A jovem Best embarca em uma fascinante jornada pelo universo utópico criado por Selma G. Santana em “O Mundo de Best e a Cidade da Fonte Tríade”. Nesse segundo volume da saga, a protagonista mergulha em um cenário futurista onde veículos tecnológicos são guiados por inteligência artificial, estudos com DNA humano avançam a cada dia e a sustentabilidade é uma prioridade. Enquanto desvenda segredos e enfrenta desafios, Best se depara com questões profundas sobre ética, cooperação e amor ao próximo, em uma aventura cativante que convida os leitores a refletirem sobre a busca por um mundo melhor.
A obra de Selma G. Santana é repleta de crítica e ludicidade, transmitindo mensagens poderosas sobre a importância da ética e da solidariedade. Ao longo da narrativa, seres míticos servem como metáforas para conectar a realidade à jornada da protagonista, e é por meio desses encontros que Best aprende importantes lições. O cenário é permeado por uma busca constante pelo bem-estar do planeta Terra, onde a liberdade de expressão caminha junto com a ética, e cada voz é ouvida e respeitada, independentemente de diferenças culturais ou sociais.
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Como surgiu a inspiração para criar o mundo utópico de Haiag e os temas abordados no livro?
Surgiu ao observar os acontecimentos no nosso “mundo real” e do meu ponto de vista (na minha visão ainda limitada, não tenho a pretensão da verdade absoluta, até porque ela é imensurável), tentar trazer as respostas e porquês de algumas distorções do sistema em que vivemos em todos os aspectos: individuais, sociais, políticos, econômicos, ecológicos.
Qual é o papel da protagonista Best nessa jornada de evolução da consciência e como ela enfrenta os desafios ao longo do enredo?
O papel de Best é levar o leitor a refletir, se questionar, buscar no seu âmago a melhor versão de si e vivenciá-la. O enredo traça uma épica jornada por um mundo que a faz comparar a forma de vida dos que ali habitam com a de sua espécie, a humana. A curiosidade peculiar da protagonista a faz encarar os desafios com determinação. Na aventura pela oitava paralela, ela vai traçando etapas, adaptando novos sentidos além dos cinco característicos a serem explorados.
Ajustar a própria frequência ao do planeta de Haiag trouxe conforto para Best. Passar pelo catalizador de auras e enfrentar a aceleração reversa lhe remeteu a lembranças extremamente dolorosas e desafiadoras, porém não a fez desistir de seu propósito.
Como os seres míticos e as metáforas utilizadas na história contribuem para transmitir mensagens mais profundas sobre ética, solidariedade e amor ao próximo?
Os personagens trazem para a história temas e situações dentro do mundo em que vivem de forma evoluída, mostrando para a protagonista como alcançar tal equilíbrio. O personagem HEllyhas – o grande alquimista de transmutações, acolhe a humana Best, que tem um desejo ardente de obter conhecimentos para compartilhá-los com a humanidade. O alquimista vê sinceridade nas intenções da jovem terráquea e se dispõe a ensiná-la o seu ofício, a alquimia! Não só a da tabela periódica, mas principalmente a manipulação da química da biologia humana, a bioenergia, a pedra filosofal e a transformação de metal em ouro, ou seja, a lapidação dos sentimentos rudimentares em sabedoria e lógica Universal.
Outros personagens como Malta+, Plácido, elfo Eldar, fada Loilófica, Mestre Jaacobh, BelBelém e até mesmo Persenildo, o ranzinzo gato persa da Curandeira, vão se apresentando na história para contribuir com uma jornada transcendental em busca da melhor performance da protagonista.
Best tem o intuito de mostrar aos humanos que é possível ser feliz, que essa transformação depende de escolhas, intenções e determinação, e que tudo está disponível a todos sem exceções – bastando apenas intencionar tal transformação, lapidação interior com sinceridade no coração. “O Coração, a porta para a Fonte.”
O que a Fonte Tríade representa na narrativa e como ela influencia a jornada de evolução da personagem principal?
A Fonte Tríade representa a conexão com a nossa melhor versão! Representa a tecnologia biológica, uma máquina que em perfeito funcionamento gera uma força extraordinária. Best, ao ingerir a água da Fonte Tríade na casa de chá do Edifício Gaveteiro, percebe que ela não é apenas o que enxerga no espelho, é muito maior. A jovem começa a ter uma visão mais ampla do que é a existência. A tríade: cérebro, pineal, coração, se bem usados, são um meio de transporte até a fonte que jorra lógica, sabedoria e conhecimento de tudo do Todo que É.
Como a crítica e a ludicidade são utilizadas na história para transmitir mensagens importantes aos leitores?
