Prefeitura do MT desembolsa mais de R$ 600 mil para contratação de dupla sertaneja e gera polêmica

O prefeito Fábio Marcos de Faria, do município de Canarana, em Mato Grosso, está sendo alvo de críticas após autorizar contratos altíssimos para shows durante a 28ª Feican (Feira Industrial, Comercial e Agropecuária). O destaque vai para a contratação da dupla sertaneja Hugo e Guilherme, que receberá nada menos que R$ 604 mil para se apresentar por uma hora e meia.

Com uma população de aproximadamente 26 mil habitantes, o município do Araguaia tem chamado atenção pela farra com dinheiro público. Além do contrato milionário com a dupla sertaneja Hugo e Guilherme, a prefeitura também fechou um acordo com a cantora Naiara Azevedo, que receberá mais de R$ 200 mil para se apresentar na noite anterior ao show da dupla.

A decisão do prefeito vem causando indignação entre os moradores, que questionam a utilização dos recursos públicos. Em um momento de crise econômica e dificuldades financeiras enfrentadas por muitos municípios brasileiros, a alta quantia investida em cachês para artistas renomados é vista como um gasto desnecessário.

A Feican é um evento tradicional na região e costuma atrair visitantes de diversas cidades próximas. No entanto, a escolha de artistas renomados e os altos valores pagos por suas apresentações têm gerado debates sobre a prioridade dos investimentos públicos. Enquanto alguns defendem que os shows são importantes para atrair público e fomentar a economia local, outros questionam se esse dinheiro não poderia ser melhor aplicado em áreas como saúde, educação e infraestrutura.

Diante das críticas, a prefeitura ainda não se pronunciou sobre o assunto. É importante ressaltar que a contratação de artistas para eventos é comum em todo o país, porém, o valor investido em Canarana chama a atenção pela discrepância em relação ao tamanho do município e aos recursos disponíveis.

A população espera que as autoridades responsáveis avaliem a situação e prestem esclarecimentos sobre os critérios utilizados na escolha dos artistas e nos valores dos cachês. A transparência e a responsabilidade no uso do dinheiro público são fundamentais para garantir a confiança da população e evitar desperdícios.

Em meio a uma crise hídrica sem precedentes, a cidade de Campo Alegre de Lourdes, na Bahia, se vê no centro de uma polêmica envolvendo a contratação do show milionário do cantor Gusttavo Lima. Com um cachê estimado em R$1,3 milhão, o evento programado para 9 de fevereiro, durante a festa da padroeira da cidade, gerou críticas e levou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) a intervir. Esta matéria explora as nuances desta controvérsia, destacando a tensão entre a celebração cultural e a realidade de uma comunidade lutando contra a adversidade.

Campo Alegre de Lourdes, um município de aproximadamente 30 mil habitantes, enfrenta uma severa seca que levou à declaração de situação de emergência. Em contraste, a prefeitura planejava gastar mais de R$1,3 milhão em um único show, valor que excede o orçamento anual da Secretaria de Cultura. O MP-BA, citando a desproporcionalidade dos gastos frente às necessidades urgentes da população, acionou a Justiça para impedir a realização do evento. A decisão judicial favorável ao cancelamento do show reflete um debate mais amplo sobre responsabilidade fiscal e priorização de recursos em contextos de crise.

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