A partir do conceito de que o Museu da Língua Portuguesa é a casa do nosso idioma – uma casa reconstruída após o incêndio que a atingiu, em dezembro de 2015, e que será reaberta no próximo dia 31 de julho -, entra no ar nesta terça-feira a campanha digital de reinauguração do Museu. Com o slogan “Museu da Língua Portuguesa: A casa de toda a gente”, a campanha estará na TV e nas redes sociais do Museu com filmes de 12 artistas, que representam diferentes sotaques, identidades e culturas da língua portuguesa falada ao redor do mundo. A estreia será nesta terça-feira, dia 13 de julho.
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Nos vídeos, escritores, músicos e atores leem, declamam ou cantam trechos de músicas, textos e poemas que refletem sobre a ideia de “casa” ou sobre a língua portuguesa, um ‘lar’ que une os falantes do português. O contexto da pandemia de COVID-19, que levou as pessoas a ficarem em casa, também se incorpora ao conceito: os vídeos foram captados remotamente, de maneira caseira, e mostram um pouco do ambiente ondem moram os artistas.
Na estreia, nesta terça-feira, o músico Geraldo Azevedo canta “Casa Brasileira”, canção sobre o assunto e cuja melodia é o tema musical de toda a campanha. Ao longo do mês, a série trará os cantores e compositores brasileiros Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Arnaldo Antunes, Mart’nália e Rincón Sapiência; o músico português António Zambujo; o escritor angolano José Eduardo Agualusa; os autores brasileiros Ailton Krenak e Conceição Evaristo; a escritora portuguesa Matilde Campilho; e a atriz Roberta Rodrigues, que evoca a escritora Carolina Maria de Jesus. (Veja lista completa das obras abaixo)
Os filmes serão disponibilizados no Instagram, Facebook, Linkedin e Twitter do Museu da Língua Portuguesa, além das redes dos parceiros da reconstrução. Assista ao primeiro vídeo aqui:
A concepção e curadoria é do jornalista Hugo Sukman e a direção, de Paulo Mendonça e Bernardo Mendonça, com produção da Calabouço Filmes. “Queremos mostrar que o Museu da Língua Portuguesa é a casa da nossa pátria comum: a língua portuguesa, como queria Fernando Pessoa. Nosso idioma é o que une essa gente toda muito diferente e espalhada pelo globo”, define Sukman. Para a gerente de Patrimônio da Fundação Roberto Marinho, Larissa Graça, a campanha reforça um posicionamento que está no novo conteúdo. “Agora, o Museu expande ainda mais seu foco para integrar de forma mais profunda todos os países de língua portuguesa e investigar os laços e embaraços que caracterizam essa comunidade lusófona.”
O Museu da Língua Portuguesa é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, concebido e realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. A reconstrução do Museu tem como patrocinador máster a EDP, como patrocinadores Globo, Itaú Unibanco e Sabesp e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela gestão do Museu.
Conheça todas as obras e artistas da campanha:
• Caetano Veloso lê “Minha Pátria é a língua portuguesa”, de Fernando Pessoa (sob o heterônimo Bernardo Soares), e canta trecho de “Língua”, dele mesmo
• Ailton Krenak fala trecho de seu livro “Ideias para adiar o fim do mundo”
• O cantor português António Zambujo lê trecho de “As casas”, do livro “Dia do Mar”, e “Portas da Vila”, do livro “Geografia”, ambos de Sophia de Mello Breyner Andresen
• O cantor e compositor Arnaldo Antunes canta “A nossa casa”, parceria dele com Alice Ruiz, Paulo Tatit, João Bandeira, Celeste Antunes, Edith Derdyk e Sueli Galdino
• A escritora Conceição Evaristo lê “Só de sol a minha casa”, de seu livro “Poemas da Recordação”
• O compositor Geraldo Azevedo canta sua “Casa brasileira”, parceria com Renato Rocha
• O escritor angolano José Eduardo Agualusa conta uma adaptação de sua crônica “A Luz da nossa língua”
• O cantor Ney Matogrosso canta “Viajante”, de Thereza Tinoco
• A atriz Roberta Rodrigues lê trechos de “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus
• O rapper Rincón Sapiência canta sua música “A volta pra casa”
• A cantora Mart’nália canta “Casa de bamba”, de seu pai, Martinho da Vila
• A escritora portuguesa Matilde Campilho lê seu texto “Em Minsk”