Karol Conká teve uma passagem bem polêmica pelo BBB 21, mas, quem achou que a carreira da cantora havia acabado, se enganou. Isso porque recentemente ela lançou o single ‘Dilúvio’ e já conseguiu mais de 2 milhões de reproduções no Spotify.
Mas, quem quiser ouvir o álbum de 2013 da canta, intitulado “Batuk freak”, não poderá. O motivo? Bom, o disco foi tirado oficialmente do ar em abril, por Nave Beatz, produtor do trabalho que traz canções como “Gandaia”, “Boa noite”, “Farofei” e “Maracutaia”, ele revela nunca ter recebido dinheiro pelos direitos autorais. Em entrevista ao portal G1 ele deu alguns detalhes.
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“Em resposta ao depoimento que ela deu no documentário. É um devaneio e uma viagem bizarra. Antes de sair, eu já sabia que ela tinha falado aquelas coisas sobre mim e minha esposa. Fiquei oito anos vendo ela ganhar em cima desse disco. Tenho minha parte autoral garantida. Só que eu, nunca recebi nada de ‘royalties’ (direitos de execução, como produtor fonográfico)”, disse Nave Beats, que continuou.
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“Quando eu mandei a ficha técnica para (a gravadora) Deckdisc, que distribuiu o disco, ficou bem claro que eu sou produtor fonográfico. Eu tinha deixado quieto, não queria mais me incomodar com a Karol. Não queria entrar na Justiça, não estava psicologicamente preparado para isso. Tem muita gente que nem reivindica esses direitos, porque não tem noção das cifras da parte digital, que é infinitamente maior do que o streaming para a parte autoral. A execução pública que o streaming paga chega a ser ofensiva para os autores. A gente precisa começar a discutir sobre os royalties.”
“Eu tenho o direito autoral assegurado, isso é de praxe. Já passamos não sei quantos anos discutindo essa coisa de o ‘beatmaker’ (produtor das bases no rap e na música eletrônica) ter direitos. A nova discussão é sobre os royalties, principalmente no mundo de streaming”, afirmou o produtor.
“Eu, como produtor, pessoa responsável pela feitura desse disco, ajudei a escrever, a fazer refrões, fiz quase 60 ‘beats’ para chegar às 12 músicas, acompanhei durante dias e noites o processo de mixagem e masterização com meu parceiro Luiz Café. Dei nome ao disco. Tinha a ideia de que era um batuque maluco, um batuque meio “frito”, de onde vem o nome “Batuk freak”. Tirei a foto da capa, ajudei a minha esposa (Drica Lara, que foi produtora de Karol) a fazer aquela capa”, disparou.
“Muita gente pergunta: por que esse disco não é assinado como Karol Conká e Nave Beatz? Porque eu estava na função de produtor, tentando tirar o melhor daquela artista. Por tudo isso que eu fiz pelo disco, eu, o mínimo, tinha que ter 50% de todos os royalties. Mas oito anos depois ela voltar atacar a mim e a minha esposa de uma maneira descabida. Por uma coisa que só ajudou ela, só fortificou e fez a base da carreira dela. Agora eu quero o que é meu por direito.”
Questionado se existe chance de conversa, Nave deixou claro que com Karol Conká não existe, mas com seu advogado isso pode acontecer. “Com a Karol Conká não existe chance nenhuma, mas com advogado dela falando com a minha advogada, acho que existe muito. Só quero resolver a situação, que as coisas estejam certas. Sei que esse álbum foi fundamental para muitas pessoas.”