Estréia

Nicolas Cage Conta Quem Inspirou Drácula de Renfield

Renfield, Dando Sangue Pelo Chefe estreia quinta-feira, 27 de abril de 2023

Publicado em 27/04/2023
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Los Angeles-Renfield, Dando Sangue Pelo Chefe chega aos cinemas com o desafio de encontrar o equilíbrio entre o humor e o terror. Segundo o astro Nicolas Cage, os fãs podem conferir o resultado a partir da estréia nesta quinta-feira, dia 27 de abril.

Nicolas Cage faz o papel de Drácula, o ator Nicholas Hoult (O Menu) vive o atormentado Renfield. Sob a direção de Chris Mckay (Lego Batman: O Filme; A Guerra do Amanhã), o filme conta a estória de Renfield, o fiel escudeiro do conde Drácula. Paciente de um manicômio há várias séculos ele sonha em poder viver longe do Conde exigente, na sua busca constante por vítimas para satisfazer sua sede por sangue.

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Nicolas Cage explica o desafio maior ao realizar esta produção. “Acho que foi mais tentar encontrar o tom. Estou tentando encontrar o equilíbrio entre a comédia e o terror”.

Cage cita o  clássico do diretor John Landis, lançado em 1981, Um Lobisomem Americano em Londres como filme que acerta o tom ideal entre comédia e terror. 

“Eu estava apenas tentando estar consciente do tom desta peça em particular. É uma fantasia para menores, mas é hilário. E esse é um equilíbrio que você precisa encontrar. E, felizmente, o Nic (Hoult, colega de elenco) é alguém que tem um ótimo talento  cômico, então somos capazes de ajudar um ao outro. Eu estava sempre pensando nisso”, observa o ator. 

Quem inspirou Drácula do filme novo

A primeira vez que a lenda de Drácula chegou aos cinemas foi em 1931. O ator americano Bela Lugosi interpretou o personagem na produção intitulada Drácula. Desde então muitos dos grandes nomes da dramaturgia viveram o temido conde, entre eles Christopher Lee, Gary Oldman, Morgan Freeman, Gerard Butler e George Hamilton. Nicolas Cage revela que se inspirou num dos grandes nomes desta galeria para criar o personagem, além do próprio pai , já falecido, August Coppola. Irmão do diretor Francis Ford Coppola, ele foi escritor, professor, executivo de cinema e um dos nomes de destaque na promoção da arte nos Estados Unidos. 

“Eu queria canalizar um pouco daquela voz da Transilvânia. De modo geral, meu Drácula favorito é Christopher Lee, que tinha um sotaque britânico. Meu pai foi a maior influência para o Drácula, que tinha um sotaque meio americano, meio britânico. O que eu não queria era ter um sotaque ridículo. Este foi um ótimo ponto de partida para criar a fala desse Drácula”, revela Cage. 

O inglês Christopher Lee viveu o conde Drácula em 10 filmes, entre 1958 e 1976

Lee estrelou pela primeira vez como o Senhor da Morte em Drácula de 1958 (lançado como Horror do Drácula nos Estados Unidos) da Hammer Film Productions. Ele iria interpretar o personagem em seis sequências para a Hammer, bem como em produções espanholas, francesas e americanas. Lee também desempenhou papéis de vilão em A Maldição de Frankenstein, A Múmia e Rasputin O Monge Louco para a Hammer, consolidando sua reputação como um ícone do cinema de terror. Ele acabaria se mudando para Hollywood e aparecendo em franquias de grande sucesso, como as prequelas de Star Wars e a trilogia O Senhor dos Anéis, além de várias colaborações com Tim Burton. Lee foi nomeado cavaleiro pela rainha Elizabeth da Inglaterra por seus serviços em 2009. Ele faleceu de causas naturais em 2015 aos 93 anos

O autor irlandês Bram Stoker numa foto de 1906

A origem do personagem Drácula

O autor irlandês Abraham “Bram” Stoker lançou a novela de terror gótico Drácula em 1897. Nicolas Cage e o colega de elenco, Nicholas Hoult realizaram uma pesquisa sobre a história do personagem desde a origem para criar a versão atual, como explica Nicholas Hoult. “Voltamos muito ao romance para entender como Renfield começou como personagem, para ver como esses personagens se desenvolvem ao longo desse tempo” revela o ator. 

“É por isso que eu amo o trabalho que o Nic (Cage) fez. Esses dois personagens estão juntos, eles se amam, mas também estão se atormentando, há uma grande carga emocional, eu acho”, conclui Hoult. Hoult, compara o estado emocional do personagem Renfield com o estado mental de alguém que vive a intensidade do começo de um romance. 

“Eu acho que o Renfield, quando ele está pela primeira vez sob o controle de Drácula, várias vezes ele vive uma selvageria e loucura,ele perde um pouco os sentidos”, explica Hoult. 

“Eu acho que nesta estória a loucura é como o começo de um amor quando as substâncias químicas dentro do seu cérebro estão agindo, você não tem certeza do que está acontecendo. Então, quando essas substâncias químicas diminuem, ele fica mais subjugado”, finaliza ele.

Nove quilos de maquiagem

Além de equilibrar a comédia e o terror na estória, outro desafio para o ator Nicolas Cage foi usar 9 quilos de maquiagem e , ainda assim, conseguir mostrar as expressões faciais do personagem,essenciais para dar credibilidade à  atuação. “Muito pode ser transmitido com a voz e os olhos, e mesmo que eu tenha 9 quilos de maquiagem, a performance ainda pode ser transmitida com a voz e os olhos. Isso é realmente o que eu aprendí com isso (o filme),” conta Cage.

Jânio C.V.Nazareth é repórter em Los Angeles cobrindo Hollywood.

@JanioNazareth

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