A literatura tem o poder de refletir a sociedade em sua totalidade, e J. D. Netto acredita que a inclusão de narrativas diversas é essencial para promover empatia e mudanças culturais. Durante uma entrevista exclusiva, o autor compartilhou sua visão sobre a importância de trazer representatividade para suas obras e como isso impacta os leitores.
“O mundo não é só preto e branco. Nós temos uma coisa de cores, né? Toda afinação tem que ter a raiz da realidade. No final, a gente se conecta com os sentimentos humanos, e isso precisa estar refletido nas histórias que contamos”, explicou Netto.
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O escritor, que vive entre culturas e aborda temas como imigração, identidade LGBTQIA+ e questões sociais em suas obras, também destacou os desafios de incorporar personagens diversos. Ele citou como exemplo a recepção de seu livro Mortal Crowns, que explora a relação entre o filho de Lúcifer e um criador. “Sabia que ia causar impacto, mas acredito que o papel da literatura é fazer as pessoas pensarem. Se não é para te fazer conversar, então para quê?”
A vivência multicultural de Netto é uma grande influência em suas histórias. Crescido em um ambiente que exigia trocas constantes entre as culturas brasileira e americana, ele desenvolveu uma perspectiva única sobre o mundo. “Minha mente se acostumou a trocar de cultura muito rápido. Isso me trouxe empatia para entender diferentes narrativas e olhar para o mundo com mais amor.”
Para Netto, a literatura é uma ferramenta transformadora. “A arte muda culturas, pensamentos e é um mapa da história em tantos momentos. Desde pequeno, compreendi que queria seguir por esse caminho.”
Com obras que desafiam estereótipos e ampliam horizontes, J. D. Netto reafirma o papel da literatura como um reflexo das diversas cores do mundo, trazendo diálogos necessários para a sociedade contemporânea.