O lúdico sempre encanta, sempre consegue tocar e alcançar o ser humano em qualquer idade, fases e circunstâncias da vida. Levo temas que considero essenciais para transformação da nossa sociedade de forma que faça o leitor viajar divertidamente dentro da história. Ao mesmo tempo, de forma reflexiva, os temas o levam a alcançar o seu âmago com reflexões que se tornam vertentes, vias para atingir o seu eu mais íntimo e se questionarem sobre o sentido da existência, percebendo que sua individualidade é parte da construção de um todo.
Acredito que só será possível alcançar a transformação de uma sociedade por completo partindo de cada um de nós, pois qualquer revolução deve ser feita de dentro para fora e não ao contrário. De forma lúdica posso estabelecer paralelos, distorções dentro de qualquer sociedade que almeja a felicidade. Posso apresentar as contradições que tornam esse desejo distante de alcançar, de forma que posso apresentar (na minha visão) possibilidades de transformações, porque acredito que transformando pessoas, podemos transformar o mundo.
Qual é a mensagem central que você deseja transmitir aos leitores por meio do livro?
A mensagem central é um convite ao leitor para se conscientizar da importância de seus atos, que podem emperrar ou fazer o sistema rodar. É um convite ao leitor a vivenciar o seu “EuInteligente”.
Como a literatura pode ser uma ferramenta poderosa para transformar pessoas e o mundo, conforme mencionado por você?
Acredito que somos tecnologias biológicas e podemos programar nosso cérebro. Nosso sistema de educação poderia implantar algo assim: uma grade acadêmica, onde as crianças tenham acesso a livros físicos e virtuais que visam a ética, a liberdade com ética! Começando agora, os resultados aparecerão alguns anos mais adiante. Dessa geração consciente de seus atos dentro de qualquer sistema, nascerão crianças mais assertivas e preparadas para um mundo cooperativo, um mundo melhor.
Quais são os principais temas e valores que você busca transmitir em suas histórias, além da ética, solidariedade e amor ao próximo?
Que existe uma força imensurável permeando tudo e todos, que em essência é puro amor e luz. Há uma fração dessa força dentro de cada ser, esperando a permissão para se manifestar através de nós. Essa força é elegante – ela não invade, mas espera ser convidada para entrar.
Cada um de nós é parte importante do papel que essa força imensurável quer atuar, atuar através de nós, dentro do palco universal maior! Da importância de estar aberto, deixar essa força ser o diretor, conduzir o roteiro de uma perspectiva panorâmica.
Mostrar ao leitor a possibilidade de se ter uma visão mais ampla do sentido da existência, de forma que poderíamos revolucionar o mundo, não uma revolução de levantar bandeiras ideológicas e armas, mas uma revolução intima, a começar por nós mesmos. Com certeza teríamos um mundo melhor.
Como foi a sua trajetória como autora e como você encontrou sua verdadeira vocação na literatura?
A ludicidade sempre esteve presente em minha vida, sonhava acordada e sonhando me vinham questões – a resposta se fazia presente dentro da minha visão ideal de mundo.
Sempre tive vontade de colocar no papel e compartilhar as minhas ideias e inspirações, mas a timidez se fazia presente e me emperrava. Por sorte, a vida me trouxe momentos desafiadores, tive que quebrar essa barreira e resolvi compartilhar o que um dia julguei que poderia não ser aceito como algo que pudesse tocar o meu próximo.
Confesso que tenho me surpreendido com os comentários e resenhas dos leitores que doaram seu tempo para ler a obra “O Mundo de Best”, que pretendo tornar em uma quintologia. “O mundo de Best e a cidade da Fonte Tríade” é o segundo volume e neste momento estou finalizando o terceiro volume que pretendo lançar no início do próximo ano.
Quais são os seus planos futuros como escritora e o que os leitores podem esperar das suas próximas obras?
Terminar de escrever a obra “O Mundo de Best”, compilar todas as minhas poesias e publicá-las. Concomitante com o terceiro volume do “O Mundo de Best”, dei início a um outro livro (não é uma série), onde abordo outros temas, envolvendo o cotidiano de alguns homens de negócios.
Também usei um pouco do meu conhecimento em Gestão Pública para trazer para o papel um projeto humanitário, autossustentável, focado na educação e valorização do ser humano desde o ventre (que já se encontra pronto). Mas, que por enquanto ainda continua apenas no papel. Gostaria muito de apresentá-lo a alguma instituição privada ou pública que tenha interesse em tornar o mundo um lugar melhor de se viver.
Um dos momentos mais significativos na trajetória de Best é o encontro com a Fonte Tríade, um monumento de cristal com a forma de cérebro e coração. Esse símbolo representa valores essenciais para a evolução da jovem protagonista, como amor incondicional, inteligência, criatividade e consciência. Selma G. Santana destaca que tudo o que acontece na história é como um sonho bom que pode ser tornar realidade, especialmente em um mundo que anseia por mais empatia e compreensão. “O Mundo de Best e a Cidade da Fonte Tríade” é uma leitura envolvente e inspiradora, que convida os leitores a mergulharem em reflexões sobre como tornar o mundo um lugar melhor.
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