Música e Estilo

VERO se prepara para lançar o EP “Amormaço”, trazendo uma mistura envolvente de indie pop, MPB e R&B

A cantora e compositora explora temas de amor e sensualidade em seu novo trabalho, em parceria com o produtor lucasbin, prometendo uma experiência musical madura e intensa

Publicado em 30/07/2023 05:22
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A cantora e compositora VERO prepara-se para lançar seu novo EP, intitulado “Amormaço”, previsto para setembro. Com uma parceria consolidada com o produtor lucasbin, o EP promete uma mistura envolvente de indie pop, MPB e R&B. O primeiro single, “Fascínio”, traz uma estética madura e experimental, com palavras suaves e um instrumental envolvente. VERO explora temas de amor e sensualidade em suas músicas, buscando criar uma trajetória das diferentes formas que ela enxergou o amor ao longo dos anos. O EP promete ser um trabalho caloroso e intenso, e a artista planeja apresentar as novas músicas ao vivo com uma banda completa.

A jornada criativa de VERO ganha mais um capítulo com o lançamento do EP “Amormaço”. A cantora e compositora, conhecida por sua parceria com o produtor lucasbin, se prepara para oferecer uma experiência musical única, combinando indie pop, MPB e R&B. O primeiro single, “Fascínio”, já demonstra a maturidade estética da artista, com letras suaves e uma produção envolvente. O EP é uma oportunidade para VERO compartilhar suas reflexões sobre o amor e a sensualidade, apresentando uma evolução pessoal e artística. Com o projeto, VERO almeja mostrar sua capacidade como compositora e intérprete, prometendo conquistar a atenção do público com suas novas músicas.

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“Amormaço”, o novo EP de VERO, promete envolver o público com suas composições intimistas e cheias de personalidade. A cantora e compositora, em parceria com o produtor lucasbin, traz uma mistura cativante de indie pop, MPB e R&B em suas faixas. O primeiro single, “Fascínio”, já mostra o amadurecimento estético da artista, com uma abordagem musical experimental e emocionalmente rica. VERO pretende explorar diversas perspectivas sobre o amor, apresentando uma jornada que vai desde suas experiências passadas até suas visões atuais. O EP “Amormaço” é uma oportunidade para VERO se destacar como uma das vozes mais interessantes da cena musical atual, mostrando que seu talento como cantora e compositora merece atenção especial.

“Amormaço” é o título do seu novo EP, que será lançado em setembro. Pode nos contar um pouco sobre o conceito por trás desse trabalho e o que os ouvintes podem esperar dele?

Eu sempre tive uma tendência muito grande de fazer músicas românticas, desde que eu era adolescente. Sempre me identifiquei muito porque sou bastante emocionada rsrs. No meu primeiro álbum, o Contrapranto, tem duas músicas românticas/sensuais, Escorreu e Vai Saber (que eu amo inclusive hehe), mas sinto que não aprofundei esse tema da forma que gostaria, da forma que ele me representa. Quem ouvir o EP vai notar que a maioria das músicas (são 5 no total) têm uma pegada mais gostosa, uma forma positiva de ver o amor. Mas não foi sempre assim que eu enxergava, acabava colocando no amor uma expectativa de mudar minha vida, fazia das minhas paixões tudo o que eu tinha. E isso refletia nas músicas que eu escrevia, e que hoje vejo que não me representam mais. Então esse EP é uma transição entre esse amor sofrido, dolorido, difícil, para um amor maduro, que faz crescer, um amor quentinho, gostoso, aconchegante. E claro, isso vai refletir em toda a vibe das músicas, que eu diria que são como se sentar em um parque e sentir a luz do sol bater na pele. É mais ou menos por aí. 

O single “Fascínio” é uma parceria com o produtor lucasbin. Como foi a experiência de trabalhar com ele novamente e como você descreveria o estilo musical explorado nessa faixa?

