Os pertences de Marília Mendonça e das outras vítimas do acidente aéreo foram retirados do avião neste sábado (6). Além do violão da cantora, foi encontrado o caderno em que ela anotava ideias para novas composições.
Quem revelou a informação foi o advogado de Marília Mendonça, Luiz Maurício, ao jornal “O Tempo”. De acordo com ele, o objeto será entregue à família da sertaneja.
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Sobre a possibilidade das letras serem gravadas por outros artistas futuramente, o advogado respondeu: “É muito cedo, ainda. Vai ter que ser muito bem avaliado.”
Além de Marília Mendonça, outras quatro pessoas morreram no acidente desta sexta-feira (5). O avião levava o produtor e o tio da sertaneja, além do piloto e copiloto.
Conheça as vítimas do acidente de Marília Mendonça
Abicieli Silveira Dias Filho
Abicieli Silveira Dias Filho era tio e assessor da Rainha da Sofrência. Ele era casado há quatro anos com Nayara, com quem divide uma filha, Laura, de penas seis meses.
Em sua mais recente publicação no Instagram, feita no último dia 15 de outubro, ele comemorou os quatro anos de relacionamento com a esposa.
“Hoje faz 4 anos que iniciamos uma caminhada juntos. Passamos por alguns obstáculos, é verdade, mas o importante é que nunca nos separamos. Seguimos sempre firmes e fortes caminhando na mesma direção. Tenho certeza que esta estrada ainda nos reserva aventuras e vamos encarar tudo lado a lado. Amo você, amo vocês né! Olha aí o fruto do nosso amor”, escreveu ele no post, acompanhado de uma foto da esposa e da filha recém-nascida.
Henrique Bonfim Ribeiro
Natural de Salvador, Henrique Bonfim Ribeiro, mais conhecido como Henrique Bahia, era produtor geral de Marília. Ele havia trabalhado na mesma função com o cantor Cristiano Araújo, que faleceu em um acidente de carro em 2015. Morava em Goiânia há 10 anos e trabalhava com a cantora há seis. Ele deixa um filho.
Em 26 de setembro, o produtor compartilhou um vídeo acompanhando Marília na entrada de um palco, dando um beijo em sua testa. Na legenda, ele comemorou o “recomeço”.
“Sem palavras pra descrever esse recomeço, ainda estamos um pouco distantes do que era antes mas já podemos ver uma luz no fim do túnel. Aguardando ansiosamente pelo nosso retorno integral para que o normal não seja ‘novo’ e que possamos lembrar desses tempos difíceis apenas como uma coisa do passado”
Tarciso Pessoa Viana
Tarciso Pessoa Viana, de 37 anos, era copiloto do avião. Ele morava em Samambaia, no Distrito Federal, e deixa dois filhos – de 5 e 22 anos – além da esposa grávida.
Geraldo Martins de Medeiros Júnior
Geraldo Martins de Medeiros Júnior era o piloto do avião. Ele morava em Brasília (DF), mas nasceu em Floriano, Sul do Piauí. Geraldo deixa esposa e três filhos – um menino de 4 e duas meninas, de 11 e 19 anos.
Avião em que Marília Mendonça estava bateu em cabo de torre de alta tensão
Ontem (5), foram reveladas possíveis irregularidades no avião em que Marília Mendonça estava. Contudo, o que fez com que a aeronave caísse foi uma batida em um cabo de torre de alta tensão.
De acordo com o relato do POPline, e informações confirmadas pelo Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), que corroborou relatos de testemunhas que já comentavam sobre a causa do acidente ter sido um choque com os fios de alta tensão de torres próximas ao local.
Às autoridades, testemunhas relataram que o avião bimotor, fabricado em 1984, teria “ragado” os fios de alta tensão das torres próximas ao local do acidente e que, após a colisão, a aeronave teria perdido um motor.
Segundo o capitão Jefferson, da Polícia Militar, a colisão “teria causado a perda, ainda que parcial, da aeronave e ela teria caído praticamente dentro da cachoeira, que tinha bastante água e pedras, o que dificultou muito a chegada dos socorristas e a retirada dos corpos.”
A Aeronáutica irá prosseguir com uma perícia nos destroços da aeronave para confirmar se a colisão com os cabos de alta tensão foi mesmo o fator da queda. A investigação da FAB ainda irá ouvir testemunhas, recuperar documentos e dados técnicos da manutenção do avião.
“Na ação inicial, os investigadores identificam indícios, fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas, reúnem documentos, etc. Não existe um tempo previsto para essa atividade ocorrer, dependendo sempre da complexidade da ocorrência”, afirmou a FAB, em comunicado à imprensa.
“O objetivo das investigações realizadas pelo Cenipa é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”, concluiu o comunicado.