Entrevista realizada pelo jornalista Luca Moreira com João Carlos Gondim, renomado palestrante e empresário com vasta experiência no mercado imobiliário, oferece uma visão abrangente sobre as recentes transformações no setor. Em sua análise, Gondim destaca a evolução das cotas imobiliárias e o impacto das branded residências de alto padrão no Brasil. Ele também reflete sobre a importância do programa Minha Casa Minha Vida e a sua contribuição social, especialmente após as mudanças de 2023. Com uma carreira que se estende internacionalmente, ele discute os desafios e aprendizados na expansão de seus investimentos para o exterior e como sua formação em instituições renomadas como MIT e Harvard influencia sua abordagem estratégica. Além disso, Gondim explora como a inovação tecnológica, incluindo a inteligência artificial, está moldando o futuro das operações imobiliárias e oferece conselhos valiosos para novos empresários no setor.
Como você avalia as transformações recentes no mercado imobiliário, especialmente no segmento de cotas imobiliárias?
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O mercado realmente passou por muitas transformações recentes e com várias novas tendências e novidades. Dentre elas, eu destaco as branded residências de alto padrão aqui no Brasil, ou seja, grandes incorporadoras em São Paulo, no Sul e em várias partes do Brasil, com projetos assinados de arquitetos super famosos a nível tanto nacional como global, como de marcas super famosas, como Lamborghini, Porsche, Fendi e outras marcas. Além do mais, o mercado se profissionalizou bastante também, especialmente no segmento de cotas imobiliárias, que era um segmento pouco trabalhado, tanto por incorporadoras como por imobiliárias e corretores. Hoje, a maioria das incorporadoras de médio e alto padrão trabalham a questão das cotas imobiliárias, as incorporadoras ficam na SPE e os investidores ficam na SCP com investimento seguro e com a rentabilidade excelente. Então, no tempo que a gente começou a investir em cotas imobiliárias, um exemplo que a gente dá é a Vitacom, que disponibilizava a cota a partir de um milhão de reais. Então, hoje já tem cotas bem mais acessíveis, de 500 mil, 200, 100 mil, até 50 mil reais. Então, o mercado de cotas imobiliárias tende a cada vez mais se desenvolver mais e mais ainda com o crescimento do próprio mercado.
O que o motivou a focar no programa Minha Casa Minha Vida, e como você vê o impacto social das mudanças implementadas em 2023?
Eu comecei lá atrás, há praticamente 20 anos, na incorporação, fazendo Minha Casa Minha Vida, na grande fortaleza, já que eu sou cearense. E é um mercado que naquela época dava bastante dinheiro e dava uma rentabilidade boa e ainda tinha a questão do social, de você realizar o sonho, o sonho das famílias, o sonho do primeiro imóvel, o sonho do imóvel próprio. Então isso gera um sentimento de satisfação e de realização muito grande. Ao longo do tempo os valores não foram sendo corrigidos e ficou muito apertada as margens do mercado imobiliário do Minha Casa Minha Vida. Mas ano passado, em 2023, o governo umentou o valor máximo do Minha Casa Minha Vida para 350 mil. Então, voltou a fazer sentido para nós incorporadores que gostamos de fazer econômico também. A gente está focado hoje mais no alto padrão, aqui em São Paulo e Santa Catarina. Mas já estamos com dois projetos na Zona Leste, três quer dizer. um em Itaquera outro na Vila Matilde e outro projeto na Nalha Franco os principais bairros da Zona Leste e é uma grande satisfação a gente deve lançar esses projetos até o final do ano, até novembro, dezembro tanto tem imagem bem legal, como a gente consegue fazer projetos com qualidade como também é uma satisfação e realização muito grande ver as famílias conseguindo realizar o sonho do imóvel próprio.
Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao expandir os investimentos da JCG Incorporações para o mercado internacional?
Os principais desafios que a gente enfrentou para expandir os negócios das nossas empresas, nossa incorporadora para o mercado internacional foi a diferença de cultura, a diferença de mercado, de moeda. Você tem que aprender tudo do zero, fazer todas as conexões, o network, conhecer construtores, incorporadores, investidores, brokers, aprovação de projetos, porque a gente fez vários projetos lá nos Estados Unidos então, lógico, sempre o conhecimento porque a atitude a gente já tem há bastante tempo, mas sempre o conhecimento e a rede de relacionamento, a rede de contato o network, conhecimento das leis locais, o mercado taxas de juros diferentes, financiamentos diferentes, foram aí os principais desafios aí para para a expansão internacional dos nossos negócios.
Como suas especializações em instituições renomadas como MIT, Harvard, e University of Tennessee influenciam sua abordagem estratégica no setor imobiliário?
Os cursos que a gente fez nos Estados Unidos, principalmente, como na MIT, na própria Harvard, que é uma das melhores universidades do mundo. Eu fiz uma pós-graduação também na University of Tennessee. Então, ela dá uma visão bem macro, bem estratégica, uma visão global. Lógico que você não consegue aplicar tudo o que você vê lá no mercado imobiliário americano, aqui no Brasil. mas o que não se aplica você simplesmente deixa de lado mas muitas coisas se aplicam com certeza que é o mercado imobiliário brasileiro e em outros locais do mundo também então o mercado é um só então tem muitas coisas que se repetem em todos os locais do mundo então o conhecimento sempre é a base de tudo onde tudo começa você tem que ter o conhecimento sempre de ponta aliada a tecnologia e sempre formando aí o melhor time Então você fazer cursos e especializações nas melhores universidades do mundo, com certeza, faz total diferença na nossa vida e nos nossos resultados profissionais e financeiros.