Bem, quem me acompanha sabe que o lucasbin é meu namorado rs. Então ele é meu parceiro de vida, de trabalho, de arte. Fazer música com ele é uma coisa muito natural, muito tranquila, a gente se entende. Quando fizemos o primeiro álbum tivemos vários processos difíceis de entender a forma como cada um trabalha. E teve a questão de que estávamos num estágio mais de aprendizado, a primeira música que eu e ele gravamos juntos foi Vai Saber, que também foi a primeira música autoral que eu gravei e a primeira música que ele gravou voz, o que dá pra ter uma noção do quanto aprendemos juntos. Então teve vários momentos difíceis, mas que foram mega importantes para hoje termos a dinâmica que temos. Ou seja, na Fascínio não foi diferente, tem sido super gostoso fazer música juntos.

Sobre o estilo musical, é um prenúncio do que vai ser no EP: um RnB contemporâneo, com referências da MPB, Indie, Jazz, entre outros estilos que fazem parte do nosso repertório. 

Como você vê o amadurecimento da sua estética musical em comparação ao seu disco de estreia, “Contrapranto”? O que mudou em termos de sonoridade e abordagem lírica?

É um amadurecimento em conjunto com o lucasbin, nós aprendemos muito, refinamos muito nossa percepção musical desde então. Em Contrapranto a gente estava “atirando pra todo lado” rs. A gente tem muitas referências diferentes, hip hop, house, techno, rock, mpb, indie… E Contrapranto acabou refletindo isso, as músicas têm estilos muito diferentes entre si. E acho que isso foi bom pra eu poder experimentar e sentir o que eu gosto de cantar e o que combina com minha voz e minha personalidade. Então em Amormaço a gente está buscando um estilo mais específico, nessa pegada do RnB. Na parte das letras, eu não sei se mudei tanto, até porque teve algumas músicas que eu fiz na época do Contrapranto, ou até antes. Mas acho que consegui refinar um pouco a forma de cantar elas, com mais autenticidade, mais gingado talvez rs 

O tema do amor e da sensualidade é explorado em “Fascínio” e no EP “Amormaço”. Como você aborda esses temas em suas músicas e qual é a mensagem que você espera transmitir aos ouvintes?

Bem, como eu falei antes, quero destrinchar o que é um amor leve e maduro, que tem fogo, mas mais do que isso, tem profundidade. Quero transmitir pra quem ouvir que um amor bom não é esse amor sofrido e difícil que a gente tanto vê nos filmes e séries, que você tem que lutar pra conquistar, tem que ser alguém que você não é, tem que fingir uma personalidade que não é sua. Um amor bom, pra mim, é a pessoa saber de todos os seus defeitos e te amar dessa forma. Você poder contar pra alguém das suas dificuldades, dos seus medos, de coisas que você sente vergonha. E ainda assim ter uma individualidade. E sim, isso existe!! 

As músicas falam sobre isso de forma bastante subjetiva, mas acho que de certa forma transparece. Ah, e um detalhe é que tem uma música que não é sobre amor romântico, que é a “Parei no tempo”. É uma música que fiz pensando nos meus irmãos, em específico no meu irmão mais novo, que eu vi crescer e me vejo refletida nele, nos processos que ele passa. E que é maravilhoso ver isso acontecendo. Poder fazer parte disso. Essa música está linda hein, recomendo muito rs

Além da música, você também é performer e compositora. Como essas diferentes facetas artísticas se complementam na sua carreira e influenciam a sua abordagem criativa?

Como performer é algo que ainda estou descobrindo… Comecei com isso dentro do Coro Cênico de Curitiba, que é um projeto que faço parte e ajudei a fundar em 2018, e onde tenho a possibilidade de explorar meu lado performer/cênico (além da música, claro). É algo que ainda é bem novo para mim, mas que me interessa demais. Poder escolher um lado seu para mostrar em palco. Poder jogar com o público, e tornar esse jogo um show, um espetáculo. Quem me inspirou a fazer isso foi a Letrux, que é uma artista que admiro muito. Estou buscando fazer isso cada vez mais nos meus shows, e acho que isso acaba refletindo na minha forma de ver a arte, como algo híbrido: não é só música, ou não é só performance. É “tudo ao mesmo tempo agora” rs.

Já na composição, é algo que molda meu ser. Escrever é inevitável para mim. Não sei nem me aprofundar muito nisso, porque minha abordagem criativa é justamente através da composição, dos significados das coisas, dos duplos sentidos, das metáforas, das interpretações. Isso me dá força de viver e criar.

