Vencedor da segunda edição do The Voice Brasil, Sam Alves assumiu a homossexualidade na última terça-feira (7). Pela primeira vez, após a revelação o cantor contou por que decidiu assumir a sexualidade.
“Jesus disse: “…e a verdade vos libertará.” Eu me aceitei como um homem gay há alguns anos já. Mas não tinha contado à minha família até recentemente. Eu quis ter a oportunidade de poder dizer a verdade e ao mesmo tempo tentar explicar que não é tão fácil quanto pensam expor publicamente sua sexualidade, especialmente para alguém que trabalha no meio artístico, e filho de dois pastores. E eu não queria projetar uma carreira, e a minha vida toda, envolta de uma imagem de uma pessoa que eu não sou”, disse o cantor ao site EGO.
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Sam Alves disse à publicação que não assumiu antes porque estava focando na carreira. “Sempre fui uma pessoa que preferia preservar a minha privacidade. Antes do ‘The Voice Brasil’ e antes de ser jogado na luz dos holofotes da mídia, eu sempre tive que discernir o que deveria expor da minha vida ou não, até para as pessoas mais próximas de mim. Após ganhar o ‘The Voice Brasil’, eram milhares de mensagens, entrevistas, e perguntas sobre a minha vida pessoal, inclusive sobre a minha sexualidade. Achei melhor dizer ‘não sou gay’ quando fui abordado por essas perguntas publicamente no passado. Era melhor para mim, na época, porque ainda não tinha me aberto com a minha própria família e amigos mais próximos, e não seria através da mídia que iria fazer isso”, revelou o campeão da segunda edição do The Voice Brasil, filho de dois pastores.
O cantor aproveitou para rebater as críticas que recebeu quando assumiu a homossexualidade. “Não me passei por “homem da igreja”. Não sei nem o que isso quer dizer. Se entenderam eu falar da minha criação na igreja e fé em Deus como me fazer de “santo”, nunca fui e nunca serei. Não sou perfeito, tenho muitos defeitos, e muito o que aprender. Deus não nos criou seres humanos perfeitos.”
E afirmou que continua frequentando os cultos de uma igreja evangélica. “Continuo indo à minha igreja. Continuo tendo a minha fé. Continuo lendo a minha bíblia, orando, e tendo o meu relacionamento pessoal com Deus. A pessoa que senta ao meu lado na igreja não é obrigada a concordar comigo. Mas não estou ali por elas, estou ali porque amo à Deus, e ser gay não muda isso. E não será nenhuma pessoa que irá me dizer que Deus não me ama ou que Ele me rejeita, ou que eu estou fora dos braços d’Ele.”