um ator junto com a repercussão que os títulos proporcionam?
A pressão aumenta, com certeza. Tanto o público como a equipe ao meu redor espera ser surpreendidos com projetos e personagens cada vez melhores. Esse foi um dos principais motivos pelos quais eu decidir me mudar para o Canadá. Para ter acesso às produções estadunidenses que são gravadas por lá.
Mas claro, também tem a vantagem de que esses projetos grandes fazem uma diferença enorme no currículo de um ator, portanto abrem portas cada vez mais importantes. O meu primeiro papel protagonista em Hollywood não saiu do nada. Além de fazer um bom teste, é importante contar com uma trajetória em constante ascensão. Os produtores prestam muita atenção nessas coisas antes de qualquer contratação.
Outra série que além de ser um clássico dos fãs da DC Comics, é o seriado “The Flash”, onde fez o personagem Waiter no episódio “Love Is a Battlefield” da 6ª temporada. Como foi passar por essa experiência e como eram os sets de filmagem e a equipe da série?
Essa foi a minha primeira experiência no mundo de Hollywood. A gente não demora a perceber que está jogando nas grandes ligas. A estrutura ao redor de uma série como essa é impressionante, e até um pouco intimidante. É imponente atuar ao lado de estrelas como Grant Gustin, que o mundo inteiro conhece. Eu senti um frio na barriga que há muito tempo não sentia.
Também fiquei impressionado com certos rituais que eu nunca tinha visto nas produções mexicanas. Por exemplo, a primeira coisa que a equipe inteira faz assim que chega no set de manhã é uma reunião de segurança, para identificar todos os possíveis riscos das cenas que serão gravadas nesse dia. Todo mundo tem que parar tudo o que está fazendo e prestar atenção. A participação é obrigatória. Achei isso maravilhoso. Porque eu já cheguei a presenciar certas situações durante o tempo no qual trabalhei na televisão mexicana em que, claramente, existia um risco para os atores. Mas sempre ficamos com medo de falar alguma coisa por causa da pressa constante que existe durante as filmagens e para evitar etiquetas como “divo”, “chato”, “importuno”, etc, que podem acarretar dificuldades para conseguir futuros trabalhos.
Produzida originalmente para o canal Syfy, a série “Resident Alien”, baseada na obra de Peter Hogan e Steve Parkhouse, e se tratou de uma ficção cientifica misturada a drama e mistério. Como foi contracenar com Alan Tudyk, Corey Reynolds e Sara Tomko?
Todos foram super fofos e atenciosos. A produção agenda poucas cenas por dia, para poder fazer o trabalho com calma e muita atenção a cada detalhe. Isso favorece muito a vibe no set. E me deu a oportunidade de conversar tranquilamente com os meus companheiros e conhecê-los melhor antes de começar a gravar.
Também gostei de ver celebridades com milhões de seguidores nas redes sociais fazendo o seu trabalho com muita disciplina e humildade. Eu vejo que muitas estrelas de Hollywood são mais simples do que certos artistas com os quais eu convivi e trabalhei na Televisa.
Um dos seus mais recentes destaques na carreira foi a série “Urban Legend”, hoje na HBO Max, que fala de uma onda de assassinatos macabros em uma universidade. O que esse projeto representou na sua carreira?
Urban Legend satisfez a vontade que eu sempre tive de trabalhar em uma série ou filme de terror. É um gênero do qual eu sempre fui fã. Eu me lembro do dia em que gravei uma cena na qual estava dormindo na sala e ouvia um barulho na cozinha. Eu tinha que levantar bem devagar, pegar uma garrafa de cerveja, caso eu tivesse que me defender, e ir me aproximando lentamente da cozinha. Aquele tipo de cena de suspense que eu já tinha visto mil vezes e sempre quis fazer. E naquele momento, o Rodrigo adolescente, fã de filmes como Pânico, Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado e Premonição, estava pulando de alegria dentro de mim!
Já para esse ano de 2023, vocês já possui algumas estreias marcadas, tais como “Cheat” e “The Spencer Sisters”, do canal CTV, cujo lançamento será no dia 10 de fevereiro. Poderia falar um pouco sobre essas produções e como estão suas expectativas para que cheguem ao público?
Cheat é um thriller maravilhoso e também vem com cenas que representaram um grande desafio pra mim, já que nunca tinha feito nada igual antes. O meu personagem se chama Adam, e é o amante da protagonista.
Spencer Sisters é uma série da CTV. É uma produção extremamente especial para mim, já que é a primeira vez que fui contratado como parte do elenco principal de uma série norte-americana. Eu interpreto o Antônio Pereira, dono de um restaurante brasileiro, casado com o Zane, um policial da cidade de Alder Bluffs, que é o melhor amigo da protagonista, Darby. Ainda faltam alguns meses para a estreia de Cheat, mas já foi transmitida uma prévia do primeiro episódio de Spencer Sisters, e a estreia oficial está marcada para o dia 10 de fevereiro.