Quais são os seus planos para o futuro após o lançamento do EP? Podemos esperar por shows ao vivo e mais colaborações musicais?

Com certeza. Eu decidi não fazer feats nesse EP porque acho que são temas bem pessoais, no Contrapranto senti a liberdade de chamar a Mika Mc e a Brinsan N`Tchalá para fazer feats comigo porque senti que eram temas que podia compartilhar mais, e ter diferentes perspectivas, e foi sensacional. Mas sempre estou fazendo collabs com instrumentistas. Mas depois do EP com certeza vai ter outros feats, vamos ver o que vai rolar hehe

Sobre os shows, estou superanimada com isso na verdade, porque estou estruturando um roteiro de shows que acho que vai ficar muito legal. E fora isso, estou montando uma banda também, com músicos sensacionais. Antes era só eu e o lucasbin na fé e na coragem kkkk agora vai ser algo mais elaborado, mais orgânico. Estou com a agenda aberta, mas já adianto que em outubro vou fazer um show no Conservatório de Música de Curitiba, que já está marcado por dia 22/10. Acho que dá para considerar ele o show de lançamento do EP hehe

Como tem sido a recepção das suas músicas e performances até agora? Existe algum momento em particular que tenha sido especialmente significativo para você como artista?

Tem sido incrível, mas não sem obstáculos. Acho que é um estilo difícil de “hitar”, de viralizar, sabe? Então é tudo muito lento, e eu como uma pessoa ansiosa tenho dificuldades em lidar com isso. Mas tenho tido momentos incríveis nessa caminhada. Por exemplo, ano passado participei da FIMS, a Feira de Música daqui de Curitiba, e fiz um showcase. Nesse dia do show tive uma recepção maravilhosa, foi um show lotado e com muitos artistas presentes. E nossa, fiquei muito emocionada. Além disso, tenho sido recebida cada vez mais pelos artistas da cidade, de uma forma ou de outra. E fora as redes sociais, que também tem sido algo lento de ver crescer, mas quando recebo feedbacks por lá sempre sinto muita sinceridade e muita emoção das pessoas. Fico muito feliz com cada mensagem, de verdade.

Além da música, você também tem se envolvido em projetos como o Rockcamp Curitiba e o bloco de pré carnaval Caiu no Cavalo Babão. Como essas experiências adicionais influenciam o seu trabalho como artista?

O Rockcamp foi uma experiência sensacional. Nunca vivi nada igual. Eu pude dar uma oficina e dar aulas de canto pra crianças e adolescentes, e eu me vi muito nos processos individuais delas. E aprendi muito também sobre como é um processo de aprendizado, aprendi a dar nome às coisas. E aprendi muito sobre liberdade também. Quero muito participar de novo! 

E no bloco caiu no Cavalo Babão, eu sempreeeeee quis fazer parte de um bloquinho de carnaval, e acabou que a vocalista que cantava lá eu conheci no Rockcamp hahaha Foi algo bem espontâneo mesmo, a gente deu aula juntas no Camp, e ela falou que estava precisando de vocalista no bloco. E eu entrei, é um bloco de rock, que não é o que eu canto geralmente, mas que eu gosto muito. É uma sensação indescritível cantar no meio do povo, a energia é de outro mundo. Foi algo que me apaixonei mesmo. 

Vero (Foto: Baeni)

Por fim, como você gostaria que os ouvintes se sentissem ao ouvir suas músicas e qual mensagem você espera transmitir por meio da sua arte?

Essa é difícil rs. São muitas coisas. Mas acho que num geral o que eu quero com as minhas músicas é dar nome, ou melhor, dar voz a alguns sentimentos que a gente não sabe muito o que é. Por exemplo, Ladainha é um single que lancei esse ano e que fala sobre isso, a nossa dificuldade de falar o que realmente estamos pensando ou sentindo, e que acabamos falando sobre qualquer outra coisa menos aquilo, tentando nos expressar. E isso tudo acontece porque a gente só aprendeu assim, aprendeu a não ser “mal-educada”, ser simpática e não falar o que realmente está acontecendo, porque pode ser mal visto. Eu quero falar sobre as coisas difíceis, sobre as coisas que doem e que confundem. Dar uma voz àquilo que parece um emaranhado de sentimentos misturados.

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