O astro mundial que foi assassinado pelo próprio pai no auge da carreira

Publicado em 02/04/2021
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O astro norte-americano Marvin Gaye completaria 81 anos no último mês de abril, se a vida do músico não tivesse sido precocemente tirada por um dos crimes mais assustadores da história da música. Tudo porque o autor e cantor de hits como Whats Going On? e I Heard It Through the Grapevine foi assassinado pelo próprio pai.

Na manhã de 1º de abril de 1984, um dia antes de completar 45 anos, o artista teve um discussão com o patriarca, com quem não mantinha um bom relacionamento já há algum tempo. Marvin Gaye constantemente discutia com o pai em defesa da mãe, que era vítima constante da raiva do esposo. Naquele dia, porém, Marvin acabou perdendo a paciência ao presenciar o pai maltratar a mãe mais uma vez. Nos dias que antecederam o incidente, os pais de Marvin Gaye discutiram sobre uma apólice de seguro com a qual não concordavam. Por discordar da forma como o pai pensava sobre tal assunto, Marvin Gaye se envolveu nas discussões para defender a mãe, Alberta.

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Marvin Gaye ao lado dos pais (FOTO: Reproução)

Revoltado, o astro acabou agredindo fisicamente Marvin Sênior com socos e chutes no rosto. A seguir, o patriarca retornou completamente descontrolado portando um revólver calibre 38 (que o pai, ironicamente, ganhou como presente do filho). O astro acabou sendo baleado duas vezes e declarado morto na chegada ao Centro Médico do Hospital da Califórnia. A dois metros do filho, a mãe presenciou a morte de Marvin Gaye pelo marido, sem poder fazer nada para evitar a atitude do marido.

Ao ser julgado no Tribunal posteriormente, Marvin Sênior chorou: “Se eu pudesse trazê-lo de volta, eu o faria. Eu estava com medo dele. Eu pensei que ia me machucar. Eu não sabia o que iria acontecer. Eu realmente sinto muito por tudo isso aconteceu. Eu o amava. Gostaria que ele pudesse passar por esta porta agora. Estou pagando o preço agora”. O patriarca Marvin morreu de pneumonia em 10 de outubro de 1998, nove dias após seu 84º aniversário.

A carreira e a vida de Marvin enfrentavam problemas nos últimos anos de vida. Primeiramente, o músico separou-se da esposa, Anna, nos idos de 1978. A separação litigiosa acabou influenciando as letras do disco Here, My Dear, que, de tão pessoais causaram revolta na antiga esposa, que decidiu processar Marvin por invasão de privacidade (posteriormente, porém ela acabou desistindo). O álbum, porém, acabou sendo um fracasso.

Com problemas por causa de impostos e por vício em drogas, Gaye pediu falência logo depois e acabou se mudando para o Hawaii, onde viveu num furgão. Depois deste período, o artista foi para Londres, onde trabalhou na gravação do álbum In Our Lifetime?, disco que ocasionou o seu rompimento histórico com a gravadora Motown, sua empresa por nada menos que 20 anos.

Marvin Gaye chegou a acusar a gravadora de editar e remixar o álbum sem sua permissão, lançando uma faixa sem finalização e alterando o título do álbum, que ficou sem o ponto de interrogação na capa. Depois de negociar sua saída da gravadora em 1981, o artista assinou com a gravadora Columbia Records no ano seguinte, onde lançou sua obra-prima Midnight Love. O álbum inclui o clássico Sexual Healing, que lhe rendeu seus primeiros dois prêmios Grammy (de Melhor Performance R&B Masculina e Melhor R&B Instrumental), em fevereiro do ano de 1983. Este foi o último trabalho de estúdio dele.

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