Léo Santana estava no sítio dos amigos Henrique e Juliano quando ouviu pela primeira vez a música 10 Beijos de Rua – uma composição de Elvis Elan, Ricardo Bismarck e Ronael. Imediatamente, se interessou. A música ficou guardada por sete meses, até que o cantor decidiu usá-la para abrir seu novo EP, Inovando, que acaba de chegar a todas as plataformas digitais.
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“A gente estava lá no sítio fazendo aquela resenha, bebendo algo, queimando uma carne e tal. O Elvis pegou o violão e começou a mostrar diversas canções para Henrique e Juliano gravarem. Eu estava meio que de penetra e prestando atenção [risos]. Quando ele terminou de tocar essa música, Henrique não quis. E eu logo falei: Você não vai gravar não? Posso gravar? Aí guardei a música até o momento certo”, disse o baiano ao Observatório dos Famosos, durante bate-papo realizado na sede da Universal Music, no Rio.
Satisfeito com a escolha da nova música de trabalho, Léo diz que até mesmo quem nunca sofreu por amor vai ficar balançado ao ouvir 10 Beijos de Rua. Inclusive, ele já recebeu vídeos de pessoas dizendo exatamente isso.
“Teve uma vez que uma mulher falou que nunca teve um namorado, mas que estava sofrendo só de ouvir. Rola muito isso. A música é forte.”
Acostumado a levantar a plateia com músicas em ritmo de axé e pagode, Léo agora passeia por diversos estilos musicais com o novo EP. Além da “sofrência” sertaneja, há canções influenciadas pelo pop, reggae, trap, entre outros.
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“É um projeto totalmente novo, diferente do que estou acostumado a fazer. São sete canções em que passeio por todos os gêneros. 10 Beijos de Rua, que vem com o clipe, está sendo o carro chefe. […] O mercado está consumindo isso. Está em alta o trap, esse rap mais romântico e ousado. O sertanejo é uma realidade de fato no Brasil todo. E tem também o meu movimento que é o pagode, a minha verdade. Cresci fazendo isso. Sou o Léo Santana devido a esse gênero.”
Única parceria do cantor no EP, a música Uma Lá, Duas Cá, é cantada ao lado de Maiara e Maraisa. “Eu as conheci através de shows. Somos da mesma produtora e de palco em palco criamos um vínculo e uma amizade muito bacana. Trocamos contato e começamos a desenrolar a parceria. É bacana que elas conhecem meu repertório desde Parangolé”, disse.
Ele revelou também que gravou uma segunda canção em parceria com a dupla, que será lançada mais para frente. “A outra é mais zoeira, coisa de galerinha, de cachaçada. Essa música que foi escolhida para o EP é mais suave”.
CARREIRA SOLO
Há 4 anos longe do Parangolé – grupo que liderou por 7 -, Léo Santana faz um balanço da carreira solo e disse que amadureceu tanto na vida pessoal como profissional.
“Musicalmente eu cresci muito também e minha banda cresceu junto comigo, porque não adiantaria eu crescer se os caras não acompanhassem. Eles abraçaram a minha ousadia de gravar outras coisas, de ter mais atitude. Creio que Léo Santana solo me trouxe isso”, afirmou.
Em seguida, disse: “Eu já tive muita liberdade no Parangolé, mas era um outro momento. Era a hora de mostrar quem eu era, a dança e a sensualidade da Bahia. Hoje em dia já não me comporto mais assim. Até meu modo de me vestir é outro. A idade vai chegando e a gente vai amadurecendo (risos). Creio que hoje estou no meu melhor momento. Mas tenho saudades deles sim”.
Atualmente, o cantor baiano faz cerca de 22 shows por mês. Ele vai incluir algumas músicas do novo EP em sua atual turnê, Baile da Santinha.
Apesar da rotina corrida, Léo não deixa a saúde de lado: “É pesado, mas eu dou prioridade para me cuidar. Arrumo tempo para isso. Faço musculação, aeróbico e a própria dança em si ajuda muito. Tenho boa alimentação também. O que atrapalha um pouco é a falta de descanso. A logística das apresentações é complicada. Se fosse só fazer o show, sem deslocamento, seria incrível.”