“Chorei muito com a sensação de que não ia ficar boa nunca”, diz Thalita Rebouças sobre problema de saúde

Publicado em 19/07/2024 16:24
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Imaginem uma das maiores escritoras do país, que vende milhões de livros, ter problemas em suas mãos, que são as principais ferramentas de seu ofício. Foi isso que aconteceu com a escritora Thalita Rebouças que desenvolver LER – lesões de esforços repetitivos e sentia muita dor.

Médico analisa lesão por esforço repetitivo da escritora e alerta: esse é um dos principais motivos de afastamento no trabalho por doença

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Assim como a escritora Thalita Rebouças, que dividiu com seus seguidores que desenvolveu LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e sentia muita dor, muitas pessoas sofrem com essa doença ocupacional. O Ministério da Saúde e a Norma Regulamentadora número 17 (NR 17) estabelece várias recomendações ergonômicas relativas ao ambiente do trabalho, dentre elas a de que o trabalho efetivo de digitação não pode ultrapassar 5 horas por dia e que a cada 50 minutos de digitação deve haver uma pausa de 10 minutos. Segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, o último levantamento (2019) mostrou que quase 39 mil trabalhadores foram afastados do trabalho devido a esse tipo de adoecimento.

Para deixar claro, a LER são lesões causadas por repetições múltiplas ao longo de um tempo prolongado (podem ser meses ou anos) de um esforço pequeno, incapaz de causar uma lesão isoladamente (por exemplo teclar, escrever), mas que por um efeito cumulativo acaba por levar a uma lesão. As principais queixas relacionadas são dor localizada, irradiada ou generalizada; desconforto; fadiga e sensação de peso, principalmente em membros superiores e coluna vertebral.

O Ortopedista Dr. Carlos Cedano ressalta que isso pode acontecer em diversos locais, dependendo de onde está ocorrendo o esforço repetitivo. Por conta disso, é sempre melhor prevenir. “Ela tem cura, mas quanto mais cedo o tratamento, melhor e mais rápido o resultado. Em alguns casos, quando o tratamento demora demais, pode se tornar irreversível, conseguindo-se melhora, mas não cura”, alerta.

O especialista em trauma e cirurgia da mão também explica pode ser prescrita a imobilização e uso de anti-inflamatórios em casos de dor muito forte para alívio dos sintomas, mas apenas por um curto período de tempo, com o objetivo de obter melhora do quadro agudo. “Quando adotamos sse tipo de conduta devemos seguir com tratamento fisioterápico, alongamento e depois fortalecimento, quando um pouco melhor. O gelo também é muito útil. A longo prazo a imobilização não é usada e pode ser, inclusive prejudicial. Ressalto que o uso prolongado de anti-inflamatórios também pode causar problemas ao organismo e não é indicada”, lembra. No caso da jornalista, o fortalecimento dos músculos com exercícios monitorados fez diferença no tratamento do quadro, segundo o que ela mesma informou em vídeos nas redes sociais.

Cedano lembra que a prevenção é o melhor tratamento. “Alongamentos, fortalecimento orientado e educação postural/ergonomia são fundamentais para evitar o surgimento da LER”, pontua. E finaliza: “O fortalecimento, que pode começar na fisioterapia e depois continuar na musculação, é muito importante para tornar os músculos e tendões mais resistentes aos esforços repetitivos e evitar problemas”.

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