A gaúcha Bahala Sudan, de 24 anos, teve que enfrentar diversas situações de assédio sexual envolvendo os próprios chefes antes de se tornar uma promessa do OnlyFans e Musa do Privacy, as já conhecidas plataformas adultas.
Com contas para pagar, ela tentou segurar o emprego com carteira assinada ao máximo, até o dia que sofreu uma “investida mais forte” no estoque da loja onde trabalhava e decidiu dar um basta na situação.
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“Em todos os empregos que tive sofri assédio”, lamenta. “Enfrentava porque precisava do emprego, a mulher percebe fácil quando há segundas intenções. Todo dia tinha uma brincadeira, um olhar safado… Um dia eu precisei subir no estoque, meu chefe veio atrás de mim, se aproximou e pegou forte na minha bunda. Nunca dei motivo para ele pensar que podia fazer aquilo”, conta.
Cansada de tanto assédio e já traumatizada com essa situação se repetindo nas empresas em que trabalhou, Bahala decidiu empreender. Começou a fazer salgadinhos para vender na praia onde morava. A rotina era pesada, principalmente nos dias mais quentes, quando o sol parecia duplicar o peso do isopor.
“Trabalhava todos os dias do mês, trinta dias acordando cedo e encarando o sol escaldante. Só conseguia vender 40 salgados por vez porque não aguentava o peso. Não tinha folga e nem final de semana, mas era melhor. Precisava fazer um bom dinheiro na alta temporada porque chegava a ponto de passar necessidade nos meses mais frios. Foi uma época sofrida”, lembra.
Sem faturar muito nos meses de julho a setembro, Bahala ficou sabendo das plataformas de conteúdo +18 por meio de uma amiga e decidiu experimentar. Na época em que vendia salgados, sua renda média era de R$ 3 mil. Agora seu faturamento chega a R$ 30 mil por mês, 10 vezes mais.
“Nunca tinha feito fotos sem roupa, achava que não ia conseguir faturar muito, mas ainda assim decidi tentar. Sempre fui exibicionista. Antes de tudo estudei por uma semana as plataformas, montei uma estratégia e divulguei nas redes sociais. Foi uma surpresa! Fui dormir sem um real na conta e quando acordei tinha feito R$ 4 mil. Foi aí que decidi parar de vender na praia”, lembra.
Ainda na época em que vendia salgados, ela resolveu apostar na carreira como DJ, algo que ela já ensaiava há alguns meses. “Já tinha essa vontade e percebi que poderia conciliar as duas coisas. Aprendi muito, toquei em festivais e até no Uruguai. Hoje vivo de conteúdos adultos e da música. Estou mais feliz, realizada e nunca mais tive que admitir assédio”, resume.