Com o fim do ano chegando e a promessa de uma vacina para a COVID-19, muitos imaginam que as lives possam sumir do nosso cotidiano; mas será que vai ser assim? Grandes artistas podem estar ganhando grandes fortunas pelos seus eventos online.
No último fim de semana, Dua Lipa apresentou o show virtual Studio 2054, que contou com diversos efeitos, dançarinos, cenários e participações de Elton John, Kylie Minogue, Miley Cyrus, Bad Bunny, FKA Twigs, J Balvin, Angèle e Tainy.
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Segundo informado pela própria cantora e pela Billboard, o show contou com mais de 5 milhões de espectadores que pagaram por ingressos custavam a partir de U$10 (50 reais).
“Estou ALÉM de animada em informar que o Studio 2054 teve mais de 5 MILHÕES de visualizadores em todo o mundo na sexta à noite!!! – muito obrigado a todos por assistirem“, agradeceu a cantora nas redes sociais.
Logo, estima-se que é que possível que Dua Lipa tenha faturado mais de 50 milhões em um único show! Considerando que no ano passado, as três turnês mais lucrativas do mundo (Elton John, Sandy & Junior e Phil Colins) somam pouco mais de 7,2 milhões mesmo com várias datas, o negócio das lives pode soar mais lucrativo?
Aproveitando a “comodidade” das lives, até o RBD resolveu se juntar novamente… bem, parcialmente. Maite Perroni, Anahí, Christopher von Uckermann e Christian Chávez farão uma live no dia 26 deste mês que promete ter uma produção digna de turnê mundial.
Com os fãs morrendo de saudades da banda, que apenas durante a pré-vendas, a demanda foi tão grande que foi estendida por mais 24 horas, tornando a live “Ser o Parecer” o show virtual latino de maior sucesso da história. Isso, sem precisar passar por diversas cidades e países para se comunicar com todos os fãs.
Isso inclusive, foi algo discutido por Maite durante uma entrevista: “Não temos intenção de estar viajando e visitando por países em 2021. Não temos essa intenção. (…) Faremos uma live. Um show e nada mais. Só esse dia e nada mais. Já estamos preparando e estamos muito emocionados”.
Isso nos faz acreditar que, caso não fosse a pandemia, o RBD provavelmente não se reuniria tão cedo para se apresentarem em um evento aos fãs. A banda chegou a gravar um clipe em animação que, de alguma forma, se conectará com a live. Criativos, não?
Com tantos lucros, será que a live pode virar uma alternativa para os artistas que já se cansaram do palco ou procuram formas de reinventarem em suas apresentações?
Vale lembrar também que artistas como Gusttavo Lima faturam uma verdadeira fortuna com suas transmissões. Ele teria recebido R$ 3 milhões por uma apresentação transmitida no dia 22 de maio. As cotas de patrocínio para a lives do cantor variavam entre R$ 400 mil e R$ 1 milhão.
Em abril, após uma polêmica envolvendo o CONAR, Gusttavo Lima havia declarado que não faria mais lives – mas como podemos notar de lá pra cá, ele não cumpriu o prometido.
Não é uma novidade que a onda das lives fez com que apresentações ou premiações proporcionaram mais liberdade para os artistas criarem e inovarem com a ajuda de grandes tecnologias e técnicas.
Por outro lado, diversos artistas – em grande parte brasileiros – também reclamam que este mercado está caindo cada vez e se tornando mais “desinteressante” para o público. Uns pedem encarecidamente pela volta dos shows presenciais e outros já os fazem.
A questão é: 2020 foi um ano de aprendizado e adaptação para os artistas e, o que essa época de desespero e tristeza nos mostrou, é que a arte não para e tem um futuro que promete ser cada vez mais criativo e promissor.
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