O cantor sertanejo Amado Batista constantemente se envolve em polêmicas, especialmente pelo apoio a Jair Bolsonaro. Dessa vez, após vender uma fazenda por R$ 350 milhões e assumir namoro com uma jovem de 22 anos, a voz de “Secretária” teve um show no Acre investigado pelo Ministério Público por usar verba proveniente da educação para pagar um cachê altíssimo.
Nos últimos dias, após uma declaração do Ministério Público dizendo que iria investigar o caso, a prefeitura de Rodrigues Alves (AC) decidiu cancelar a apresentação de Amado Batista, marcada para o dia 27 de julho. O cantor sertanejo receberia R$ 310 mil pelo show, que seria proveniente da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte.
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Após a polêmica, o jornalista Marcos Bulques entrevistou Amado Batista no canal do YouTube “Conexão Entrevista” e o questionou sobre o cancelamento do show. O sertanejo tomou uma atitude polêmica e disse que não se importou com a perda do cachê, mas que não iria opinar sobre a investigação:
“Fiquei sabendo que cancelaram o show, mas não me preocupei com isso. Fiscalizar o que eles acham que está errado, quem sou eu para me meter em investigação do Ministério Público”, disparou o cantor.
Também questionado sobre o seu cachê de R$ 310 mil para a ocasião, o que para muitos poderia ser um valor superfaturado tendo em vista que a cidade tem apenas 20 mil habitantes, Amado Batista disse: “Eu não sei, só canto”. Veja:
Show de Amado Batista usava verba da educação
Segundo informações do site AC 24 horas, a prefeitura de Rodrigues Alves mudou sua versão após a polêmica envolvendo o pagamento do show de Amado Batista com verba destinada à educação. Em nota de esclarecimento, a prefeitura afirma que o evento seria pago pelo governo do Estado, através de um convênio.
A nota alega que a verba para o show está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias do Município, na Unidade 05.02 referente ao Departamento de Cultura, no projeto/atividade 2.025 de fomento às atividades culturais, religiosas e cívicas.
O prefeito Jailson Amorim defende o valor de R$ 310 mil para o show, alegando ser razoável, uma vez que inclui o translado do artista e de sua equipe em avião próprio, além dos instrumentos musicais. Amorim destaca a dificuldade logística para contratar artistas nacionais, devido à limitação da malha aérea que atende a região do Juruá, que conta com voos apenas duas vezes por semana, durante a madrugada.
Amorim ressalta os benefícios econômicos trazidos pelas festividades do aniversário de Rodrigues Alves, incluindo o Festival da Banana, que em 2022 movimentou cerca de R$ 5 milhões de forma direta e indireta para os microempreendedores locais. No entanto, a prefeitura não informa o número do convênio firmado com o governo do Estado nem a data para a realização do show de Amado Batista.
Contudo, o governo do Estado nega o pagamento do show e afirma, por meio de nota, que não possui convênio com a prefeitura de Rodrigues Alves para tal contratação. O governo menciona a intenção de firmar parceria para a realização do Festival da Banana, sem citar valores, e esclarece que a responsabilidade pelos contratos e emprego dos recursos é da prefeitura.
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