Lars Ulrich, o baterista e o co-fundador da banda norte-americana de heavy metal, Metallica, participou do programa “Trunk Nation With Eddie Trunk“, da SiriusXM. Durante o bate-papo, ele falou sobre a tendência do Metallica de sempre fazer covers de artistas/bandas que inspiraram os integrantes da banda.
“Você não pode esquecer que, pra todos os efeitos, o Metallica começou como uma banda cover. Então quando nos juntamos, e isto era no sul da Califórnia em fevereiro ou março de 1982, existiam duas alternativas: uma era fazer covers nos bares, tocando coisas como ‘Smoke On The Water’, ‘Ain’t Talkin ‘Bout Love’, ‘Rock And Roll All Nite’ ou ‘Black Dog’, e a outra era fazer o que na época chamavam de ‘originais‘”, revela.
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“Não queríamos sair e passar uma tarde tocando Led Zeppelin, e ao mesmo tempo não tínhamos nenhuma música própria nossa, mas estávamos cheios de energia, vibrantes, então optamos por uma terceira alternativa, que era combinar as duas coisas, ou seja, tocávamos vários covers – mas a gente tocava coisas que ninguém conhecia. Daí dizíamos que iríamos tocar uma hora de material próprio, e sendo assim não precisávamos tocar Led, mas a gente mandava Diamond Head, Blitzkriet e Savage, e era super divertido. Com isto começamos a fazer mais e mais shows, e como já havíamos começado a compor, depois de algum tempo fomos substituindo as covers do nosso repertório por material próprio. Mas todas aquelas músicas continuaram sendo uma parte do que somos“, conta.
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Ele continua: “Como fãs de música, sempre falaremos sobre nossas influências, nossas inspirações. E posso olhar direto nos olhos e dizer, 40 anos mais tarde, ainda somos muito fãs da música que está aí quanto daquela com a qual crescemos, aquela que nos moldou, que ainda nos empolga depois de 40 anos. E somos não somente fãs de música mas também de cinema, de arte e mais um monte de coisas. Quando ouço algo que me empolga, muitas vezes me dá vontade de tocar aquilo. Então, claro, fazer um tributo ao Mercyful Fate ou prestar homenagens a pessoas como Nick Cave, bandas como Discharge ou Blue Oyster Cult, que tiveram um impacto tão grande na nossa vida, é uma alegria imensa para a gente.”
“Há muito material bom por aí que adoro tocar e mostrar para os nossos fãs. E, claro, apresentar para alguns que não conhecem bandas como Mercyful Fate, Diamond Head ou bandas obscuras da NWOBHM é um extra, todos saímos ganhando. Fazer covers, tocar material dos outros sempre fez parte do DNA do Metallica. E sabe-se lá o que vai acontecer adiante, mas estamos sempre falando de tocar coisas dos outros, então espero que continue sendo uma parte significativa do que somos“, finaliza.