Apesar de todo o seu amplo currículo, foi em dezembro do ano passado que você chegou a fazer seu primeiro protagonista no filme “Merry Textmas” do canal Lifetime, onde fez par romântico com Ariana Ron Pedrique. Como foi a construção e a experiência de viver o Alex?
A construção foi um processo muito interessante, porque apesar de falar espanhol fluentemente, eu estava me preparando para interpretar um personagem que viaja para o México e se vira só no inglês, arranhando somente umas poucas palavras em espanhol. Eu tive várias sessões de coaching com o Johnny Emmet Tracy, ator de séries como Yellowstone e Batwoman, para procurar juntos as intenções mais interessantes para o meu personagem. No set, fomos dirigidos pela Alba Gil, que acaba de dirigir a série Triada, com a Maite Perroni. Ela é um amor, super paciente e sempre disposta a escutar propostas e sugestões.
Todo o projeto foi um sonho que virou realidade para mim. Simplesmente perfeito. Ter a oportunidade de protagonizar um filme da Lifetime e ainda por cima cantar a música principal da trilha sonora! Até agora não caiu a ficha que isso realmente aconteceu.
Uma curiosidade sobre esse último filme, é que ele se tornou a primeira produção a ser feita de forma bilíngue em sua versão original, sendo feio em inglês e espanhol. Essa novidade trouxe alguns novos desafios para a produção do filme?
Sim, com certeza. Essa foi uma grande aposta e inclusive um risco para o canal, considerando que as grandes maiorias dos telespectadores não falam espanhol. Ninguém sabia realmente como seria a aceitação dessa nossa proposta bilíngue.
Nada disso estava planejado originalmente. Durante as gravações, a diretora e alguns atores defendiam que certas cenas deveriam ser gravadas em espanhol, porque eram uma conversa entre dois ou mais personagens mexicanos. No começo, os produtores tinham certo receio. A quantidade de cenas em espanhol teve que ser minuciosamente negociada. Foi todo um processo, mas no final todos chegaram a um acordo. A decisão chamou muito a atenção e foi aplaudida por diversos críticos que defendem a diversidade na televisão.
A sua carreira musical também está em evidência, pois além de ter cantado em quatro idiomas diferentes (português, inglês, espanhol e polaco), você também as compôs. Como é viver essa carreira internacional na música e no seu processo de criação, as músicas já são pensadas em determinado idioma? Qual é o mais difícil de trabalhar?
Essa carreira internacional na música tem me trazido muitas surpresas. Cantar em palcos gigantes na Polônia, fazer um show da virada em Portugal, gravar um dueto com a maior popstar da Romênia… Não tem sido fácil organizar tantos compromissos em diversos países, mas tenho colhido grandes frutos.
Sim, cada música já nasce em um idioma. Não sei explicar o porquê. Certas melodias me levam um pouco mais para o lado do espanhol. Ou vem uma ideia que é mais fácil expressar em português. Uma batida que combina direitinho com palavras em inglês… Eu deixo a inspiração chegar, observo a minha intuição e as palavras aleatórias que eu vou cantarolando enquanto componho e o idioma vai se definindo naturalmente. Definitivamente, a língua que apresenta mais desafios neste momento é o polaco. Por que ainda não sou 100% fluente. Então eu escrevo as letras, mas depois preciso de muita ajuda de alguém que realmente domine o idioma para realizar as correções necessárias.
Com o lançamento sendo feito nesse último dia 27 de janeiro, “Cómo Le Explico a Mi Corazón” está marcando o seu retorno a música romântica. O que o fez optar por voltar ao gênero e como chegou até essa música?
Eu decidi voltar para o gênero romântico porque sinto que o meu público conecta muito mais com essa minha faceta do que com o Rodrigo festeiro. Também acumulei muitas histórias de amor que eu fui juntando nos últimos três anos e que tenho muita vontade de compartilhar com o público. Portanto podem se preparar porque virão mais canções assim!
Cómo Le Explico A Mi Corazón nasceu depois do fim da minha última relação. A música fala sobre as dificuldades de terminar um relacionamento quando ainda existe um amor recíproco muito forte, mas por algum motivo ou namoro ou o casamento deixou de ser sustentável.
Originalmente, a música tinha só as duas primeiras partes, nas quais parece que tudo está perdido e nunca mais vou superar o fim dessa história. Mas acabou aparecendo alguém muito especial na minha vida e decidi adicionar um final feliz, para demonstrar que depois da tempestade o sol sempre volta a brilhar. O que ilustramos durante o clipe com uma mudança gradual na qual as cores vão substituindo as cenas em branco e negro.
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