Andor, Uma História Star Wars 2: paixão, rebelião, o final

Andor, Uma História Star Wars 2: paixão, rebelião, o final.Diego Luna, astro e um dos produtores da série, e o cinesta Tony Gilroy, criador e produtor executivo da aventura, conversaram com exclusividade desde Los Angeles ,via Zoom, com os jornalistas que votam nos melhores do cinema e da tv americana para o tradicional prêmio de Hollywood, o Globo de Ouro. Os jornalistas estavam localizados em diferentes países. Este colunista do Observatório dos Famosos , integrante do corpo de jurados do prêmio, participou da entrevista coletiva.

A série chega ao Brasil nesta terça-feira, dia 22 de abril, na Plataforma Disney +.

REVOLUÇÃO

Diego Luna – Sou apaixonado por este projeto porque conseguimos realizar uma idéia que tivemos há seis anos de contar uma estória muito honesta, muito realista, tão realista quanto pode ser em uma galáxia muito, muito distante, uma estória realista sobre pessoas que desejam que a mudança aconteça, sabe? O que precisa acontecer para encontrar a força em uma comunidade, sabe? A força para organizar um movimento, uma rebelião, uma revolução. O que precisa acontecer para que uma revolução ecloda, sabe? Essa era a ideia. E eu acho que conseguimos.

E conseguimos porque temos um ótimo material escrito por Tony Gilroy. Temos um grande líder em Tony. Mas também montamos uma equipe de atores, designers e técnicos incríveis por trás deste projeto. E imaginamos algo grandioso, e é realmente grandioso, você sabe. E chegamos ao final sem precisar mudar de ideia, sem ter que desistir das nossas expectativas, e estou muito orgulhoso disso, observou o ator.

Tony Gilroy, produtor executive e criador do seriado, explicou que um dos maiores desafios para trazer uma aventura destas proporções para a televisão é equilibrar a exigência do público por produções cada vez maiores com as limitações do orçamento.

TONY: Uau, pergunta complicada. Quero dizer, pergunta fascinante. Você poderia passar horas falando sobre isso.  

TONY: Olha, em resumo, começamos isso, foi quase como Pearl Harbor. Foi literalmente assim: precisamos de grandes shows, grandes shows. Construa-nos uma catedral. Construa um porta-aviões. Esse era o mandato. Você sabe, Game of Thrones estava por aí. O streaming ia ser tudo. Então, o mandato no começo era, você sabe, adesão. Dissemos, faremos oito episódios. Eles disseram que queriam 12. E então, foi tipo, tudo bem. A escala era tudo.  

TONY: Então, construímos uma máquina que faria aquela primeira temporada. E eu voltarei ao sistema em um segundo. A segunda temporada, no momento em que estamos lançando, porque leva tanto tempo para fazer o show, bem, como você bem sabe, isso realmente, realmente mudou. Tudo havia encolhido. O streaming não era a galinha dos ovos de ouro que todos achavam que seria e, bem, você sabe.

TONY: Isso foi um grande despertar para todos e muitas decisões desafiadoras para nós, para a Disney, e uma grande aposta. Iger havia voltado e, você sabe, você está pedindo muito dinheiro e eles estão demitindo pessoas. É muito complicado. Sabe, o que você faz? E não tínhamos uma versão mais enxuta do show, sabe? É como mobiliar Versalhes ou algo assim. Você não pode usar móveis baratos, não pode.

TONY: Você sabe, é como se a nossa filosofia sobre fazer este show, no entanto, fosse uma das coisas que nos permitiu continuar. Nunca desperdiçamos um centavo. Nunca desperdiçamos nada. Refizemos uma coisa na sequência de abertura, apenas porque achávamos que os diretores estavam sendo tímidos e queríamos que eles fossem corajosos. Usamos tudo. Eu diria que provavelmente fomos um dos shows mais eficientes que eles já tiveram na rede.

TONY: Então, nos preparamos como loucos. Fomos muito caros, mas cada coisinha que conseguimos aparece na tela. Acho que essa é a chave para trabalhar em grande escala. Sei que há muitos outros grandes shows que assistimos e você vê desperdício, refilmagens, reconstruções e tudo mais. Nós nunca fizemos nada disso. Tudo o que fizemos foi preciso, do começo ao fim. E eu acho que isso, e então eu penso, sabe, o apoio crítico que recebemos da primeira temporada.

TONY: Eu acho que essas são as coisas que nos deixaram escapar e deram a eles a confiança para arriscar. Essa é uma resposta longa para uma pergunta, mas é um tópico muito grande, explicou o cineasta.

A ORIGEM DO SERIADO

A estória foi criada pelo roteirista Tony Gilroy, indicado ao Oscar pelo suspense Conduta de Risco com George Clooney. A aventura destaca os elementos de intriga política e guerrilha que sempre fizeram parte de Guerra Nas Estrelas com uma narrative mais sofisticada.

A trama mostra as origens da Guerra em Guerra nas Estrelas. Andor mostra ditadores e dissidentes, ambientado em vários planetas, com um elenco colorido de personagens que têm opiniões muito diferentes sobre como esta galáxia distante deve ser governada.

O filme original de 1977 Guerra Nas Estrelas começa com a diplomata rebelde Leia Organa (Carrie Fisher) carregando os planos de uma mega-arma capaz de destruir planetas no droide R2-D2, que então leva esses planos ao Cavaleiro Jedi Obi-Wan Kenobi (Alec Guinness) e ao fazendeiro Luke Skywalker (Mark Hamill), era o começo da saga. Quase 40 anos depois, em 2016, a Lucasfilm e os Estúdios Walt Disney lançaram Rogue One, Uma Estória Star Wars. Este filme os eventos antes da aventura em Guerra nas Estrelas, como os guerrilheiros que roubaram esses planos.

PRIMEIRA TEMPORADA DE ANDOR

A primeira temporada de “Andor” começa cinco anos antes de “Rogue One” e cobre as origens da Aliança Rebelde que, na época de Guerra nas Estrelas de 1977, já havia se tornado organizada o suficiente para ter uma hierarquia definida, estratégias de longo prazo e frotas de naves de combate. Em “Andor”, por outro lado, a rebelião é mais dispersa, manifestando-se principalmente em planetas mais pobres, onde as exigências excessivas do Império Galáctico podem levar uma população frustrada a responder com violência.

O personagem central  Cassian Andor é interpretado pelo ator Diego Luna. Ele é um ladrão e mercenário experiente que tem uma rixa com o Império, que despojou seu planeta natal de seus recursos naturais, tornando-o inabitável. Quando a série começa, Cassian não faz parte de nenhum grupo rebelde. Ele é, na maior parte, um lobo solitário, egocêntrico e movido por lucro. Mas, após matar dois oficiais de segurança corporativa ligados ao Império, Cassian se torna um fugitivo desesperado, disposto a fazer qualquer coisa — tornando-se assim o candidato perfeito para as missões dos dissidents, inimigos do Império.

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Jânio C.V.Nazareth, Los Angeles