O cantor Bruno, da conhecida dupla sertaneja Bruno e Marrone, contratou os serviços do advogado criminalista e ex-secretário da Justiça de São Paulo, Fernando José da Costa, para atuar no caso em que o artista é acusado de comportamento transfóbico contra a repórter Lisa Gomes da RedeTV!.
A denúncia veio da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) que encaminhou a acusação ao Ministério Público de São Paulo. Recentemente, a defesa do cantor sertanejo requisitou acesso ao procedimento em curso para poder oferecer esclarecimentos.
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O incidente ocorreu durante um evento em São Paulo, em 12 de maio, quando Bruno fez uma pergunta transfóbica à jornalista Lisa Gomes, questionando: “Você tem pau?”. Após o caso ganhar visibilidade na mídia, Bruno se desculpou pelo ocorrido.
Em defesa de Bruno, o advogado Fernando José da Costa disse: “Bruno é um talentoso cantor, que faz da sua profissão uma alegria para milhões de pessoas, nunca teve a intenção de ofender ninguém. Só teve conhecimento da repercussão por meio da mídia. Tanto que, logo quando soube das publicações, ligou para à repórter Lisa Gomes e pediu imediatamente desculpas, com a finalidade de se retratar por eventual ofensa ou constrangimento causado à sua pessoa, bem como à população LGBTQIA+, circunstância digna essa que também foi veiculada pela mídia”.
Lisa Gomes está processando Bruno por transfobia
Lisa Gomes, repórter do TV Fama, confirmou que irá processar Bruno, da dupla sertaneja Bruno e Marrone, por transfobia. A decisão vem após um incidente durante uma entrevista, onde o cantor fez um comentário desrespeitoso sobre a genitália de Gomes.
A BRG Advogados, que representa Gomes, emitiu um comunicado afirmando que “toda e qualquer ação, eivada de preconceito, ainda que disfarçado, que desrespeite a dignidade das pessoas, merece ser fortemente reprimida”.
O incidente ocorreu quando Bruno perguntou a Gomes se ela tinha genitália masculina. Mesmo após Gomes expressar sua incredulidade, Bruno reiterou a pergunta. Segundo Gomes, Bruno pediu desculpas por telefone e atribuiu sua ação ao excesso de consumo de álcool.
“Ele me pediu desculpas, eu aceitei. Depois, perguntou se poderíamos ser amigos, neguei. Não sou amiga de transfóbicos e de pessoas que me fazem mal. Também deixei claro que não tinha condições de conversar mais com ele no momento. As pessoas acham que podem brincar conosco, pessoas trans, como faziam antigamente. Mas eu não sou chacota para ninguém”, declarou Gomes.
A nota da assessoria jurídica reforça que Gomes está bem respaldada legalmente: “A BRG Advogados engendrará seus melhores esforços na busca do bom Direito, de forma a garantir o necessário respeito à Lisa Gomes e à todas as pessoas também atingidas pela inapropriada conduta do cantor”.
Este caso destaca a importância do respeito e da dignidade para todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero. A decisão de Gomes de buscar justiça serve como um lembrete de que a transfobia não deve ser tolerada, seja ela vinda de um cidadão comum ou de uma figura pública.
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