Enquanto acompanha os shows e comemorações do festival ‘Rock in Rio’, o artista Carmo Dalla Vecchia fala sobre a importância do processo de preparação cênica para a criação de seus personagens na teledramaturgia brasileira. Em ‘Cara e Coragem’, atual novela das sete escrita por Claudia Souto, o intérprete dá vida ao ilustrador Alfredo.
Em entrevista, o ator enfatiza que em determinadas cenas da novela precisa contracenar junto ao dublê, para que a representação aos espectadores se torne mais fiel. De acordo com ele, instruções e preparações técnicas foram necessárias, mas ressalta que “sempre tem um dublê de mão quando é preciso aparecer realmente o desenho”.
Sobre não ter aprendido de fato a desenhar, Carmo Dalla Vecchia revela: “Eu pensei: ‘Eu já faço tanta coisa na minha vida, eu já toco piano, eu já tenho filho pequeno, eu já toco guitarra, aprender a desenhar agora aos 50 tá difícil’. Eu já faço muita coisa, se eu inventasse mais isso não ia ter tempo pra dormir”, brinca.
Na construção dos personagens, o artista compara o processo de interpretação como uma sessão de psicanálise. “Acaba sendo uma grande sessão de psicanálise esses personagens que eu faço. Tive a sorte de, desde o início, pegar personagens muito marcantes, o primeiro que eu fiz na televisão tinha complexo de édipo”, lembra.